Assim que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede da Olimpíada, autoridades públicas celebraram o que chamavam de legado olímpico como a mais sedutora vantagem aos cariocas para realizar os Jogos.
Agora, o Ministério Público Federal desmonta a tese. Diz que a “avalanche” de dinheiro foi desviada em obras públicas para o benefício privado de poucos – a quem os procuradores chamam de “amigos da corte” do ex-governador Sérgio Cabral.
A acusação mais recente mostra também que a escolha da sede não teria sido propriamente democrática: “a todo custo”, nas palavras dos procuradores, em alusão à investigação de compra de votos em bloco.
Por ela, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, determinou a prisão de duas pessoas.
Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, e seu braço direito, Leonardo Gryner, pagaram mais de U$ 2,7 milhões a membros africanos do Comitê Olímpico Internacional em troca da escolha da Rio-2016.
A ordem partiu de Cabral num “contexto de ganha-ganha do esquema criminoso, envolvendo contratos e pagamento de propinas e lavagem de dinheiro”.
A quadrilha, como denominam os procuradores, buscou meios para atrair investimentos para o Rio e “beneficiar os ‘amigos da Corte’ com contratos públicos vantajosos”.
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Carlos Ladrão Nuzman e Sérgio Bandidão Cabral já estão obrando de coca na cadeia.
Mas tem outro elemento do esquema que ainda não teve o prazer de ver o camburão encostar na sua porta às 5 da manhã.
Tá demorando muito pra isto acontecer…
Dois já estão enjaulados. Tá faltando mais um