Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 29 de novembro de 2018

STF: AMEAÇA AO COMBATE À CORRUPÇÃO

 

Ameaça ao combate à corrupção
 
Supremo Tribunal Federal retoma hoje o julgamento sobre o indulto de Natal, editado em 2017 pelo presidente Michel Temer, que beneficia criminosos do colarinho-branco. Votação está empatada em 1 x 1

 

» Renato Souza

Publicação: 29/11/2018 04:00

Barroso votou pela derrubada de parte do indulto; Moraes, pela constitucionalidade da medida (Minervino Junior/CB/D.A Press - 4/10/18)  
Barroso votou pela derrubada de parte do indulto; Moraes, pela constitucionalidade da medida


O Supremo Tribunal Federal (STF) dá continuidade hoje ao julgamento sobre o indulto de Natal editado no ano passado pelo presidente Michel Temer. Caso o decreto seja validado pela Corte, ao menos 22 condenados no âmbito da Operação Lava-Jato podem sair da cadeia. Isso ocorre por conta da amplitude da medida, que concede o perdão presidencial até mesmo para presos do colarinho-branco, encarcerados por crimes de corrupção e peculato. O julgamento está empatado, com um voto a favor do decreto e um por sua inconstitucionalidade parcial. Faltam os votos de nove ministros. 

O indulto, editado em 28 de dezembro do ano passado, foi alvo de uma ação de inconstitucionalidade apresentada no STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os itens questionados se referem ao perdão de pena para quem cumprir um quinto da condenação e extinção de multas, independentemente do valor. O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, fez um forte discurso contra trechos do indulto, pediu combate à corrupção e votou pela anulação dos artigos questionados pelo Ministério Público. “A corrupção mata na fila do hospital, mata na falta de leitos, de equipamentos e de estradas sem qualidade. Mata na ausência de estrutura das escolas. O fato de o corrupto não ver os olhos da vítima que ele produz não o torna menos perigoso”, frisou.

Barroso destacou que todos os decretos anteriores só concederam o perdão da sentença a quem já tivesse cumprido pelo menos um terço da dosimetria da pena. O ministro Alexandre de Moraes divergiu, ao entender que o Supremo não pode invadir a competência do Executivo nesse tipo de ato. “É tradicional a existência de poderes independentes e harmônicos. A separação de poderes sempre foi e continua sendo uma garantia de perpetuidade do Estado Democrático de Direito”, disse. Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello fizeram intervenções alinhadas aos argumentos de Moraes. Já Edson Fachin deixou a entender que tende para o lado de Barroso.

Levantamento realizado pela força-tarefa da Lava-Jato no Paraná aponta que 22 dos 39 condenados em processos relacionados à operação seriam beneficiados, em 25 de dezembro deste ano, com o indulto, caso ele seja validado por completo. Entre eles está o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, condenado a 5.290 dias de detenção e que já terá cumprido 20,05% da pena. Outro que pode ser beneficiado é o ex-ministro Antônio Palocci, condenado a 4.460 dias de prisão, pois já terá cumprido 25% da pena. Mesmo com a detenção domiciliar, que foi concedida ontem pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ele pode ser privilegiado pelas regras do indulto.

Privilegiados

Seriam beneficiados também o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-deputado João Luiz Argolo, o lobista Adir Assad, entre outros. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, criticou o ato do chefe do Executivo. “Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e da criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último”, escreveu em uma mensagem pelo Twitter.

Conrado Gontijo, professor de direito penal do Instituto de Direito Público de São Paulo, afirmou que a decisão do Supremo pode afetar futuros indultos. “Os ministros terão de decidir qual é a extensão da decisão que tomarem e como isso vai impactar os futuros decretos do presidente da República”, destacou. Ele também ressaltou que, quando assumir, Bolsonaro não poderá revogar o decreto já editado pelo presidente Temer, que tomou a decisão “no exercício de suas funções”.
 
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