Seja com clima leve, seja embalado pelo mistério (olhando atrás do sofá a cada som suspeito no filme de horror), enquanto não há chance de voltar aos cinemas, o jeito é procurar opções para a diversão em casa. Conheça a seguir as escolhas de Stephen King e o comentário feito por ele sobre cada uma em entrevista à equipe do site do Oscar.
“A bruxa de Blair” (1999)
Segundo King, o longa que simula um documentário, escrito e dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánchez, “assustou as luzes do dia que vivem em mim, acho que por ser tão pouco polido”. A história, que acompanha três estudantes de cinema gravando uma investigação sobre uma lenda, tem aparência de produção caseira, com a câmera na mão, transmitindo o nervosismo da trama. “E nada supera a tomada final”, avisa o escritor. No Brasil, está disponível para assinantes do Amazon Prime e para aluguel nas plataformas Microsoft, Google Play, Looke e iTunes.
“Alien, o oitavo passageiro” (1979)
O filme dirigido por Ridley Scott é outro destaque para Stephen King. “Eu amei a ética de classe trabalhadora dos caras da nave (incluindo Ripley), e todas as correntes balançando. Mas, claro, nesse caso, tudo que importa é a cena do ‘peito estourando’. Até então nunca tínhamos visto nada como aquilo”, recorda. O filme pode ser alugado via Microsoft, Google Play e iTunes.
“O exorcista” (1973)
O mais clássico filme de possessão, dirigido por William Friedkin e escrito por William Peter Blatty, com base em livro homônimo de sua autoria, não poderia faltar. “Assustador desde o começo, quando, no prólogo, o relógio para repentinamente. É muito claustrofóbico para um filme de estúdio, e todas as vezes que voltamos àquele quarto de Regan (menina de 12 anos que adquire poderes sobrenaturais), tememos cada vez mais o que vamos encontrar. Mas, para mim, são os detalhes aterrorizantes que sustentam o filme. Quem esqueceria de ‘Ajuda um velho coroinha, padre?’”, destaca King. Está disponível para aluguel no acervo do iTunes e do Looke.
“Despertar dos mortos” (1978)
O longa de George A. Romero, que teve uma carreira sólida na direção de histórias de zumbis, também constrói sua tensão em um ambiente confinado, lembra Stephen King. “Parabéns a Tom Savini (artista responsável pela maquiagem do filme), que sonhou com os efeitos especiais, sem CGI (efeitos de computação gráfica, na sigla em inglês). E, novamente, há a constante claustrofobia do grupo cada vez menor de sobreviventes presos em um shopping center”. Essa e a próxima escolha de Stephen King revelam uma lacuna dos serviços de streaming no Brasil: a dificuldade de se encontrar filmes clássicos. Nenhum dos dois está disponível no país.
“Os filhos do medo” (1979)
Antes de deixar o mundo abismado com “A mosca” (1986), “Gêmeos: mórbida semelhança” (1988) e “Crash: estranhos prazeres” (1996), David Cronenberg fez “Os filhos do medo”, que, para King, é seu primeiro grande trabalho. O escritor elogia ainda a performance de Samantha Eggar e Oliver Reed (“parece à beira de explodir”), que interpretam os “pais do inferno”, mas são “as crianças que se revelam infernais”.