O pizzaiolo gaúcho João Carlos de Souza, mais conhecido como Tribas, tem uma relação intensa e que já passou por muitas fases com a pizza. A primeira vez que colocou a mão na massa foi aos 13 anos quando ajudava em uma padaria. Mas achava aquele preparo uma loucura. “Era óleo, banha, ovo... Me traumatizou”, relembra. Aos 18, quando estava servindo no exército como auxiliar de cozinha preparava eventos de “pizzadas” para todo o quartel. “Improvisava um forno a lenha com tijolos, latões cortados ao meio”, conta ele. A partir daí foram alguns pulos e muitas receitas, uma mais criativa que a outra e sempre com uma pegada saudável. De uma portinha na Praia do Santinho, ponto de surfista no litoral de Santa Catarina, foi para um bar com forno a lenha construído por ele, até que abriu seu primeiro empreendimento próprio: o Pico do Tribah. “Improvisei uma lona azul com as letras em laranja. O espaço lotava todos os dias. Eu surfava, fazia minhas pizzas, cantava com a minha banda. Era tudo que eu gostava e queria fazer”, recorda.
Até que o gaúcho veio parar no Rio, que ganhou a pizzaria Tribas, com casas em Santa Teresa e Ipanema. Com o slogan “Pizza que cura”, ele é daqueles que participa de todo o processo de produção: cultiva a maior parte dos ingredientes de maneira orgânica e faz os queijos veganos. Recentemente lançou uma massa feita de grão-de-bico, ora-pro-nóbis e linhaça germinada, sem glúten e crocante, além de ketchup de beterraba e a mostarda de chuchu.
Parece esquisito? E é, mas igualmente saboroso.