Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 30 de setembro de 2024

SKATE MUDA A VIDA DE PARTICIPANTES DE PROJETO SOCIAL EM BRASÍLIA

Skate muda a vida de participantes de projeto social em Brasília

Projeto social gratuito Brasil Skate School ensina crianças e adultos a praticarem o esporte e pede melhorias na pista de skate do Taguaparque

 

Projeto Brasil Skate School, de Robson Diego -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Projeto Brasil Skate School, de Robson Diego - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
 

Esporte em que, nos últimos anos, tem despontado campeões do Brasil mundo afora, o skate é muito vai além das competições. Para Robson Diego de Menezes Oliveira, a prancha com quatro rodinhas foi uma oportunidade e uma salvação. Por isso, o skatista usa seus finais de semana para dar aulas gratuitas da modalidade do Taguaparque com o projeto Brasil Skate School.

A iniciativa não é um negócio e nem uma ONG. O skatista une o amor que tem por esse esporte à vontade de fazer a diferença. Nas aulas, ele passa desde como se equilibrar no skate — ato conhecido pelos praticantes como "remar" — até manobras mais difíceis envolvendo corrimões e rampas.

Oliveira tem experiência em ações sociais. Ele trabalhou, em 2018, no projeto Pro Radical Skate, no Recanto das Emas, que terminou em outubro daquele ano. Isso fez com que ele começasse a dar aulas de graça e a montar skates com peças doadas para quem queria aprender, mas não tinha condições financeiras para investir em uma dessas pequenas pranchas com rodas. Além de receber de amigos apetrechos usados que reutilzado nos skates que monta, ganha doações de lojas como a Overstreet, de Brasília, e das marcas paulistas CBskateshop e Stronger Trucks.

Porém, como teve de se mudar para Taguatinga, passou a frequentar a pista do Taguaparque, nas proximidades de uma das entradas do Vicente Pires. Lá, recomeçou o trabalho do zero, encontrando novos alunos e reiniciando as aulas.

Objetivo

Por mais que ame o que faz, o fundador da Brasil Skate School necessita trabalhar durante a semana para garantir o seu sustento, deixando para os sabádos e domingo o tempo dedicado aos alunos. "Eu sonho em conseguir recursos financeiros para poder dar aulas de manhã e de tarde todos os dias", promete. "Eu sei que com o investimento certo, eu poderia proporcionar esporte de forma profissional e gratuita", acrescenta.

Enquanto esse apoio ou patrocínio não chega, os alunos continuam aparecendo. E eles podem ser de qualquer idade. Oliveira diz que, numa mesma aula, iniciantes de 6 e 48 anos dividem a pista e aprendem juntos. "Meu foco é atender quem não tem oportunidade, seja quem for", explica.

Cosmo Batista da Silva, 48 anos, que é jadineiro e vendedor ambulante, é um aluno assíduo. Ele sempre amou skate, mas — até encontrar a Brasil Skate School — nunca teve a chance de praticar por sempre ter de trabalhar para se manter. Em um Natal, conta que comprou um skate para cada uma de suas duas filhas que, contundo, preferiram seguir praticando futebol. Ele, então, pegou um dos presentes, criou coragem e foi para a pista do Taguaparque aprender Oliveira. "Há um mês, o Robson Oliveira viu que não mandava muito bem e disse que ia me ensinar", lembram, acrescentando que "o skate mudou minha vida".

Colega de Silva no projeto, Ana Laura Araújo, 6, vai aprimorar manobras e gastar energia levada pelo seu pai, João Antônio Araújo, 37, quem conta que o professor viu potencial em sua filha. "Ele ofereceu o skate para ela e incentivou para que participasse, brincasse e se divertisse com esporte", conta Araújo, professor de geografia. A garota, por sua vez, sonha alto: "Quero ser skatista igual à Rayssa (Leal)".

Pista em más condições

Apesar de o projeto juntar interessados, a pista onde se realiza tem problemas. Com avarias, desníveis e buracos, o local, no Taguaparque, oferece riscos. "É preciso revitalizar a área para melhorar em segurança. Há em lugares que, claramente, as pessoas podem cair, mesmo sabendo andar bem de skate", aponta o pai de Ana Laura.

Oliveira acrescenta outra reclamação: "O arquiteto e engenheiro que criaram essa pista, definitivamente, não andam de skate". A reclamação do professor se baseia em que, de acordo com sua análise, as rampas de aceleração não direcionam para os obstáculos de manobra, dificultando que a volta dos skatistas, pelo circuito, seja fluida.

Para o criador da Brasil Skate School, o ideal seria contrstruir uma nova pista em uma área vazia ao lado da atual. Ele pede que as secretarias de Obras e de Esportes do Distrito Federal, em conjunto às administrações de Taguatinga e de Vicente Pires ajudem com a construção, que, sugere, deveria ser coberta para evitar que as chuvas e o sol forte atrapalhem a prática da modalidade.

"Se não houvesse tão pouco interesse por projetos sociais como este e tão poucas pessoas apoiassem o skate no DF, seria possível que muita coisa fosse melhor do que é atualmente. Haveria muito menos gente fazendo a coisa errada", avaliaa Oliveira.

 


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