Para onde vão nossos silêncios quando calamos nosso sentir? Acho que se arraigam em nosso peito e se escondem nos vazios da alma até que alguém os descubra, antes que virem pesadelos. E então descobertos, eles tagarelam com toda a zoada que o silêncio liberto pode permitir. É quando os sentimentos se mostram presentes para iluminar, colorir e perfumar nossa vida, tornando-a um poço de possibilidades alvissareiras em que o barulho silencioso de um abraço torna-se tão envolvente quanto o silêncio ensurdecedor de um reencontro desejado. É quando silêncios e barulhos se desimportam e se confundem ante a importância do todo ao redor, da pequenina e distante estrela à imensidão do mar.