Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

D.Matt, o cinéfilo quinta, 29 de julho de 2021

SETE HOMENS E UM DESTINO

 

SETE HOMENS E UM DESTINO

D.Matt

 

         Sete homens e um destino
        ou   The magnificent seven 1,2,3.
        ou   Os sete Samurais  revisitado.



Ninguém pode comentar sobre  esse  ótimo filme western  SETE HOMENS E UM DESTINO,  sem reconhecer que o filme é derivado, na sua essência  estrutural na obra magistral do diretor japonês AKIRA KUROSAWA, os SETE SAMURAIS, um  filme western japonês que ganhou  o LEÃO DE PRATA,   no festival de Veneza de 1954.


Primeiro é preciso salientar que o diretor Kurosawa sempre desfrutou de grande prestigio  junto aos produtores e diretores de Hollywood , sendo muito elogiado  e amparado pelo  diretor Spielberg e sempre muito elogiado pelo diretor John Ford de quem era um grande admirador.  Kurosawa    algumas vezes conseguiu amparo financeiro para a realização de seus filmes, junto aos grandes produtores americanos, graças ao prestigio e  suporte artístico que
lhe devotavam  alguns grandes   produtores  de  Hollywood. 

Transformar  um filme  baseado numa estória  do Japão   Feudal, com  um visual estritamente ou melhor medonhamente  horripilante, com desempenhos sempre aos altos  extremos,  e comportamentos corporal fóra dos padrões  modernos,  digo, transformar tudo isso num filme western americano, é preciso muita técnica e também muitíssimo talento.


Porem, foi isso o que o adaptador ou redator do  roteiro  William Roberts   realizou com grande sucesso e não esqueceu de mencionar a origem do  enredo original, pois nos letreiros de apresentação do filme, consta que o mesmo foi baseado numa  estória do diretor Kurosawa os Sete Samurais.

O resultado foi a criação de um espetáculo inesquecível,  desde a escolha do elenco de primeiríssima qualidade, salientando a grande presença cênica do  ator Yull Brynner e a seleção de coadjuvantes , que  alguns se tornaram famosos depois desse filme, como  Charles Bronson,  que teve a sua carreira embalada para grandes produções, como ator principal e se tornou um astro de primeira grandeza.


Steve McQueen confirmou, após esse filme que estava pronto para ser um dos atores mais famosos e bem pagos do cinema mundial, sua presença  valoriza qualquer cena.

Agora vamos falar do ator que aparece nos letreiros iniciais, logo após o nome de  Yul  Brynner,  sim temos aqui um grande ator que  nos presenteia com uma elogiada performance, o extraortdinário ator Ely Wallach que posteriormente nos gratificou com desempenhos brilhantes em outros filmes de grande importância, cito apenas dois, o filme de Sergio Leone O BOM, O MAU E O FEIO,  no qual ele rouba todas as cenas e aparece mais que o ator principal Clint Eastwood , que na época reclamou junto à produção,, pois a sua parte estava sendo eclipsada pelo Ely Wallach, e também  em parte da trilogia   O PODEROSO CHEFÃO., A   presença de Wallach é aguardada com expectativa  durante todo o filme, pois sua figura ilumina  todas as cenas em que aparece. 

É de justiça, mencionar o trabalho muito bom do iniciante , jovem alemão que nos letreiros iniciais é mencionado como " introducing " Horz Bunchold. .  Para o cinemaníacos , parece uma grande audácia , dar um papel de suma importância ao jovem ator alemão, com poucas  ou nenhuma referências em filmes americanos, e também num  papel que no original japonês foi interpretado pelo ator principal TOSHIRO MIFUNE.  


Porem somos obrigados a fazer justiça , o jovem ator alemão faz  a sua parte com louvor e nada fica a desejar junto às grandes celebridades americanas.

A  trilha sonora  é de grande efeito e acompanha durante todo o filme com excelente resultado, sendo que em algumas cenas em que a ação fica um pouco lenta, a trilha se destaca  e impulsiona o filme, como se fora um diretor exigindo  mais ação. O resultado é uma trilha excepcional criada pelo maestro Elmer Bernstein.  A direção de  JOHN STURGES é primorosa, segura e muito  eficiente.   Um Belo e inesquecível filmeque com o tempo se tornou mais um clássico no gênero Western americano.

Esse filme ficou tão famoso e comentado que , como não podia deixar de ser, ganhou  novas versões, como  a realizada em  um filme homônimo, estrelado por Denzel Washington e dirigido por Antoine Fuqua.


Um desastre, primeiro porque Denzel Washington não é  páreo para Yul Brynner e o diretor  Antoine  também não é páreo para John Sturges.   É um filme sem emoção,  que não segura a ação com o mesmo entusiasmo do original e a atuação de Denzel Washinton é simplesmente inapropriada, sem qualquer grandeza que fez o sucesso do filme original americano.  Nem preciso dizer que está à  léguas de distância do original japonês.   O enredo foi completamente alterado e pouca coisa restou da estória original.

Mas não termina por aí.  Em 2016, foi realizada uma nova versão com Yul Brynner, SETE HOMENS E UM DESTINO 2, com um elenco de  atores não famosos, que após  esse filme, ficaram menos famosos ainda.


Um filme barato, com  pouco ou nada da estoria   original, sem qualquer emoção, pois  todos os episódios são retratados de maneira  vulgar e repetitiva e já muito explorados.  Yul Brynner está irreconhecivel nesse  papel  re-usado e sem qualquer brilho.  A produção é de  terceira categoria e a trilha sonora é assinada pelo mesmo autor da primeira versão , o maestro Elmer Bernstein.  Acontece que o maestro não criou uma outra trilha sonora e  simplesmente   fez  arranjos diversos para trechos da trilha original  do primeiro filme, com pouquissimas diferenças. Os personagens são caricaturas  dos personagens  de Emilio Fernandez na primeira versão.  Os camponeses   sem nenhuma personalidade e com atuações  ridículas.  Não salva nem mesmo  o personagem  Chefe dos Bandidos que no filme original foi    atuado como uma atuação avassaladora do  ótimo Eli Wallach,  aqui , nesta versão bisonha, é  interpretado com  pouco  relevo, pelo bom ator mexicano, com a mesma costumeira atuação já vista em outros filmes.

Espero que se houver uma quarta versão, que venha, mas com a  experiência  e capacidade criadora do cineasta  TARANTINO.


Fico torcendo, seria  uma bela experiência e podemos contar com o talento mágico do cineasta Tarantino, que nunca nos decepcionou.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros