Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 04 de fevereiro de 2021

SERVIDORES DA SECRETARIA DE SAÚDE DO DF: MOVIDOS PELA MISSÃO DE AJUDAR

 

Jornal Impresso

Movidos pela missão de ajudar
 
Servidores da Secretaria de Saúde do DF começaram, ontem, a atuar como voluntários na campanha de vacinação contra a covid-19. Alguns deixaram as funções em setores de urgência para lidar com a atenção primária. Eles contam ao Correio detalhes sobre a nova experiência

 

» JÉSSICA MOURA
» DARCIANNE DIOGO

Publicação: 04/02/2021 04:00

Arthur (E) e Lizandra foram vacinados antes de começar a imunizar idosos contra a covid-19 (Ed Alves/CB/D.A Press)  
Arthur (E) e Lizandra foram vacinados antes de começar a imunizar idosos contra a covid-19


Arthur Oliveira, 26 anos, preparava-se para curtir as férias em Natal (RN) quando o celular dele vibrou, indicando a chegada de uma mensagem no WhatsApp. Era a coordenadora de residência em enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), Jaqueline Gomes. Em um grupo, ela sugeria aos participantes que se voluntariassem na campanha de vacinação contra a covid-19 do Distrito Federal. Àquela época, as aplicações das doses começariam em duas semanas.
 
Arthur não teve dúvidas: antecipou o fim do descanso e resolveu colocar o nome na lista de interessados. “Eu me senti na obrigação de participar. Fico feliz em poder ajudar e garantir a imunização da população”, conta o enfermeiro. O trabalho dos voluntários do DF começou ontem. A rotina dele é como a dos demais profissionais: chegam às 7h no posto de saúde para receber as primeiras orientações, são distribuídos pelos setores de atendimento e começam a organizar as filas dos que serão vacinados.
 
Arthur trabalhava em salas de cirurgia do Hospital Regional do Paranoá, onde atendia casos graves. Agora, vai se dedicar à atenção primária, na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 3 do Gama. “Aqui, o paciente está lúcido e consciente. No centro cirúrgico, ele chega morrendo de dor e entra para fazer o procedimento. A experiência que tive com atenção básica foi a da graduação em enfermagem”, acrescenta o jovem.
 
O grupo de voluntários não tem previsão de encerrar os trabalhos, pois a campanha de imunização não tem data para acabar. Por ora, o atendimento é só para os idosos com 80 anos ou mais. A abordagem, segundo Arthur, ocorre de maneira diferenciada. “Tenho de falar um pouco mais alto, porque muitos deles (idosos) têm problemas de audição. É preciso olhar no olho, perguntar se entendeu e ter um processo de comunicação mais efetivo”, detalha o enfermeiro.


Na nova função, Marlos Pires trabalha mais perto de casa, na UBS nº 5 do Gama (Ed Alves/CB/D.A Press)  
Na nova função, Marlos Pires trabalha mais perto de casa, na UBS nº 5 do Gama


Distribuição
 
Mesmo com touca, óculos de proteção, máscaras e capote verde-claro, é possível identificar os rostos dos jovens voluntários que trabalham nas UBSs para reforçar a vacinação. Lizandra de Sousa Costa, 26, atua na mesma unidade de saúde que o colega Arthur. Ela também estava habituada a outro ritmo, pois trabalhava no centro cirúrgico do Hospital de Base. Desde ontem, trocou os plantões no Plano Piloto para cumprir uma jornada de 60 horas semanais no Gama. “Fazemos de tudo: recebemos o paciente, preenchemos fichas, fazemos entrevistas por causa do controle de prioridades, preenchemos o cartão de vacinação e aplicamos as doses. Hoje (ontem), foi bem corrido, mas estamos em seis voluntários. Está dando para ajudar”, avalia Lizandra.
 
Antes de serem distribuídos entre os pontos de atendimento, os voluntários passam por capacitação na Rede de Frio da Secretaria de Saúde, onde ficam armazenadas as vacinas. Durante a manhã de ontem, o grupo se reuniu com gestores de saúde, para receber informações sobre a vacinação. “Falaram do processo desde o início: como começou a vacinação (no DF), onde começou, quem é a prioridade, quais as datas, as vacinas usadas, qual é o tempo até a segunda dose, quais as fichas que devem ser preenchidas”, detalha Lizandra.
 
O auge do encontro ficou para o fim. Depois de ouvirem toda a explicação, os voluntários receberam a primeira dose do imunizante contra a covid-19. “Eu queria muito (ser vacinada). Nunca tive medo da vacina. E quem aplicou foi uma amiga minha. Fiquei supertranquila. Ela recebeu o treinamento e me vacinou”, comemorou Lizandra.
 
Marlos Pires, 26, também é enfermeiro, residente, voluntário e, assim como Lizandra, recebeu a vacina. “Não doeu nada. Não tive qualquer reação. Fiquei muito emocionado por chegar minha vez”, disse o jovem. Até segunda-feira, ele trabalhava no Hospital Regional de Santa Maria. Agora, ele atua na UBS nº 5 do Gama. Para completar, desde que se ofereceu para ajudar na vacinação, o local de trabalho ficou mais perto de casa. “Moro na mesma região administrativa e venho a pé, porque é muito próximo”, completa Marlos.
 
Reconhecimento
 
Ana Cristina de Carvalho, 47, é dentista e servidora pública. Ela atua como técnica em saúde e faz parte da equipe designada para ajudar no enfrentamento da pandemia. A função é motivo de orgulho. Ana Cristina fica na UBS nº 1 da Asa Norte, sendo responsável pelo acolhimento inicial de pacientes com suspeita da covid-19. Ela costumava fazer a coleta de material biológico para submissão aos testes.
 
Agora, com a campanha de vacinação, a servidora faz a triagem e preenche a ficha cadastral de idosos. “Somos movidos pela coragem. Temos de ter a consciência de que estamos ali para prestar um serviço à comunidade. Fico feliz quando a ouvidoria recebe um agradecimento pelo nosso trabalho. Isso gera motivação e significa que temos sido úteis neste momento tão difícil. Os pacientes que nos procuram querem ser recebidos com um sorriso, com carinho e educação. Essa é nossa intenção”, destaca Ana Cristina.
 
A cirurgiã-dentista Tatiana Oliveira, 44, também integra o grupo designado para reforçar a equipe de combate à covid-19. Para ela, o trabalho voluntário é uma forma de servir à população. “Estamos atuando desde o começo da pandemia. Somos treinados para tomar os cuidados necessários e fazer os procedimentos com segurança”, conta Tatiana.
 
Como os responsáveis pela aplicação das doses são enfermeiros e técnicos de enfermagem, Tatiana fica responsável pelo preenchimento das fichas de pacientes. No entanto, a depender da demanda, ela também tem autorização para imunizar. “Na primeira semana, vacinamos os servidores da Secretaria de Saúde e, agora, são os idosos acima de 80 anos. Graças a Deus, tem havido muita procura, e estou feliz em participar desse momento histórico. Estamos com expectativa de que, à medida que a vacinação caminhar, a doença diminuirá mais e mais na comunidade”, acrescenta a dentista.


PARA SABER MAIS

Seleção
 
Na semana passada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) abriu processo para recrutar voluntários e reforçar as equipes de vacinação. 

Na segunda-feira, a pasta deu início à imunização de idosos com 80 anos ou mais em 40 salas de vacina e postos drive-thru. Com a alta demanda, alguns pontos registraram longas filas e demora nas aplicações. Profissionais da área administrativa da pasta começaram a ser deslocados para reforçar os atendimentos.

Até ontem, cerca de 550 servidores se inscreveram para trabalhar como voluntários na campanha. Ao término das atividades, eles receberão um certificado de participação. Cada ponto drive-thru conta, em média, com 15 profissionais da SES-DF, além de três voluntários e três administrativos. As unidades básicas de saúde dispõem das equipes existentes nas respectivas salas de vacina.

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