Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão terça, 12 de maio de 2020

SÉRIE MODERNISTAS, DA CULTURA, DESTACA OBRA DE ARTISTAS BRASILEIROS

 

Série ‘Modernistas’ destaca obra de artistas brasileiros

Dirigida pelo cineasta Ricardo Elias, produção mostra trajetória de Tarsila do Amaral, Oswald e Mário de Andrade e Brecheret

Eliana Silva de Souza, O Estado de S.Paulo

09 de maio de 2020 | 05h00

Em tempo de pandemia e de se manter isolado socialmente para combater o coronavírus, a cultura é uma tábua de salvação, que serve, em suas várias modalidades, para acalmar os ânimos e minimizar os efeitos dessa quarentena. Os vários setores da área buscam, assim, formas para chegar a seu público. Amantes da arte podem, então, comemorar, pois, a TV Cultura anuncia que vai estrear uma série inédita no dia 13. Dirigido pelo cineasta Ricardo Elias, Modernistas, que vai ao ar às 22h45 na emissora paulista, tem tudo para cativar o espectador, com histórias sobre nomes importantes desse movimento que tem relação direta com a Semana de Arte Moderna

Tarsila
Tarsila. Pintora é tema de episódio, que é conduzido por sua sobrinha-neta Tarsilinha.
Foto: Obra de Tarsila do Amaral/ Reprodução

Ao todo serão quatro episódios, cada um deles dedicado a um modernista, começando pela pintora Tarsila do Amaral, e seguindo com Oswald de AndradeMário de Andrade e Victor Brecheret. De acordo com o diretor, o público verá uma versão mais pessoal e humanista dos modernistas, com histórias trazidas por pessoas próximas e também por especialistas.

 “O documentário se constrói a partir de depoimentos de parentes”, afirma Ricardo, enfatizando que o lado cultural e artístico é ressaltado. “Como diz um dos entrevistados sobre Oswald de Andrade, mas que vale para todos os episódios, ‘biografia e obra se misturam’.” E destaca que a série documental propõe uma atualização dessas figuras, destacando também os desdobramentos dos modernistas e sua influência em movimentos como a Tropicália e a poesia concreta. “O documentário procura uma conexão com o público jovem num registro mais emotivo e dinâmico”, acredita Elias.
 
Mario de Andrade
Mário de Andrade. Artista exerceu várias atividade. Foto: Obra de Tarsila do Amaral/ Reprodução

Como são nomes que estão ligados a um mesmo movimento, nada mais justo que sejam retratados em sequência. E é isso que o diretor ressalta quando informa que os quatro episódios dialogam entre si. “Os quatro personagens aparecem constantemente como coadjuvantes do outro episódio”, diz. Essa forma de colocar um artista na trajetória do outro mostra com foram influenciados e como influenciaram a arte e demais colegas. E não é somente isso, o diretor revela a importância de registros audiovisuais dos personagens. “No documentário da Tarsila temos um dos únicos registros dela, feito em 1972 para um programa da TV Cultura”, conta o diretor. 

Para ele, a série surge para destacar a importância dos modernistas, principalmente esses quatro retratados, e vai além da qualidade artística de suas obras, “que claro é gigantesca”. Os modernistas ajudaram a criar uma ideia de País, pois “eles propuseram uma reflexão sobre a nossa identidade e um pensamento sobre quem somos e como nos definimos”, conta. Cada um dos episódios, que são conduzidos por parentes, professores e pessoas que conviveram com eles, conta com material de arquivo “bem rico, com fotos, pinturas, cartas e cenas contemporâneas como a exposição de Tarsila no Masp, por exemplo, e pequenas dramatizações para ilustrar algum momento dos personagens”, explica Elias. Entres os atores que participam das encenações estão Victoria Blat e Paschoal da Conceição, que dão vida e voz aos retratados. Além disso, há uma recorrência de imagens mais poéticas, conta o diretor, que destaca o momento em que surge o mar, que é usado para se referir a Oswald, o Rio (Tietê) para se referir a Mário, o barro e o mármore para falar de Brecheret, montanhas e adereços coloridos para falar de Tarsila.

Oswald de Andrade
Oswald de Andrade. Um artista ousado e controverso. Foto: Obra de Tarsila do Amaral/ Reprodução

Em um momento em que a cultura vem sofrendo com a falta de atenção, Ricardo Elias destaca ser muito importante ter um produto como esse disponível. Na opinião do diretor, essa produção é de extrema importância e exemplifica mostrando como Mário de Andrade é um nome em perfeita sintonia com nosso mundo. “Se você pegar um personagem como Mário de Andrade verá que várias entidades culturais da cidade de São Paulo criadas por ele existem até hoje, e que ele também financiou uma expedição para mapear as danças e músicas regionais brasileiras para que não fossem extintas.” 

A série Modernistas pretende dar a importância que esses artistas merecem e, mostrando a relevância de cada um para o País, mantê-los vivos e presentes em nossas memórias. Pensando nisso, Ricardo Elias acredita que eles não serão esquecidos, mas que devemos estar alertas, pois no atual momento, tudo pode acontecer.


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