Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 08 de junho de 2019

SERGUEI: ROQUEIRO DE CORPO E ALMA

 


OBITUÁRIO
 
Roqueiro de corpo e alma
 
 
Serguei, icônico e debochado personagem da cena musical brasileira, morre aos 85 anos no Rio de Janeiro

 

» Devana Babu*
» Vinícius Veloso*

Publicação: 08/06/2019 04:00

 (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 9/6/10)  
 
Uma das figuras mais conhecidas e queridas do rock nacional morreu ontem no Rio de Janeiro. Sérgio Augusto Bustamante, ou simplesmente Serguei, não resistiu a complicações decorrentes de uma série de problemas de saúde, incluindo pneumonia, anemia e quadros de infecção. Aos 85 anos, ele estava internado no Hospital Regional Doutora Zilda Arns desde 6 de maio.  O artista viveu parte da infância nos Estados Unidos e lá desenvolveu o sentimento pela música. Iniciou a carreira em 1966, em terras norte-americanas, seguindo a estética do rock no mundo: cabelos longos, roupas rasgadas e apresentação de clássicos do gênero.
 
Sua discografia, magérrima como ele, nunca foi sucesso de crítica ou de vendas. Mas a personalidade exuberante e as histórias fizeram dele o astro do rock que ele era. Ficou conhecido, entre outras coisas, por ter ido ao festival de Woodstock, ter um misterioso romance com Janis Joplin, frequentado festas com Jimi Hendrix e Jim Morrison, além de “fazer amor” com árvores.
 
Após retornar ao Brasil, entre os anos de 1960 e 1980, gravou uma série de compactos, entre os quais As alucinações de Serguei (1966), Eu sou psicodélico/Maria Antonieta sem bolinhos(1968) e Orange (1969). Adotou o apelido Serguei, que ganhou de um amigo que viajou para a Rússia. A partir daí, participou de programas de tevê, como os de cultuados apresentadores, como Flávio Cavalcanti, Chacrinha e Sílvio Santos.
 
Entre dias de glória e de ostracismo, Serguei chegou a se apresentar duas vezes no Rock in Rio, mas foi somente em 1991 que gravou o primeiro disco completo, Coleção de vícios.
 
Lado folclórico
 
Serguei era visto como uma persona, uma figura folclórica. A casa em que morou durante décadas em Saquarema tinha fama quase comparada à do dono. Ele vivia do dinheiro da aposentadoria, de favores dos vizinhos, amigos e admiradores e de uma quantia que ganhava da prefeitura para manter o Templo do Rock, um museu instalado na própria casa com vários itens da coleção do músico que contam a trajetória do rock e da história pessoal de Serguei.
 
A casa foi reformada pela prefeitura e, lá, Serguei morava e recebia visitantes quando queria e podia. Raramente  ele recusava visitas, e eram muitas. No entanto, quando os visitantes iam embora, ele voltava à solidão.
 
Com a solidão, vieram aproveitadores. “Ele era uma pessoa um pouco difícil de lidar e tinha uma personalidade muito forte”, conta o amigo e músico Diego Brisse. “O Serguei teve o azar de atrair pessoas muito interesseiras. Status, fama, e alguns achavam que ele era rico”, completa.
 
A Prefeitura de Saquarema informou que o velório do cantor será hoje, das 8h às 11h, na Câmara de Vereadores. Depois, o corpo do artista será sepultado no Cemitério Municipal.
 
* Estagiários sob supervisão de Igor Silveira


Repercussão

Frejat: “Hoje perdi um amigo querido. Serguei, além de roqueiro brasileiro histórico, era uma figura doce e amiga. Agradeço o privilégio de ter convivido com ele. Que você vá por um caminho de luz, 
querido amigo!”
 
Paulo Ricardo: “Pioneiro e bacharel em rock’n’roll, Serguei viveu intensamente segundo sua desbundante cartilha até o fim. Quem o seguia no Twitter sabe do que estou falando. Me deu a honra de uma canja num inesquecível Motofest em Campo Grande, cantamos Born to be Wild e, no final, ele pulou no meu colo, fanfarrão e carinhoso. Um sábio. Um gentleman. Will be missed. Rest in peace, my dear, 
we love you!”
 
Tico Santa Cruz: “Com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do meu amigo Serguei! Sua memória será preservada por todos aqueles que reconhecem em Serguei uma figura carismática, querida e histórica para a música brasileira e para o Rock Nacional. Estivemos juntos por inúmeras vezes, não só em Saquarema — em sua casa — como por shows que fizemos juntos pelo Brasil. Sempre muito carinhoso, muito divertido e cheio de vida! Só tenho a agradecer pela oportunidade de ter convivido por esses momentos com ele é desejá-lo um bom descanso, ciente de que já vinha lutando há tempos pela vida!!! Valeu por tudo SERGUEI!”
Vá em paz amigo!
 
Bic Muller: “RIP Serguei! Que sua viagem de volta à sua dimensão seja cheia de amor.”

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