O soneto abaixo foi parodiado por Álvaro Armando (a propósito de Ernani
do Amaral Peixoto, genro de Getúlio Vargas), conforme segue:
SER GENRO
Álvaro Armando
Ser genro é arrebentar fibra por fibra
o Tesouro. Ser genro é ter o alheio
bolso do sogro como um farto seio
onde ouro, aos borbotões, palpita e vibra.
Ser genro é ser morcego que se libra
sobre o Estado dormindo. É ser anseio.
Construir quitandinhas sem receio,
pensando que a roleta se equilibra!
É bem do genro o bem que o sogro goza,
é a própria vida noutra retratada,
luz que lhe faz os dias cor-de-rosa.
Ser genro é andar gozando num sorriso.
Fazer por Niterói menos que nada,
ser genro é enriquecer num paraíso!...