SEMPRE BEATRIZ
Sousândrade
Quando nos teus nove anos
Brincavas na existência,
Os anjos do teu rosto
Rindo-se de prazer;
Que eram as manhãs puras
E os hinos d'inocência
Cantavam róseos mundos,
Terras a florescer –
Foste desta alma a palma,
O onipotente ser!
Quando, musa d'infância,
Dos puros céus os astros
Teus olhos silenciosos
Olhavam-me a amar;
Que havias a fragrância
Das cândidas boninas,
Da alva todos rumores
E toda a luz do lar –
Foste a bonança-esp'rança
E a glória a s'elevar!