— Ainda estou raciocinando. É uma sensação única. Eu jogava vídeo-game no modo jogador, e no primeiro jogo pela seleção eu também fiz um gol em Wembley. Memória única — afirmou a joia brasileira, que se tornou o jogador mais jovem a marcar no estádio.

Apesar da falta de entrosamento geral, Dorival imprimiu logo de cara as suas ideias, que passam por uma equipe solidária taticamente, mas com liberdade para criar situações. Isso passa por um meio-campo e um ataque de mobilidade, com ótimas combinações entre Vini Jr, Rodrygo e Paquetá, que voltou a ser convocado e fez toda a diferença no jogo.

Curiosamente, o gol do Brasil sai no segundo tempo, quando Andreas Pereira substituiu Paquetá e estica bola para Vini Jr finalizar. No rebote, Endrick só empurrou para o gol. A superioridade inicial, porém, foi da Inglaterra. Com um começo de jogo nervoso, o Brasil demorou a finalizar. Mas quando destravou, o talento falou mais alto. Foram quatro chances claras no primeiro tempo, como um gol cara a cara perdido por Vini Jr e uma bola na trave de Paquetá.

A defesa brasileira com caras novas, a exceção de Danilo, também deu conta do recado, contra um ataque que não tinha Harry Kane, mas deu trabalho sobretudo nas bolas aéreas. Danilo, Fabricio Bruno, Beraldo e Wendel fecharam os espaços, um pouco maiores pelo lado direito do setor.

— Vitória que dá confiança ao começo de trabalho. Para tirar a imagem do último ano, mas precisamos vencer muito mais — disse o capitão Danilo após o jogo.

Como ponto alto, esteve justamente a sede de vitória do Brasil. O espírito cobrado pela nova comissão técnica foi atendido. Mesmo com poucos dias de treino, os jogadores do Brasil se dedicaram o tempo inteiro. Respeitaram o pouco tempo de preparação com uma postura tática pouco ousada, com uma linha defensiva estruturada, protegida por João Gomes.