Com a renovação de contrato do italiano Carlo Ancelotti com o Real Madrid, anunciada nesta sexta-feira, frustou os planos da CBF e fez a seleção brasileira voltar à estaca zero na procura por um técnico. O Brasil, que está sem treinador desde a saída do Tite após a Copa do Mundo do Catar, ainda não tem definido um próximo nome para assumir o comando.
Antes mesmo do Ancelotti, diversos nomes já foram cotados para suceder Tite, que hoje está comandando o Flamengo. Os portugueses Jorge Jesus, do Al-Hilal, e Abel Ferreira, do Palmeiras, assim como o brasileiro Fernando Diniz, do Fluminense, são opções que já foram bem avaliadas e com a recusa do italiano podem voltar à tona.
Abel Ferreira
O português Abel Ferreira é ídolo no Palmeiras. O treinador, que foi contratado em 2020 pelo Verdão, conquistou duas Copas Libertadores, uma Copa do Brasil, uma taça da Recopa e dois Brasileiro, além dos Campeonatos Paulista. Seu desempenho vitorioso no clube paulista chamou a atenção e o credenciou como candidato a técnico do Brasil.
Abel, inclusive, já teve seu nome ligado à seleção brasileira: em novembro do ano passado, quando Tite ainda estava no comando, foi questionado em entrevista coletiva no Bola de Prata, da ESPN, mas reafirmou o seu compromisso com o Palmeiras.
Jorge Jesus
Outro estrangeiro que aparece cotado é o português Jorge Jesus. O treinador de 69, que atualmente está no Al-Hilal, da Arábia Saudita, fez história no Flamengo em 2019, ao conquistar a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro — este com a melhor campanha da história dos pontos corridos. Seu desempenho, mesmo quatro anos atrás, o fez ser cogitado como próximo treinador da seleção brasileira.
Na CBF, no entanto, o nome de Jorge Jesus é visto com ressalvas, mas ele nunca foi descartado. Em junho deste ano, a entidade definiu Ancelotti como sua primeira opção, mas entendeu que, caso o italiano desse uma resposta negativa, precisaria voltar as atenções para um plano B e Jesus está entre as opções, embora não seja "o nome".
Fernando Diniz
Talvez, Fernando Diniz hoje seja o nome mais próximo de assumir a seleção brasileira. Principalmente pelo fato de ter sido cotratado, em julho deste ano, como técnico interino do Brasil, enquanto a CBF aguardava a saída de Ancelotti do Real Madrid. No entanto, o treinador do Fluminense, que conquistou a Libertadores nesta temporada, evitou falar sobre seu futuro no comando técnico da equipe canarinha.
— Vamos esperar a definição da política da CBF. Não tenho uma preocupação imediata com a seleção, mas temos dois compromissos agora em março — resumiu Diniz.
Embora seu começo na seleção não tenha sido animador, com uma sequência de quatro jogos sem vencer e aproveitamento de apenas 38,9%, Diniz já foi elogiado em público e em particular por jogadores importantes dentro da seleção, como Neymar, e outros personagens potentes do futebol brasileiro, como Luiz Felipe Scolari, campeão mundial em 2002.