A seleção deixou a Copa América, em julho, com a defesa bem avaliada e a criação e o ataque sob críticas. Cinco jogos depois, e às vésperas de fazer o último do ano, muita coisa mudou. O técnico Dorival Júnior mexeu do meio para frente e começa a encontrar um caminho. Só que isso impactou atrás, com a solidez defensiva dando lugar à oscilação. Uma preocupação antes de enfrentar o Uruguai, vice-líder das Eliminatórias.
A mudança do Brasil passa pelos últimos três confrontos, quando a equipe passou a atuar com dois no meio e quatro atacantes. E, em dois deles (contra Chile e Venezuela, ambos fora de casa), a defesa deu espaços e apresentou momentos de instabilidade. O sinal de alerta foi ligado.
— A gente já teve dois, três dias após o jogo da Venezuela. A gente já conseguiu conversar muito, ver muitos vídeos e análises. Ali em seguida, no pós-jogo, também foi essa a sensação que a gente teve — admitiu o zagueiro Marquinhos, continuando: — Eu acho que a gente melhorou muito ofensivamente, que era onde a gente tinha uma dificuldade muito grande na Copa América. Então temos que saber equilibrar.
Além de o time ter passado a jogar com apenas dois meio-campistas, Dorival tem optado por duplas ofensivas. Nos últimos dois jogos, ela foi formada por Bruno Guimarães e Gerson. André, com maior capacidade de dar proteção à zaga, pode voltar contra o Uruguai. Mas o ajuste não passa apenas por aí.
— Passa por tudo em uma função coletiva. Passa pela pressão dos atacantes, passa também pelo perde-pressiona. Passa por a gente ter essa reação pós-perda (de bola) de compactar o time antes de conseguir atacar novamente.... — disse o zagueiro.
Uma mudança certa é a volta de Danilo, já que Vanderson foi cortado após suspensão. O lateral é conhecido por atuar mais recuado.