- Você é carioca?
- Sim.
- Então fala: 'o que tem para beber?'.
- Tem mate?
A bebida queridinha do carioca está fazendo um século e saiu dos copos para as páginas. É o livro “O mate e a cultura do Rio - 100 anos de chá mate”, das jornalistas Sabrina Petry e Isabela Esteves, para a editora Lamparina Comunicação e Responsabilidade Social, que será lançado hoje, às 18h, na Livraria da Travessa, no Barra Shopping.
O livro traz curiosidades da bebida desde a sua chegada na cidade até virar Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade do Rio de Janeiro, em 2012. A seguir, algumas curiosidades sobre o mate nosso de cada dia.
- Em 1920, foi lançado o primeiro chá-mate do Brasil, pela empresa Real, na cidade de Curitiba. O novo tipo de consumo, com a erva-mate tostada, buscava imitar o aspecto escuro do famoso chá-preto inglês, produzido na Índia e no Ceilão.
- Na década de 1930, a erva-mate se tornou um produto muito relevante para a economia do país. Tanto é que, em 1938, foi criado o Instituto Nacional do Mate, focado na exportação e na tentativa de popularização da erva-mate nos Estados Unidos.
- Para fazer sucesso no Rio, a bebida passou por algumas modificações no modo de consumo. Por conta do calor das bandas de cá, foi preciso criar a versão gelada do chá.
- O primeiro encontro entre o mate e o biscoito Globo foi no Maracanã, em 1950. Eles continuam inseparáveis até hoje.
- A profissão mateiro começou na década de 1960, com os vendedores de galão circulando pelas praias da Zona Sul.
- José de Oliveira Dias, o Seu Zé, foi um dos pioneiros na profissão, nas areias do Leblon. Seu Zé diz ter sido dele a ideia de misturar o mate de um tambor com o limão do outro. Obrigada, Seu Zé.