Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 05 de agosto de 2021

SCARLETT JOHANSSON: PROCESSO DA ATRIZ CONTRA A DISNEY PODE MUDAR AS REGRAS DO JOGO EM HOLLYWOOD

 

O processo de Scarlett Johansson contra a Disney pode mudar as regras do jogo em Hollywood

Atriz mais bem paga da Meca do cinema enfrenta o gigante do entretenimento em uma batalha pelo futuro da indústria
Scarlett Johansson no filme 'Viúva Negra' Foto: Divulgação
Scarlett Johansson no filme 'Viúva Negra' Foto: Divulgação
 

Neste ano, a chegada dos grandes lançamentos dos estúdios de Hollywood é especialmente aguardada, como um termômetro de como o setor vai se recuperar após a pausa de 2020 causada pelo coronavírus. No entanto, o grande evento que está abalando os alicerces de Hollywood deve acontecer não nos cinemas, mas nos tribunais: a disputa judicial que a atriz Scarlett Johansson iniciou na semana passada contra a Disney. Em tempos de rápida transformação das plataformas digitais e estúdios, o conflito põe sob os holofotes as tensões entre grandes produtoras e suas estrelas, e seu desfecho pode mudar para sempre as regras do jogo na indústria.

'Prejuízo' de US$ 50 milhões

No processo, a protagonista do último filme da Marvel, "Viúva Negra", alega que seu contrato foi violado com o lançamento do filme no serviço de streaming Disney+, que aconteceu no mesmo dia da estreia nas salas de cinema. Segundo os advogados de Scarlett Johansson, seu acordo com a Marvel Entertainment, da Disney, garantia um lançamento exclusivo no cinema, e seu salário se baseava em grande parte no desempenho de bilheteria do filme. Com a estreia na plataforma, a atriz estima que tenha deixado de ganhar US$ 50 milhões adicionais.

Resposta dura da Disney

A Disney respondeu à denúncia de forma contundente, afirmando que o processo é “especialmente triste e angustiante em seu desrespeito cruel pelos terríveis e prolongados efeitos globais da pandemia Covid-19”. O conglomerado, que obteve um lucro de US$ 65 bilhões em 2020, também revelou que a atriz já recebeu US$ 20 milhões pelo trabalho em "Viúva Negra" e alegou que a estreia digital renderá mais dinheiro para Johansson.

O tom usado pela Disney prepara o cenário para o que será o confronto no tribunal. Especialmente porque contrasta com o entusiasmo do início de julho, após a estreia de Viúva Negra, que representou um lucro de bilheteria de US$ 215 milhões em todo o mundo em seu primeiro fim de semana. Destes, US$ 60 milhões foram coletados exclusivamente pela Disney +, que cobrava de seus assinantes US$ 30 a mais para ver o filme. Analistas estimam que o longa-metragem alcance cerca de US$ 500 milhões.

Onda de processos

Em 'Invasão à Casa Branca', Gerard Butler e Morgan Freeman precisam proteger o presidente dos Estados Unidos Foto: Divulgação
Em 'Invasão à Casa Branca', Gerard Butler e Morgan Freeman precisam proteger o presidente dos Estados Unidos Foto: Divulgação

O caso gerou reações imediatas no setor. Artistas como Alec Baldwin manifestaram apoio à atriz nas redes sociais e criticaram a posição dos executivos. Dois dias após o processo de Scarlett ser levado ao Tribunal Superior de Los Angeles, o ator Gerard Butler também abriu uma ação contra a produtora Nu Image / Millennium Filmes, alegando não ter recebido tudo que foi combinado pelo filme "Invasão à Casa Branca", lançado em 2013. Butler denuncia que os diretores da empresa não declararam todos os rendimentos que o filme alcançou, estimados em US$ 172 milhões. Segundo os cálculos de um auditor contratado pelo artista, os lucros não declarados representariam um cachê de US$ 10 milhões adicionais.

O movimento iniciado pela protagonista de “Viúva Negra” pode encorajar outros artistas a apresentar queixas semelhantes e torná-las públicas nos próximos meses. De acordo com o jornalista Matt Belloni, ex-editor do "The Hollywood Reporter", Emma Stone estaria cogitando fazer o mesmo por "Cruella", lançado em maio. E não para por aí. "Jungle Cruise", lançado nos cinemas e no streaming do Disney+ na última sexta-feira (30), é outro que pode acabar nos tribunais, já que uma das protagonistas da aventura, Emily Blunt, também estaria analisando a questão.

Futuro da indústria

As principais empresas de mídia têm priorizado seus serviços de streaming em busca de crescimento e estão cada vez mais inserindo conteúdos com alto custo de produção nessas plataformas. A Disney começou a lançar filmes simultaneamente no Disney+ e nos cinemas em parte por causa da pandemia de Covid-19, quando os cinemas estavam fechados ou com capacidade limitada, e em parte para impulsionar seu catálogo no novo serviço.

A estratégia também foi adotada por outros estúdios, que passaram a oferecer suas apostas mais valiosas em suas plataformas. Na vanguarda desse movimento está a WarnerMedia, que opera o serviço de streaming HBO Max, e recentemente decidiu renegociar muitos de seus contratos que estavam vinculados ao desempenho de bilheteria, beneficiando estrelas como Denzel Washington, Gal Gadot e Will Smith. O processo para preparar o caminho para a produção digital custou à empresa US $ 250 milhões com a alteração dos contratos. Resta saber se Scarlett Johansson pode torcer o braço de um gigante.


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