Criado para ajudar a liberar emoções contidas e reprimidas de seus praticantes, estimular a coordenação motora, por meio de ritmos, melodias, proporcionando a vivência de vários estilos de músicas, do Brasil e do mundo, o método Dança Vital tem se destacado como importante recurso para auxiliar na saúde mental. O sucesso da técnica idealizado pela psicoterapeuta corporal Nartan Lemos, 53 anos, inspirou a produção de um livro e a criação de uma pós-graduação.
Paralelamente, a psicóloga prepara a abertura da pós-graduação semipresencial "Método Dança Vital - Dançaterapia", cujo objetivo é formar especialistas em atividades terapêuticas integrativas, em um campo de atuação multidisciplinar que envolva saúde, educação e artes. O curso terá duração de 15 meses e será ministrado no Centro Universitário IESB.
"No Dança Vital, nós estimulamos os participantes a encontrarem a sua autenticidade e originalidade. Assim, cada um encontra a sua maneira de dançar", explica Nartan Lemos. Os cursos regulares de dança vital têm duração de quatro meses e a vivência é aberta para todos, não sendo necessário ter experiência prévia em dança ou em meditação. As inscrições para a próxima turma, que inicia este mês, já estão abertas e podem ser feitas via Instagram @nartanlemos.
"A dança é muito democrática, acolhe diferentes públicos, de várias idades e culturas diversas. O problema é que, muitas vezes, a preocupação com as opiniões alheias acaba inibindo a nossa espontaneidade", completa Nartan Lemos.
Dançando tristezas e alegrias
Desde a infância, Nartan Lemos conta que teve a dança como uma aliada em seu processo de autoconhecimento. Aos 4 anos, começou com o ballet clássico, em seguida passou pelo jazz e, aos 17 anos, conheceu a biodança, com a qual se aproximou mais profundamente da sua expressão corporal e das suas emoções.
Ao mesmo tempo, a mineira teve contato com a terapia e a meditação cedo, despertando sua curiosidade para os mistérios da mente, formando-se psicóloga posteriormente. Durante toda a graduação, estudou a relação entre os movimentos do corpo e seus efeitos na saúde emocional, somando quase 30 anos de trabalho com a dançaterapia.
Em 2012, desenvolveu o próprio método: dança vital. As sessões visam fortalecer a dinâmica de grupo e inspirar as pessoas a desenvolverem uma vida com mais sentido de pertencimento, aumentando seu bem-estar e sua alegria de viver. "Foi dançando que lidei com diferentes sentimentos. Dancei tristezas; dancei raivas; dancei alegrias", comentou a psicoterapeuta.