Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 06 de setembro de 2023

SAUDE: FIBRA PRESENTE NA BANANA E NA BATATA AMENIZA A GORDURA DO FÍGADO

 

Fibra presente na banana e na batata ameniza a gordura no fígado

Em pesquisa com 200 voluntários, amido resistente reduz enzimas e inflamações ligadas à doença hepática gordurosa não alcoólica

Voluntários ingeriram um suplmento da fibra duas vezes ao dia, durante quatro meses -  (crédito: Andr? Violatti/CB/D.A Press)
Voluntários ingeriram um suplmento da fibra duas vezes ao dia, durante quatro meses - (crédito: Andr? Violatti/CB/D.A Press)
Foto de perfil do autor(a) Isabella Almeida
Isabella Almeida
postado em 06/09/2023 06:00 / atualizado em 06/09/2023 06:36

A doença hepática gordurosa, também conhecida como esteatose hepática, é caracterizada pelo acúmulo de gordura no interior das células do fígado. Segundo o Ministério da Saúde, há evidências de que síndromes metabólicas, como resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e obesidade abdominal, estão ligados diretamente ao excesso dessas células gordurosas. Ainda não há um tratamento específico para a condição. Mas cientistas do Hospital Shanghai Sixth People's, na China, desenvolvem um trabalho nesse sentido. Eles descobriram um suplemento de amido que consegue reduzir os triglicerídeos armazenados no fígado de humanos.

 
Conforme o artigo, a DHGNA acomete, aproximadamente, 30% da população mundial. Pode levar a complicações hepáticas graves e contribuir para outras condições, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Normalmente, especialistas recomendam mudanças nos hábitos alimentares e prática de exercícios físicos para atenuar a situação. "Achamos que seria muito significativo se pudéssemos encontrar uma abordagem eficaz. Talvez, através da identificação de novos alvos terapêuticos", conta, em nota, Huating Li, coautora do artigo.

Liliana Mendes, hepatologista da Rede D'Or, em Brasília, explica que o quadro se estabelece quando o excesso de carboidratos ultrapassa a capacidade de armazenamento e utilização do corpo. "Eles são transformados em triglicerídeos e se acumulam nos tecidos, sendo o fígado um dos principais órgãos de depósito." Segundo a médica, a abordagem proposta pela equipe chinesa, o amido resistente, pode ser encontrada em alimentos comuns. "Está presente em comidas não processadas, como grãos, batata crua, banana verde, ou mesmo naquelas que passaram por modificações, como a casca de pão ou a batata cozida resfriada", lista.

Quatro meses

Participaram do ensaio clínico 200 pacientes, que receberam um plano alimentar planejado por um nutricionista. O amido resistente em pó derivado de milho foi incluído na dieta de metade dos voluntários, enquanto os outros 100 receberam amido de milho não resistente com a mesma quantidade de calorias (grupo controle). Todos os voluntários foram instruídos a beber 20g de amido misturado com 300mL de água antes das refeições, duas vezes ao dia, durante quatro meses.

 

 

Gordura no fígado
Gordura no fígado afeta cerca de 30% da população e não tem um tratamento específico(foto: Deposit/Photo)

 

Segundo os autores, pesquisas anteriores sugeriram que a DHGNA está associada à perturbação da microbiota intestinal. O estudo demonstrou essa relação. Ao analisar amostras fecais dos voluntários, a equipe chinesa constatou que aqueles que ingeriram o amido resistente tinham composição e funcionalidade de microbiota diferentes. Apresentavam, por exemplo, níveis mais baixos de Bacteroides stercoris, que, segundo especialistas, está ligada ao metabolismo da gordura no fígado.

Terapia

Em uma outra etapa da pesquisa, a microbiota fecal de pacientes tratados com amido foi transferida para camundongos alimentados com uma dieta rica em gordura e colesterol. Os animais, então, sofreram redução significativa nos níveis de triglicerídeos hepáticos e melhora na qualidade do tecido hepático. "Conseguimos identificar uma nova intervenção (...) eficaz, acessível e sustentável. Em comparação com exercícios ou tratamentos para perda de peso, adicionar amido resistente a uma dieta normal e balanceada é muito mais fácil para as pessoas seguirem", afirma Li. 

Adriano Moraes, hepatologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, reforça que esse tipo de suplemento funciona como um prebiótico capaz de regular e reduzir a proliferação de bactérias que podem aumentar a inflamação no intestino em decorrência de alguns alimentos. "Essa onda de inflamação torna o ambiente intestinal favorável à produção de substâncias que, quando caem na corrente sanguínea, podem estimular processos imunológicos, reduzir níveis de bom colesterol, causar estresse oxidativo e liberação de substâncias maléficas", detalha.

Palavra de especialista: Precisamos de mais estratégias

 "Estamos estudando as melhores estratégias de dieta e mudança de estilo de vida, que são a pedra angular de tratamento da gordura no fígado atualmente. Sabemos que a dieta mediterrânea tem efeito positivo no controle da esteatose e que, quando se trata de alimentos que trazemos para as refeições, o mais saudável é usar a dica de 'descascar mais e desembrulhar menos'. O mundo vive uma pandemia de obesidade com o aumento importante de portadores de esteatose hepática. A gordura no fígado pode ocasionar câncer no órgão sem ao menos passar pelo processo de cirrose. Precisamos encontrar estratégias para minimizar os danos e evitar consequências como fibrose hepática, cirrose e câncer de fígado"

Liliana Mendes, hepatologista da Rede D'Or


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