Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 30 de junho de 2023

SAÚDE: EM UM ANO, OBESIDADE ENTRE OS JOVENS DISPARA

 

Em um ano, obesidade entre os jovens dispara; entenda

Pesquisa constata que na faixa de idade entre 18 e 24, Índice de Massa Corporal maior ou igual a 30 avançou de 9%, em 2022, para 17,1%, em 2023. Qualidade de vida piorou depois da pandemia

HF
Henrique Fregonasse*
postado em 30/06/2023 03:55
 
 (crédito:  REUTERS)
(crédito: REUTERS)

O número de brasileiros com idade entre 18 e 24 anos obesos aumentou em 90% no último ano. Em 2022, jovens com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 30, o que configura obesidade, eram 9%, enquanto, em 2023, o percentual disparou para 17,1%. Os dados são do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), divulgado nesta quinta-feira. Depois da pandemia de covid-19, a qualidade de vida desta população piorou.

Realizado pela Vital Strategies e pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o estudo tem como público alvo a população adulta, com 18 anos ou mais. No que se refere à correlação alimentação-atividade física, o estudo cita uma série de fatores que contribuíram para o aumento da obesidade entre os jovens. Lista, entre outros, o maior número de diagnósticos de ansiedade, o consumo insuficiente de frutas e verduras, o consumo frequente de refrigerantes e sucos artificiais, além do sedentarismo e da falta de sono.

Os fatores alimentares chamaram a atenção dos pesquisadores. Apenas 33,5% dos jovens brasileiros consomem frutas regularmente, e 39,2% incluem verduras e legumes na dieta diária em, pelo menos, cinco refeições por semana. Enquanto isso, 24,3% deles assumem que consomem refrigerantes e sucos artificiais frequentemente.

Falta de sono

O sono da população entre 18 e 24 anos também acende a luz de alerta, segundo o Covitel: 42,8% desses jovens dormem por períodos menores que a quantidade de horas recomendadas à faixa etária (sete a nove horas diárias, de acordo com a National Sleep Foundation).

 

BRA-tabagismo e alcool
BRA-tabagismo e alcool(foto: Valdo Virgo)

 

Esses fatores podem impactar em alguns quadros clínicos, sobretudo na saúde mental. O estudo mostra que 31,6% dos brasileiros da faixa 18-24 anos receberam o diagnóstico clínico de ansiedade, e 14,1% de depressão. Ao mesmo tempo, foi constatada a hipertensão arterial em 8,2% desses jovens.

"O excesso de peso vem numa tendência de crescimento há muitos anos. Mas estamos saindo de uma pandemia e essa população, que hoje está com 18 anos, há três anos estava em plena adolescência, que é a época em que socialização é super importante, e ficou todo mundo dentro de casa, sem fazer atividade física. A saúde mental foi agravada", diz Luciana Vasconcelos Sardinha, uma das coordenadoras da pesquisa e gerente sênior de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Vital Strategies.

O panorama acendeu alerta de especialistas, que consideram urgente uma abordagem multifatorial para combater o problema. "Tem de ter políticas públicas que deem oportunidades de melhores escolhas. Há uma discussão, na reforma tributária, de um imposto seletivo para alimentos que fazem mal à saúde, por exemplo. A gente sabe que, se aumentar o preço, diminui o consumo, o acesso", afirma a pesquisadora.

Para o nutricionista Arthur Saggioro, os dados demonstram a má qualidade de vida dos jovens. Ele acredita que o baixo consumo de frutas e verduras pode causar uma deficiência de nutrientes importantes, enquanto o consumo excessivo de refrigerantes resulta na ingestão de altos níveis de açúcar e sódio — que trazem males para a saúde.

A conexão entre sedentarismo e o ócio envolvendo equipamentos eletrônicos também é mencionada na pesquisa. Segundo o estudo, 63,1% dos jovens nessa faixa etária não praticam os 150 minutos semanais de atividade física recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em contrapartida, 76,1% utilizam dispositivos como celulares, tablets e televisores para lazer diariamente por, ao menos, três horas. Dessa forma, o levantamento traz a faixa etária de 18 a 24 anos como líder no chamado tempo de tela. (Com Agência Estado)

*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi


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