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Os irmãos subiram ao palco às 21h40 para cantar os seus maiores hits, em um Mané Garrincha lotado de fãs
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Fãs enfrentaram filas longas para garantir um bom lugar no estádio
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Para passar o tempo, o público entoou os maiores sucessos dos ídolos
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Fãs brasilienses da dupla Sandy e Junior deram novo sentido à palavra saudade. Não teve fila, Sol, espera ou qualquer razão que os afastasse do tão desejado reencontro com os ídolos. Os irmãos desembarcaram ontem na capital para apresentação única da turnê comemorativa Nossa História.
A movimentação em torno do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha começou por volta das 13h, apesar de a produção divulgar que os portões só abririam às 18h. Para passar o tempo, o público aproveitou para esquentar e cantar alguns hits da dupla, como Era uma vez.
Flávia Rosa Lásara, 30 anos, foi uma das primeiras a chegar ao estádio. Era 8h. “Vai ser o primeiro show a que vou assistir deles. Acompanho os dois desde 2000, mas nunca tive condições de ir ao show”, comentou.
A administradora Camila Martins, 30 anos, também se antecipou para não perder um minuto. Depois de enfrentar uma madrugada para comprar os ingressos, veio de Goiânia. “Não vejo a hora de poder ouvir as músicas ao vivo de novo. Será uma nostalgia”, afirmou.
Os amigos Luccas Rodrigues Solito, 22, e Giovanna Bittencourt Pereira, 22, garantiram os ingressos em março. Com medo de perder a celebração dos ídolos, não se importaram em curtir o show fora de casa. Os dois chegaram de São Paulo direto para o estádio. “Lembro das festas de aniversário que só tocavam Sandy e Junior quando tinha uns 8 anos e da participação deles em Malhação”, disse Luccas. “Amava a série deles e minha família já não aguentava mais ouvir as músicas lá em casa. Meu pai chegou a falar que iria comigo aos shows, porque já sabia cantar tudo”, completou Giovanna.
Carta guardada
A fã Ana Paula de Aranha Oliveira acompanha a carreira de Sandy e Junior desde que se entende por gente. Contudo, nunca tinha visto, ao vivo, uma apresentação da dupla, até compartilhar sua história nas redes sociais e ganhar um ingresso.
A autônoma foi conferir a mostra itinerante Sandy e Junior Experience, montada no ParkShopping e que faz um passeio pela trajetória dos irmãos, e ficou extasiada. “Dei de cara com uma carta e, na hora, reconheci a minha letra. Não acreditei. Foi um mix de sensações”, lembrou. No papel estavam as palavras direcionadas à cantora Sandy em 1997. “Não te admiro pelas coisas que faz, mas sim por ser uma pessoa especial, neste mundo tão comum”, escreveu Ana Paula.
Aos 36 anos, ela conta que não perdia uma aparição dos irmãos na televisão nem os capítulos da série exibida pela TV Globo. “A gente não tinha certeza que chegaria nem que estaria guardada, mas escrevíamos. Isso foi demais. Mostra o respeito que eles e a Noley (mãe da dupla) têm pelos fãs”, comenta.
Superprodução
Luz de LED, brilhos, palco com desenhos geométricos, troca de figurino, muitos bailarinos e uma superprodução. Para celebrar os 30 anos da primeira aparição pública da dupla, no programa Som Brasil, da Globo, a turnê Nossa História tem passado por diferentes cidades brasileiras e promovido o reencontro dos artistas com os fãs.
Sandy e Junior subiram ao palco, montado no meio do gramado — o que diminuiu a capacidade do estádio —, às 21h40, depois da contagem regressiva. Mais de meia hora de atraso. A plateia, que não lotava as cadeiras nem o gramado, não se importou. Até o fechamento desta edição, o espetáculo seguia sem incidentes.
A capital federal é a quarta cidade a receber a turnê dos irmãos. Daqui, eles seguem para o Rio de Janeiro.