postado em 06/05/2017 07:33
O sambista Almir Guineto, aos 70 anos, um dos fundadores do tradicional grupo dos anos 1980, Fundo de Quintal, morreu ontem. O cantor sofria com problemas crônicos renais e diabetes hvia mais de um ano e estava internado desde abril no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Com o pai violonista, o irmão sambista e a mãe como uma figura importante na escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, Almir, nascido e criado na Tijuca, teve contato com o mundo do samba desde cedo, o que o levou à carreira musical já com certa bagagem.
Nos anos 1970, Almir já estava no cargo de mestre de bateria e era um dos diretores da Salgueiro, além de frequentar o bloco de carnaval Cacique de Ramos, que acabou proporcionando o encontro dele com Bira Presidente, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany, que se uniram para fundar o Fundo de Quintal. Em 1981, Almir deixou o grupo para seguir carreira solo.
“O Almir foi uma grande amizade de todos nós do Fundo de Quintal. É coisa de muito tempo, dos anos 1970. Essa foi uma das perdas mais sérias que já tivemos no mundo do samba, por tudo o que ele significou,” conta Ubirany. Ele, como um dos fundadores do Fundo de Quintal e como uma grande influência do samba nos anos 1980 introduziu o banjo.Teve um impacto enorme.“
Referido sempre como uma pessoa animada e sorridente por aqueles que o conheciam, Almir foi criador de sucessos que falavam de animação e superação. “Minha relação com a música dele é muito grande. Especialmente com Conselho”, lembra a atriz Regina Casé. “Cantei muito os versos ‘deixe de lado esse baixo astral/ erga a cabeça/ enfrente o mal’ para o Estevão (Ciavatta, marido de Regina) durante a recuperação dele”.