Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 01 de dezembro de 2018

SAIBA COMO REDUZIR AÇÚCARES E CARBOIDRATOS DA ALIMENTAÇÃO

 

Saiba como reduzir açúcares e carboidratos da alimentação

Para especialistas, o primeiro passo para uma dieta mais saudável é priorizar comida de verdade, reduzindo o consumo de industrializados
 
 
Bolo de leite com um toque cítrico de limão, recheado com doce de leite e açúcar de confeiteiro no topo. Foto: CLAUDIO AZEVEDO / CLAUDIO AZEVEDO
Bolo de leite com um toque cítrico de limão, recheado com doce de leite e açúcar de confeiteiro no topo.
Foto: CLAUDIO AZEVEDO / CLAUDIO AZEVEDO

 

 RIO — Nos próximos quatro anos, as indústrias de alimentos, de refrigerantes e de bebidas não alcoólicas devem reduzir, em mais de 140 mil toneladas, a quantidade de açúcar adicionado em diferentes categorias de produtos. Só os biscoitos devem ter uma redução de 62,4%. É o que estabelece um acordo fechado entre as empresas e o governo federal nesta semana. O primeiro passo para uma alimentação mais saudável, porém, pode partir de uma atitude individual. Segundo especialistas, o consumo desenfreado de açúcar pode causar doenças como diabetes e obesidade. Por isso, entenda a importância da mudança de hábitos alimentares e saiba como fazê-la.
 

Açúcares

De acordo com especialistas, o açúcar é um alimento pobre, sem qualquer nutriente e que oferece nada mais que calorias. A nutricionista Clarissa Godoy afirma que a sacarose, que é o açúcar refinado utilizado no dia a dia, e saúde não combinam.

— O açúcar refinado deve ser evitado, porque está associado não só ao ganho de peso, mas a todas as doenças crônicas. A sacarose também é extremamente inflamatória, e a gente sabe que que é em ambientes inflamatórios que as doenças acontecem, sejam neurológicas, seja um câncer — explica.

Thalita Fialho, professora de nutrição da Faculdade Arthur Sá Earp Neto/Fase, diz que, mesmo os açúcares menos refinados, como o demerara e o mascavo, não devem ser adotados na alimentação diária. Eles são mais recomendados para uma eventualidade.

—  Independentemente do tipo de açúcar, é açúcar. Sendo menos refinado ou não, ele pode ir levando à hiperglicemia (glicose elevada) e causando os efeitos do excesso, como a diminuição da expectativa de vida — opina.

Para a nutricionista Luiza Marina, o ideal seria que o hábito de evitar açúcar fosse ensinado desde o início da vida.

— O problema é que, desde criança, as pessoas se habituam a adoçar tudo, e estranham o verdadeiro sabor dos alimentos sem adição de nada, como um café puro — opina.

 

Segundo Ana Carolina Feldenheimer, professora de nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), quando o assunto é ingerir menos açúcar, a regra de ouro é reduzir o consumo de alimentos industrializados, como refrigerantes e sucos de caixinha, priorizando os alimentos naturais. Outra estratégia é analisar a tabela nutricional.

— Olhar os rótulos é muito importante. Alguns iogurtes têm mais açúcar que refrigerante. Se o primeiro ingrediente da tabela nutricional for açúcar, esse é o ingrediente que mais tem no alimento. Até certos produtos aparentemente salgados comprados nos mercados levam açúcar para ficar mais atrativos — esclarece.

Para quem deseja fazer uma reeducação alimentar, a nutricionista e professora de bioquímica da Unisuam Ana Cláudia Mariano explica que não precisa começar com uma mudança radical.

— O ideal é ingerir a menor quantidade possível de açúcar, reduzindo aos poucos, com metas semanais, até acostumar o paladar. Para quem não consegue, existem alguns tipos de adoçantes, como o Xilitol. Mas o ideal é não usar adoçante — orienta.

 DE OLHO NO RÓTULO: APRENDA A IDENTIFICAR O AÇÚCAR

Conheça também alimentos com grande teor de açúcar
Os ingredientes do rótulo estão em ordem decrescente, ou seja, do ingrediente em maior quantidade para o de menor quantidade. A atenção deve ser redobrada com alimentos que contenham como primeiros ingredientes qualquer tipo de açúcar. Veja exemplos:
• Sacarose
• Frutose
• Glicose
• Glucose
• Dextrose
• Maltodextrina
• Açúcar mascavo
• Açúcar demerara
• Açúcar invertido
• Açúcar orgânico
• Açúcar magro
• Açúcar moreno
• Açúcar light
• Açúcar de confeiteiro
• Mel
• Agave
• Xarope de milho
EXEMPLOS:
1 Fatia de bolo de chocolate (60g) =
6,8 colheres de chá de açúcar (34g)
2 a 3 unidades de biscoito recheado (30g) =
2 colheres de chá de açúcar (10g)
2/3 de xícara de cereal matinal de milho (30g) =
2 colheres de chá de açúcar (10g)
1 copo de néctar de uva (200ml) =
5 colheres de chá de açúcar (25g)
1 lata de refrigerante de 380ml =
7,4 colheres de chá de açúcar (37g)
1 sachê de suco em pó (25g) =
3,6 colheres de chá de açúcar (18g)
Fonte: Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC)/ Nutricionista Luiza Marina

Carboidratos

As nutricionistas defendem que, de forma geral, os carboidratos não devem ser evitados, mas consumidos com moderação, já que ele representa um importante nutriente. A ressalva é com relação à qualidade dele. Isso porque existem os carboidratos simples — como pão francês, biscoito, açúcar refinado, farinha branca e arroz branco — e os complexos, representados basicamente por alimentos integrais. O que diferencia os dois é a velocidade de absorção pelo organismo, o que vai influenciar, principalmente, na quantidade de gordura abdominal.

 

— O carboidrato simples é rapidamente absorvido pelo organismo, gerando um pico de glicemia (açúcar) no sangue. Isso faz com que o hormônio insulina seja liberado em grande quantidade para retirar esse excesso de açúcar da corrente sanguínea. O pico de insulina está diretamente relacionado com o acúmulo de gordura corporal — explica Luiza Marina.

Como ter um cardápio diário com as opções corretas de açúcares e carboidratos? Confira como montar a sua dieta

Os carboidratos complexos são os mais recomendados, mas sem deixar de lado a moderação. Por serem alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, eles são digeridos mais lentamente e não demandam alta liberação de insulina.

— Quais seriam as melhores opções de carboidratos? Os tubérculos: batata-doce, aipim, inhame e batata-baroa; as frutas, uma excelente fonte de antioxidantes; assim como arroz integral e outros grãos, como grão de bico e feijão. Esses são carboidratos do bem — diz Clarissa Godoy.

Sobre o consumo de carboidrato à noite, as especialistas orientam evitar, mas dizem que o que mais impacta na saúde e na estética é a quantidade total consumida durante todo o dia.

*Estagiário sob supervisão de Renata Izaal


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