Natal na casa da família Sato tem gosto de salpicão de frango, receita da incansável dona Kika, de 70 anos. Mãe de Karina, 43, Sabrina, 41, e Karin, 39, Kika se aprimorou no prato nos anos 1980, em Penapólis, interior de São Paulo, quando ela e o marido, Omar Rahal, jamais sonhariam em ser pais de uma das apresentadoras mais famosas do Brasil. Filha de um severo imigrante japonês, que era contra seu envolvimento com brasileiros, dona Kika fez exatamente o contrário: apaixonou-se por um ainda no colégio, namorou escondida, casou-se grávida e transformou sua casa na casa de todas as origens, raças e gêneros. Sabrina, a filha do meio, em torno da qual hoje orbita a maior parte da família, faz exatamente igual à mãe. Mantém a casa tão cheia — de amigos, parentes, assessores e stylists— que é como se ali fosse Natal o ano todo. Na entrevista exclusiva, Sabrina fala sobre vida profissional, sexo e maternidade e planos para o futuro: "Quero dar um festão de casamento com Duda e ter mais filhos, quem saber adotar".
Kika Sato: casa cheia de afeto — Foto: Henrique Falci
Domingo passado, no dia da sessão de fotos desta matéria, em um estúdio da Zona Norte em São Paulo, a energia também era contagiante. Chegava a dar vergonha demonstrar qualquer traço de impaciência diante de uma Sabrina tão alto-astral, capaz de atender aos anseios do maquiador, do fotógrafo, da repórter e, sobretudo, da filha Zoe, de 4 anos. Carinho, colo, calma e um pirulito a ajudaram a tirar um sorriso da pequena, sua filha do casamento com Duda Nagle.
Como se não estivesse há seis horas trabalhando em seu único dia de folga da semana, riu até quando precisou interromper a entrevista para atender a diversos chamados. Em troca, ofereceu uma conversa franca. “Falo sobre tudo, de boa”, explicou. E fala mesmo: Natal, machismo, maternidade, sexo, diferenças políticas. Dá, inclusive, uma opinião sincerona sobre sexo: "O tesão vai se transformando. A gente idealiza muito e cria expectativa desde cedo. Perdi a virgindade aos 20, tenho 41. A vida sexual vai mudando, o sexo pós-casamento é um, o sexo pós-maternidade é outro e o pós-crise é muito melhor que os anteriores (risos)".
Kika e Sabrina: bom humor de mãe para filha — Foto: Henrique Falci
Também fala da importância da comunicação para o sucesso de um relacionamento e como ela foi atalho para mais harmonia com o marido. "Hoje em dia, eu e o Duda falamos mais sobre o assunto. No fim, foi bom expor o tema (risos). Estamos até planejando um festão de casamento. É legal quando a gente conversa e cada um fala o que precisa para se acertar. Não quero decepcionar a moçada, mas o tesão que você tem aos 20 não é mesmo aos 41", pontua. "Na minha idade a gente tem tesão em outras coisas, na cerveja com as amigas, na realização profissional. Acho interessante aceitar isso. Não preciso dizer que transo para caralho para mostrar que estou viva. Não tenho essa vaidade", conclui. Confira a entrevista completa.