Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Paulo Azevedo quinta, 10 de novembro de 2016

ROUBARAM O SABOR DE NOSSA INFÂNCIA

ROUBARAM O SABOR DE NOSSA INFÂNCIA

PAULO AZEVEDO

 

                        O tempo já é não tão soberano quanto antes. Dia desses, fui à feira, onde todas as frutas estavam presentes nas barracas, de framboesas a jacas, passando por morangos, até nectarinas.

 

                        Sempre soube que manga era uma fruta de final de ano; caqui em abril e maio; goiaba em setembro; morango nos meses mais frios. Frutas sazonais eram esperadas e significavam algo, férias, no caso das mangas.

 

                        Hoje, quase todas são enxertadas, insípidas, maiores que o tamanho natural – tem morango que parece maçã. Roubaram nossa alegria infantil pelas frutas.

 

                        Antigamente, quem morava no Sudeste não tinha acesso tão facilmente às frutas do Norte/Nordeste do nosso Brasil. Lembro da primeira em vez que tomei um sorvete de mangaba, no Recife, que delícia! Levei anos com esse sabor inesquecível na minha memória, até que um dia, recentemente, aqui no Rio de Janeiro, pedi o sorvete da mesma fruta, mas a diferença no contexto foi enorme, o sabor era outro, o cheiro da maresia pernambucana não estava presente, e meus sonhos infantis tinham ficado para trás. Doeu o coração.

 

                         Boa é banana, que dá durante o ano todo, mas até a banana estão fazendo no laboratório. Além de o tempo roubar nossa infância, ele agora permitiu aos homens que falsifiquem o sabor infantil de roubar uma goiaba na casa daquela vizinha chata.

 

                         Só nos restaram as lembranças da mangueira na casa da vó, que foi derrubada, e beber suco de caixinha.

 

 N. E. - Paulo Azevedo é Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Esportiva e pós-graduado em Fisioterapia Neurofuncional, Mestre em Ciência da Motricidade Humana, com formação em Filosofia à Maneira Clássica. É detentor de bela história de vida. Nascido em Brasília, em 1971, desde a infância se destacou como craque no futebol. No início de 1986, aos catorze anos, artilheiro no Distrito Federal em sua fixa etária, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, no intuito de firmar-se profissionalmente naquele esporte. Após frequentar as categorias de base do Fluminense, chegou ao time principal, fazendo um gol no jogo de estreia. A partir de então, no tricolor, ou emprestado a outas equipes, conheceu quase todo o Brasil. Um dia, ainda no vigor da carreira, teve um estalo: resolveu dedicar-se aos estudos, para garantir o futuro quando seu futebol entrasse em declínio. Foi uma dádiva de Deus! Hoje, com os títulos supracitados, é um dos Fisioterapeutas mais destacados no âmbito carioca e paquerado por vários artistas globais. Ganhou fama, mas não se deitou na cama! Abraçou, também, a Literatura e, em 2015, lançou o romance No Fio da Vida, com retumbante sucesso, culminando, por ora, neste ano de 2016, com a colocação em 3º Lugar em concurso internacional, recebendo o troféu na Academia Brasileira de Letras.

 

Capa e contracapa do romance

 

Certificado da premiação

Agora, descendo de tão honroso pódio, Paulo Azevedo vem abrilhantar as páginas deste Almanaque, como um de seus colunistas, motivo de muita alegria para todos nós.

Last, but not least – por último, mas não menos importante: Paulo Azevedo é sobrinho de sangue de minha mulher, e meu, por afinidade. Somos, por conseguinte, farinha do mesmo saco!

"

"

"


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros