Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 13 de julho de 2020

ROCK: SETENTÃO EM FORMA

Jornal Impresso

ROCK
 
Setentão em forma
 
 
No Dia Internacional do Rock, confira o que alguns dos roqueiros brasilienses têm a dizer sobre um dos mais populares ritmos do mundo

 

» Irlam Rocha Lima

Publicação: 13/07/2020 04:00

Impressiona a quem curte e, mesmo aos que não são exatamente apreciadores, a jovialidade de um setentão chamado rock and roll. Originário dos Estados Unidos, esse estilo de estrutura musical simples — em sua forma pura utiliza três acordes —, tem raízes na country music, gospel e R&B. Historicamente, os criadores desse estilo foram Chuck Berry, Little Richard e Jarry Lee Lewis, embora a popularização seja atribuída a Elvis Presley e Bill Haley, protagonista do filme Rock around the clock, que no Brasil, onde foi exibido em 1956, recebeu o título de No balanço das horas.
 
Entre nomes icônicos que contribuíram para tornar o rock algo atemporal, a partir da década de 1970, estão bandas como Beatles, Rolling Stones, Led Zepelin, Pink Floyd, Ramones, The Clash, The Doors e Queen, além dos cantores e compositores John Lennon, Paul McCartney, David Bowie e Elton John, do guitarrista e compositor Jimi Hendrix e da cantora Janis Joplin. Eles entram para a história da música universal e fazem parte da memória afetiva de incontáveis fãs.
 
No Brasil, os irmãos Cely e Tony Campello são vistos como os pioneiros do rock, na segunda metade dos anos de 1950. Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e seus companheiros da Jovem Guarda despertaram o interesse pelo gênero nos anos 1960; enquanto Raul Seixas e Rital Lee se tornaram símbolos roqueiros na década de 1970. As bandas paulistanas Titãs e Ira!, as cariocas Barão Vermelho e os Paralamas do Sucesso estão entre os representantes da geração oitentista, responsáveis pelo que veio a ser conhecido como BRock. Brasília contribuiu para isso com as reverenciadas Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Detrito Federal.
 
Hoje, comemora-se o Dia Internacional do Rock, instituído em 13 de julho de 1985, quando o cantor, compositor e humanista inglês Bob Geldof idealizou um festival chamado Live Aid, que ocorreu simultaneamente em Londres e na Filadélfia, cuja renda foi destinada ao combate à fome na Etiópia. Desde então, a data vem sendo comemorada em todo mundo. Em tempo de interminável quarentena, determinada pela pandemia, roqueiros brasilienses fazem a celebração em casa, longe do palco e do público. Veja o alguns deles, ouvidos pelo Correio, disseram.
 
 
 (GiovannaOhl/Divulgação)  
 
 
Philippe Seabra (Plebe Rude) — “Sempre achei estranho ter um dia para o rock, pois, pela natureza contestatória, creio que o rock não se conformaria em ser celebrado apenas num só dia. O rock deu voz aos jovens desde a década de 1950 e não foi diferente em Brasília, relacionada à geração da qual a Plebe fez parte. Nesse período que vivemos, com o impacto do coronavírus na sociedade, se existe um ponto positivo, é que veio apressar a história, ao demonstrar mais claramente toda a incompetência e falta de gestão desse governo patético. A Plebe também foi atingida, pois não pudemos lançar o álbum duplo Evolução, com o adiamento da turnê que faríamos pelo Brasil e Europa, onde participaríamos do Festival Rebellion, na Inglaterra.”
 
 (Matt Magrath/Divulgação)  
 
Tomás Bertoni (Scalene) — “Eu era pré-adolescente quando o rock entrou na minha vida, ao ouvir bandas clássicas, como Beatles, por influência dos meus pais, e o Red Hot Chili Peppers, e a pouco conhecida banda californiana Thrice. O rock, além de se tornar uma referência, fez surgir em mim, a partir dos 14 anos, uma identidade musical. Nosso último show foi no primeiro fim de semana de março, em Campinas (SP). Com o surgimento da pandemia, houve o adiamento das apresentações para lançar o EP Fôlego. Aliás, a produção desse projeto nos impôs um desafio, o de fazer  tudo à distância, cada um trabalhando no seu tempo. Foi uma experiência diferente, mas fluiu bem. O lado bom dessa longa quarentena é que sobrou tempo para que eu possa atenção total ao Benjamim, o meu primogênito.”
 
 (Shalon Adonai/Divulgação)  
 
Kiko Peres (Natiruts) — “Minha ligação com o rock vem de muito tempo. Para aperfeiçoar minha performance como guitarrista, me formei em música no Guitar Institute of Technoloy, de Los Angeles, em 1992. Fiz parte de algumas bandas, como Pravda, e das que faziam cover de Jimi Hendrix e Led Zeppelin. Atualmente, integro o Natiruts, com o qual vinha fazendo muitos shows antes da covid-19. Durante a quarentena, a música continua sendo minha maior terapia. Tenho tocado bastante e criado novas composições, que pretendo lançar ainda neste ano. Mas sinto muita falta de estar no palco e de trocar energia com o público.”
 
 (Henrique Fran?ois/Divulgacção)  
 
Zenny Galvão — “O rock sempre esteve presente em minha vida. Sou baixista desde 1989, quando formei a banda metaleira Flammea. Participei também e outros projetos, como os da Dona Encrenca, Foxy Lady, Rarabichebas, The Evil Rock e Woman in Rock. No momento, com a paralisação que atinge fortemente o meio artístico, recorro ao que ainda tem de sobra, a criatividade. Eu e Fábio Marreco fizemos jams virtuais com Rafael Cury e Thiago Totem. A vida está em suspenso, indefinida, o que se agrava com perdas de vidas e pela absurda inação e insanidade política. Mas a arte sempre resiste; e por hora é o que temos de cura.”
 
 (Arquivo Pessoal)  
 
Bruna Dornellas (Mirante) — “O rock tem uma importância muito grande para mim. Vejo como forma de expressão e pressão sobre valores tradicionais. Tomo parte de um projeto de rock alternativo como vocalista da banda Mirante. Com esse trabalho, iniciado em 2019, mostramos nosso som, nossa interpretação e nossa opinião, por meio das letras. No período de isolamento, determinado pela covid-19, nos adaptamos e criamos um método de produção caseiro. As músicas serão gravadas quando tudo isso passar. Sonho com o dia em que poderei subir novamente ao palco. Mas, enquanto isso não for possível, faço um apelo: fique em casa!”
 
 (Deilson Psykhe/Divulgação)  
 
Kefere Kafe (Indigentes e Indecisos) — “Somos uma banda de punk rock de São Sebastião-DF e vemos a importância de haver uma data comemorativa para o rock apenas para relembrar que, historicamente, esse gênero musical contestatório, abre a mente e provoca inspiração. A Indigentes e Indecisos foi formada em 2015, tem feito shows e participado de festivais undergrounds em vários pontos do Distrito Federal, incluindo a Vigília Cultural pela Democracia, na área externa do Museu Nacional da República. Como estamos sem atividade por causa da pandemia, sugiro que acessem nossa página no Facebook, em que postamos sempre muitas novidades e gravações de músicas com letras satíricas e críticas sociais.”
 

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