Foto: site memoria.ebc
Quando escuto tua voz eu enlouqueço
Perco o senso e não sei mais o que faço
Sem poder receber o teu abraço
Em tua fala eu me acalmo e me aqueço.
É que ouvindo o teu tom eu esmoreço
Os teus sons me confundem o pensamento
Te escutando eu ligeiro me acorrento
Fico presa e me perco na paixão
Tua voz é cadeia e é grilhão
Mas teu riso é pra mim um livramento.
Eu já cumpro um breve juramento
De se eu ouvir tua voz ficar calada
Se eu pudesse viver aprisionada
Viver presa em ti seria alento.
Tua voz é também um sofrimento
Um tormento no qual eu vivo e luto
Mas, assim que o teu riso eu escuto
Livramento da loucura é pra mim
Ela põe nas cadeias todo o fim
Da paixão solitária que eu desfruto.