A festa para comemorar o título ainda está em planejamento, mas já é certo que não faltarão alguns dos mais de 400 rótulos de cachaça que animam as noites dos clientes do Galeto Sat’s, cinquentenária referência etílica e de tira-gostos de Copacabana. Só falta escolher o acompanhamento: seja um tradicional galeto ou um frango atropelado à cubana para quem não se preocupa muito com umas calorias a mais. Ontem, a casa entrou para uma lista seleta da prefeitura formada por botequins considerados patrimônio cultural carioca. Dessa lista, fazem parte outros locais de referencias da “boemia-raiz”, tais como como o Bar e Café Lamas (Flamengo), o Nova Capela e o Bar Brasil (Lapa) e o Jobi (Leblon).
A inclusão do bar consta de um decreto do prefeito Eduardo Paes. A justificativa para a homenagem é que o espaço é um negócio tradicional que é referência não apenas para a noite em Copacabana como para todo o Rio. Agora, o Sat’s receberá da prefeitura uma plaquinha azul que será exibida com orgulho pelos proprietários do estabelecimento.
Plaquinha azul é o símbolo do reconhecimento — Foto: Reprodução
Com esse título, a casa se torna a “saída de emergência oficial’’ da madrugada da boemia. Afinal, o Sat’s só fecha ali pelas 5 da manhã, às vezes muito mais tarde.
— E sempre com uma cachacinha na mesa, claro — comemorou o atual proprietário, Sérgio Rabello.
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Sérgio diz que tem uma relação de amor com a casa. Morador de Copacabana, começou a frequentar o Sat’s com a família, como cliente. Em 2010, trocou de lado do balcão. Sem qualquer experiência, assumiu o negócio quando os espanhóis Garcia e Rivera, que abriram a casa em 1972, decidiram passar o negócio adiante.