Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 03 de março de 2023

RIO DE JANEIRO: SAIBA COMO SERÁ A TIROLESA DE 755 METROS NO PÃO DE AÇÚCAR

 

Por Rafael Galdo — Rio de Janeiro

 

 

 
 
Bondinho do Pão de Açúcar vai ganhar tirolesa de 755 metros - Roberto Moreyra

Será um salto que partirá de 395 metros de altitude, entre o Pão de Açúcar e o Morro da Urca. Radical? Com certeza! E também uma experiência completamente diferente para admirar as belezas cariocas. É o que promete ser a tirolesa do Parque Bondinho Pão de Açúcar, já em construção e com previsão de ser inaugurada no início do segundo semestre deste ano.

 
 

 

Como será a aventura no Pão de Açúcar ?

 

 

  • A tirolesa terá 755 metros e a velocidade máxima será de 100 km/h
  • Serão quatro vias de descidas paralelas, com partidas e chegadas em plataformas próximas às estações do teleférico.
  • De capacete e proteção facial, o aventureiro vai se acomodar numa cadeirinha de tecido ultrarresistente, presa por equipamentos de ponta aos cabos.
  • Nenhum objeto solto será permitido, para não haver risco algum de que caia lá de cima. Óculos, carteiras e chinelos serão guardados numa mochila acoplada à cadeirinha da tirolesa.
  • O passeio será acessível a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
  • A capacidade da tirolesa não passará de 100 pessoas por hora.
  • Serão 52 empregos diretos gerados.

 

Na futura atração, os visitantes vão percorrer 755 metros pelos ares, içados por cabos, numa descida de aproximadamente 50 segundos, podendo atingir a velocidade máxima de 100km/h. A nova forma de vivenciar as maravilhas do Rio, segundo os idealizadores do projeto, ressignificará o turismo com um convite a uma aventura segura, sustentável e acessível a todos.

Há críticos da interferência no monumento natural. Mas o CEO do parque, Sandro Fernandes, assegura que todas as licenças necessárias foram obtidas junto a órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com os impactos do empreendimento estudados e debatidos. Ele detalha que a tirolesa, um investimento de R$ 50 milhões, terá quatro vias de descida paralelas, com partidas e chegadas em plataformas próximas às estações do teleférico. Os cabos, diz o executivo, serão quase imperceptíveis na panorâmica da cidade, com 15 milímetros de diâmetro, bem menos que os 50 milímetros que sustentam o bondinho. Já as sensações provocadas por essa viagem pelo cartão-postal devem ser daquelas que ficarão marcadas para sempre na memória.

Segurança nas alturas — Foto: Editoria Arte

Segurança nas alturas — Foto: Editoria Arte

  

 

Segurança reforçada

 

Ele conta que, antes da diversão nas alturas, os visitantes ouvirão explicações sobre o Pão de Açúcar e a atividade integrada à natureza, receberão instruções de segurança e, por fim, vão se paramentar para a descida. O capacete, com um toque de ficção científica ou das altas performances olímpicas, inclui proteção facial. O aventureiro, em seguida, vai se acomodar na cadeirinha de tecido ultrarresistente, presa por equipamentos de ponta aos cabos da tirolesa. Estará tudo pronto, então, para se lançar à coragem.

— Vamos trazer esse esporte a um outro patamar, com o mesmo nível de segurança reconhecido há 110 anos no bondinho — diz Fernandes. — Um sistema eletrônico-digital, com sensores, jamais permitirá que uma pessoa parta da rampa no Pão de Açúcar enquanto a que desceu anteriormente não tiver saído da via — exemplifica o CEO.

  

Fernandes ressalta também que o passeio será acessível a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Uma empresa especializada em acessibilidade foi contratada para não deixar escapar qualquer detalhe, com o objetivo de que a tirolesa ofereça equidade a quem quiser viver a atração.

 

Pesquisa com visitantes

 

Mesmo que, em um primeiro momento, a ousadia de descer do Pão de Açúcar ao Morro da Urca pendurado por cabos possa significar frio na barriga, e até vertigem para alguns, uma pesquisa encomendada à empresa QWST apontou que a maioria aprova a ideia. De outubro de 2021 a novembro de 2022, 10.563 visitantes do Parque Bondinho Pão de Açúcar responderam se topariam a aventura da tirolesa, caso tivessem a oportunidade. No final, 57% garantiram que sim. Outros 19% disseram que talvez. E só 24% responderam que não gostam de atividade radical.

Um grupo que inclui montanhistas, porém, tem se oposto à obra, com argumentos como a interferência na paisagem e a alegação de que faltariam informações suficientes sobre o projeto. As contestações deram origem a um abaixo-assinado. “Será que o número de turistas atraídos compensa o impacto ambiental na unidade de conservação? E o impacto na vizinhança, foi avaliado? A própria estrutura de transporte para o topo comporta o impacto do público?”, questiona o documento.

— Redobramos a fiscalização da Patrulha Ambiental. E vamos acompanhar com rigor obras num patrimônio tão emblemático para o Rio — afirma Tainá. — Do ponto de vista urbanístico, as obras estão de acordo com os parâmetros da prefeitura.

 

Até cem pessoas por hora

 

Sobre preocupações da vizinhança a respeito da poluição sonora da tirolesa, a secretária lembra que o projeto promete capacetes acústicos para reduzir ruídos dos gritos dos visitantes, enquanto se espera que o barulho da operação do maquinário não se distingua do que ocorre hoje com os bondinhos. Além disso, lembra que a supressão de vegetação para as obras não é significativa, mas que, em compensação, está em curso um processo de reflorestamento e recuperação ambiental no local.

Já o CEO Sandro Fernandes ressalta que a capacidade da tirolesa não passará de cem pessoas por hora, o que não significaria um aumento de fluxo no parque. Hoje, esclarece Fernandes, os bondinhos carregam até mil pessoas por hora montanha acima — ou seja, dez vezes mais do que suportará a tirolesa. Ele destaca ainda que o processo para que a novidade começasse a sair do papel durou anos. E que, além do Iphan, foram emitidas licenças de outros quatro órgãos, entre eles, o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e a própria Smac.

Muito pouco está por definir, segundo Fernandes. O preço do tíquete para a atração é um desses pontos. Ele não tem dúvidas, porém, do quanto a novidade significará para o turismo na cidade, onde uma tirolesa faz sucesso nas edições do Rock in Rio, mas com poucas opções permanentes para as descidas radicais.

— Serão 52 empregos diretos gerados. Mas tenho certeza de que toda a cadeia do turismo será beneficiada — conclui ele.


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