Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 16 de setembro de 2020

RESTAURANTES: PROTEÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR

Jornal Impresso

Proteção em primeiro lugar
 
Para evitar a disseminação do novo coronavírus e incentivar clientes a frequentarem os salões, donos de restaurantes reforçam protocolos de segurança. Aposta é de que o movimento volte a subir até o fim do ano

 

» SAMARA SCHWINGEL

Publicação: 16/09/2020 04:00

No Tejo, cardápios são acessados pelo celular, temperatura é medida na entrada e higienização do ambiente, constante (Ana Rayssa/CB/D.A Press)  

No Tejo, cardápios são acessados pelo celular, temperatura é medida na entrada e higienização do ambiente, constante

 

 
Em tempos de pandemia, donos de restaurantes precisam encontrar novas formas de atrair clientes e de proporcionar  um ambiente seguro a eles e aos funcionários, a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus. Como em outros setores, os desafios impostos por esse novo contexto são grandes, o principal deles é manter o negócio aberto mesmo diante da queda de receita causada pela crise sanitária. Usar a criatividade e pensar em alternativas como cardápios on-line, venda de máscaras a consumidores que não levarem o item de proteção estão entre as medidas adotadas por estabelecimentos no DF, além do cumprimento rigoroso dos protocolos de segurança.
 
Localizado na 402 Sul, o Lake’s viu o movimento cair durante a pandemia, mas isso não abalou o proprietário Zeli Ribeiro, 67 anos. Para ele, até o fim do ano, os clientes voltarão a ter mais confiança. “Ainda sinto que muitos estão com medo de sair de casa. Porém, posso garantir que, no meu estabelecimento, seguimos todas as medidas de segurança à risca”, explica. Ele conta que o faturamento caiu bastante e o que está mantendo o restaurante aberto é o serviço de entregas. “Com a pandemia, essa modalidade cresceu muito. No entanto, gostaria que as pessoas soubessem que é seguro frequentar locais sérios e que estão seguindo os protocolos”, relata.
 
Ele explica que monitora todos que entram no restaurante. “Faço isso por mim, pela minha equipe e pelos próprios clientes. Sou do grupo de risco e sei que não posso arriscar minha saúde e a dos meus colegas”, afirma Zeli. O dono do Lake’s observa que a contaminação pelo novo coronavírus é muito incerta e, por isso, considera necessário impor rigidez aos protocolos. “Qualquer deslize é uma porta de entrada para o vírus, e é exatamente isso que procuro evitar”, diz.
 
O protocolo do Lake’s é rigoroso. Qualquer pessoa, seja cliente, seja funcionário, não entra no salão sem antes medir a temperatura e passar álcool em gel nas mãos. Além disso, quem estiver sem máscara não entra. “Disponibilizamos máscaras caso alguém queira comprar, mas sem a proteção, não deixamos passar da porta”, diz Zeli. Uma vez dentro do ambiente compartilhado, os funcionários são treinados para fiscalizarem o distanciamento social e o uso dos equipamentos.
 
Também há regras em relação à higienização do ambiente e itens compartilhados. As mesas só recebem talheres, copos e toalhas após os clientes sentarem, e os cardápios estão disponíveis por meio de QR Code, para evitar o compartilhamento de objetos. Só são permitidos seis clientes por mesa e todas passam por uma limpeza com álcool depois antes e depois do uso.

Zeli Ribeiro, dono do Lake%u2019s, acredita que os protocolos são importantes para garantir segurança de funcionários e de clientes (Ana Rayssa/CB/D.A Press)  

Zeli Ribeiro, dono do Lake's, acredita que os protocolos são importantes para garantir segurança de funcionários e de clientes

 

 
Expectativas
 
A poucas quadras dali, na 404 Sul, o restaurante português Tejo também segue as medidas de segurança com rigor. De acordo com um dos donos do local, Gustavo Santos, seguir o protocolo dá mais segurança para os clientes. “Percebo que algumas pessoas que vêm acabam voltando. Acredito que seja pela segurança que transmitimos”, diz. Ele espera que, durante os próximos meses, o movimento aumente ainda mais. “Com certeza o fluxo está reduzido, porém isso já era esperado. A expectativa é de que, a cada mês, as pessoas ganhem ainda mais confiança”, completa.
 
Ele explica que também adotaram o sistema de cardápios acessados pelo celular, medição de temperatura na entrada, distanciamento social e constante higienização do ambiente e de clientes e funcionários do local. “Toda vez que uma pessoa sai da mesa, o lugar é totalmente limpo com álcool 70%, antes que o próximo cliente entre”, afirma Gustavo.
 
Francisco Chaves é sommelier do local há cerca de um ano e considera que os clientes se sentem mais seguros com o passar do tempo. O funcionário do Tejo conta que as expectativas para os próximos meses são as melhores possíveis. “Não queremos que a casa fique lotada nem com fila de espera, mas que as pessoas reconheçam que há um trabalho de prevenção sendo feito e percam o medo de sair de casa”, declara Francisco.
 
Confiança
 
O rigor em relação aos protocolos de segurança se tornou um diferencial para os clientes. Ana Paula Bulus, 45, afirma que deixou de frequentar estabelecimentos que não seguiam à risca todas as regras. “É uma exigência que eu faço para a minha segurança, da minha família e dos meus clientes”, diz. A publicitária conta que, por identificar uma seriedade por parte do Lake´s, gosta de frequentar o local. “Já era cliente fiel antes da pandemia. Depois da reabertura, passei a confiar ainda mais, pois vi como as pessoas realmente se preocupam com o bem-estar dos outros”, afirma.
 
Ana acredita que Brasília caminha no rumo certo. “Cheguei a viajar a trabalho para outras cidades e vi como são poucos os estabelecimentos que realmente seguem os protocolos”, relata. Por isso, ela afirma que se sente mais segura em alguns restaurantes da capital federal. “A vida não pode parar e temos de nos adaptar ao novo normal. Caso todos os restaurantes seguissem as normas com seriedade, com certeza a população se sentiria mais segura”, considera.
 
Antônio Brentano, 57, frequentava o Tejo antes da pandemia e afirma que, depois da reabertura, foi ao local cerca de quatro vezes. “Como trabalho perto, na Esplanada dos Ministérios, costumo estar no Tejo no horário de almoço”, explica. Para ele, os estabelecimentos de Brasília estão seguindo os protocolos de segurança corretamente e isso gera maior confiança. “Todos os que visitei até hoje estão cumprindo todas as etapas e, por isso, as pessoas devem se sentir mais confortáveis e tranquilas para voltarem ao normal de forma adaptada.”

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