Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 18 de agosto de 2020

RESPIRO PARA OS CONCURSEIROS

Jornal Impresso

Respiro para concurseiros
 
Suspensão dos prazos de concursos do DF, aprovada pela Câmara Legislativa, faz parte de estratégia de contenção de gastos em meio à crise sanitária causada pela pandemia do coronavírus. A norma agora precisa da sanção do governador

 

» THAIS UMBELINO
» Colaborou Alexandre de Paula

Publicação: 18/08/2020 04:00

A advogada Ana Carolina Hadad está entre os 125 aprovados no concurso da Defensoria Pública do DF e aguarda ser chamada (Arquivo Pessoal)  

A advogada Ana Carolina Hadad está entre os 125 aprovados no concurso da Defensoria Pública do DF e aguarda ser chamada

 

A pandemia do novo coronavírus impactou a nomeação de aprovados em concursos públicos na capital federal. Sem previsão de serem chamados, a maioria temia ter desperdiçado o esforço concentrado nos estudos e perder a chance de ocupar as vagas conquistadas. Para evitar que isso ocorra e conter gastos com as contratações, o Governo do Distrito Federal encaminhou, e a Câmara Legislativa aprovou projeto de lei que suspende o prazo de validade dos certames homologados e em vigência enquanto durar a crise sanitária. As seleções, portanto, terão o limite máximo de quatro anos respeitado, mas sem contar o período de pausa — no total, são 43.697 aprovados.
 
O texto foi aprovado por unanimidade na Casa na última semana e segue para sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB), que deve ocorrer nos próximos dias. “É uma boa notícia para os concursados do Distrito Federal, porque dá esperança, e, para o Estado, é uma economia, pois não haverá necessidade de fazer novos concursos”, afirma o secretário de Relações Parlamentares do DF, Bispo Renato.
 
A medida deve abranger concursos vigentes para 158 especialidades, em 11 órgãos do GDF, e tem como objetivo resguardar os direitos dos candidatos aprovados e evitar prejuízos financeiros à administração pública com novos certames. “Com a suspensão dos prazos por meio de lei, haverá maior segurança jurídica, evitando a judicialização de demandas sobre o tema”, informou, em nota, a Secretaria de Economia.
 
O projeto aprovado pela Câmara Legislativa garante a nomeação de aprovados para reposições decorrentes de exoneração, aposentadoria, morte ou perda do cargo. O controle da vacância é de responsabilidade de cada órgão ou entidade de lotação do servidor.
 
A proposta está em consonância com a Lei Complementar sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que impede estados, DF e municípios de fazer novas contratações até 31 de dezembro de 2021. Para o presidente do Conselho Regional de Economia do DF, César Bergo, os impactos econômicos positivos serão sentidos em um primeiro momento pelo Estado, mas a recuperação total só será efetiva com a retomada dos processos seletivos.
 
“O efeito com a suspensão dos concursos em âmbito federal é muito grande e, na capital, não é diferente. Essa ótica de fazer concursos anualmente renova e mantém a máquina pública funcionando”, destacou. Outra consequência da retomada posterior será percebida na cadeia produtiva, para o especialista. “Todas as etapas de um concurso envolvem diversos fatores e pessoas que movimentam a economia, desde cursos preparatórios a logística dos certames”, complementou.
 
Para o deputado distrital Claudio Abrantes (PDT), líder do governo na Câmara Legislativa, a perspectiva é de que a retomada de concursos e nomeação só ocorra após o controle da crise sanitária. “O momento pós-pandemia vai depender muito da ação do Estado, e acredito que, no primeiro momento, a área de desenvolvimento social receba uma atenção maior. Mas o DF vai continuar fortalecendo os concursos públicos”, avaliou. Abrantes foi um dos articuladores com o GDF para que o Executivo encaminhasse a proposta à Casa com rapidez. No início da pandemia, o parlamentar chegou a elaborar um texto que previa a suspensão dos prazos, mas o entendimento final era de que a matéria precisava ser encaminhada pelo governo, para que não houvesse vício de iniciativa.
 
Espera
Aprovado na Polícia Militar do Distrito Federal em 2019, Fernando Cardoso, 27 anos, comemorou a retomada do calendário do último certame, de 2018. “Minha turma tinha sido chamada em julho para começar o curso de formação, previsto para 1º de setembro. Quando recebi a notícia da suspensão da validade do prazo dos concursos, no início, fiquei com medo de afetar o andamento do concurso da PMDF. Depois, percebi que era algo positivo, pois não impactaria no chamamento do concurso”, contou. Desempregado há um ano, uma oportunidade assim é chance de mudar de vida, avalia. “Gera muita expectativa para quem está esperando. Ainda mais com a pandemia, em que fica difícil arranjar emprego”, observou.
 
A advogada Ana Carolina Hadad, 30, está entre os 125 aprovadas no concurso da Defensoria Pública do Distrito Federal e é representante da comissão de aprovados do certame. Do total, 105 não foram nomeados e esperam a possibilidade de uma vaga. “A Defensoria, hoje, não tem cargos criados vagos para preencher, mas existe um deficit no DF e há a expectativa, porque se pleiteia com o Executivo e o Legislativo uma lei para abrir mais”, explica. A medida que suspende os prazos, na avaliação dela, é positiva, mas deveria levar em conta especificidades de algumas áreas. “Ela traz benefícios, porque não está havendo nomeações nesse período, mas a Constituição prevê que, até 2020, existam defensores públicos em todas as comarcas. Com essa medida, o prazo vai ficar muito curto.”
 
De acordo com o professor Arthur Lima (leia Três perguntas para) apesar do impacto nas contratações, o Distrito Federal ainda é um local de oportunidade para os candidatos. “Os concursos da área da segurança pública têm tido grande destaque recentemente”, apontou. “Entretanto, é importante lembrar que, para atuar em qualquer área, especialmente na segurança pública, é fundamental que o candidato tenha um mínimo de identificação com a atividade a ser desempenhada”, frisou o especialista.
 



Três perguntas para

 (Arquivo Pessoal)  


 Arthur Lima,
 coordenador da Direção Concursos


Por que, na prática, a medida não prejudica os concursos que estavam previstos para este ano?
Essa medida suspende a contagem do prazo de validade dos concursos que já ocorreram e ainda estão válidos. Esta não é a situação dos concursos que estavam previstos ou em andamento este ano, como TCDF, PCDF e outros, pois todos eles já esgotaram o seu prazo de validade. Desta forma, a medida não os afeta diretamente.
 
Como o senhor avalia o cenário da capital em relação aos concursos públicos? Brasília ainda é um local de oportunidades ou está chegando ao limite de vagas? Há locais com deficit de pessoal?
É preciso reconhecer que já tivemos, em outros momentos, uma oferta mais abundante de concursos públicos, tanto no Distrito Federal quanto em âmbito nacional. Ainda assim, é preciso lembrar que atualmente temos ótimas oportunidades em andamento no Distrito Federal, como o concurso da Polícia Civil, que totaliza 2,1 mil vagas, bem como os concursos do Tribunal de Contas e da Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF). Temos ainda outros concursos autorizados, como é o caso da Polícia Penal e da Secretaria de Educação. Destaco ainda que a lei de diretrizes orçamentárias para 2021 foi aprovada com uma previsão de mais de 20 mil nomeações no serviço público do Distrito Federal.
 
Existem áreas que o senhor aconselha maior dedicação dos concurseiros? Qual conselho dá hoje para quem tem interesse em ocupação pública?
Aqui no Distrito Federal, temos a Polícia Civil com previsão de 2,1 mil nomeações, além do concurso autorizado para a Polícia Penal, com previsão de até 1.179 convocações. Os candidatos que se interessam pela área da segurança também podem aproveitar os concursos em âmbito nacional, como é o caso da Polícia do Senado, que também está autorizado e tem remuneração acima de R$ 19 mil por mês; o do Departamento Penitenciário Nacional, cujo edital já foi publicado com 309 vagas; o da Polícia Federal, cujo concurso com 2 mil vagas foi autorizado, e da Polícia Rodoviária Federal, que prepara um novo concurso e solicitou 2,6 mil vagas. No médio prazo, podemos ter ainda oportunidades no TJDFT, na Polícia Militar, no Detran, entre outras.



Em pausa

Confira a lista de concursos que devem ter prazos suspensos após a sanção da medida:
 
» Corpo de Bombeiros
 
» Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab)
» Fundação Hemocentro
» Polícia Militar
» Secretaria da Criança
» Secretaria de Estado do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
» Secretaria de Educação
» Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão
» Serviço de Limpeza Urbana (SLU)
» Secretaria de Segurança Pública
» Defensoria Pública do DF
Fonte: Secretaria de Economia

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