Em campanha eleitoral, pesquisas aparecem a torto e a direito. Candidatos sobrem, candidatos caem. Alguns despencam. Os inimigos não deixam por menos. Ironizam: “Vamos encomendar o réquiem”. Que bicho é esse? É prece para os mortos. Substantivo masculino, escreve-se desse jeitinho.
Curiosidade
Réquiem vem do latim requiem, descanso. É também o nome de uma missa de Mozart. A história é curiosa. Um dia, um desconhecido, que não quis se identificar, lhe encomendou um réquiem para a esposa moribunda. Deu-lhe adiantamento, avisou que voltaria em um mês, recomendou-lhe discrição porque queria fazer crer que fora ele o compositor da peça e… sumiu. Meses depois, apareceu para cobrar a encomenda e sumiu novamente. Mozart, obsessivo com ideias de morte, acreditou que o desconhecido fosse mensageiro do destino. A obra se destinaria ao próprio enterro. Escreveu grande parte do “Réquiem em ré menor”, mas nunca o concluiu. Morreu em 1791. Completado por outros compositores, estreou em Viena dois anos depois. Passou a ser considerado, desde então, uma das maiores peças da música clássica universal. (Até hoje, não se descobriu a identidade do estranho personagem que o encomendou.)