REGULUS & ALDEBARÃ
Robson José Calixto
Um sol azul, outro em chamas
O espaço entre nós, sabemos a razão
Um abraço e nada mais
Big Bang! Tudo começou então.
Mundos distanciados que pulsam,
Filhos repudiados que sonham.
Um olhar ao infinito,
Saudades da terra
Corpos quentes que se bastam
Em união proibida.
Arcos cintilantes, vozes que clamam
Explosões, um silêncio surdo
Amizade eterna interrompida.
Passagens nebulosas, fechos de energia
Regulus e Aldebarã,
Gigantes do nosso céu
Hoje, por que amanhã?
Estende a mão, rasga o véu.
Uma imagem flutua diante dos olhos,
Palavras sussurradas nos ouvidos,
Espectro visto, um Anjo ao lado
Raios atravessam o halo, em um agora
O tempo, a morte, não demora.
E a semente das crianças, esses novos seres
Contemplarão novos planetas, galáxias
Terão novos prazeres.
O fulgor azul, as chamas ocre-avermelhadas
Contarão nos genes o equilíbrio divino,
Entre eu e você, sem medo, o fogo aceso,
Em outro tempo adiante, preces, viagens siderais, palavras
Vidas reconectadas.
Brasília, 15 de abril de 2017 – Robson José Calixto (Leonino com ascendente em Touro)