Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Literatura - Contos e Crônicas domingo, 23 de fevereiro de 2025

REFLEXÕES SOBRE A PRESERVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA NO PLANETA (CRÔNICA DO ARQUITETO FLORIANENSE NILSON COELHO)
Arquiteto Nilson Coelho
 
Reflexões sobre a Preservação das Condições de Vida no Planeta: Uma Desconstrução Necessária
 
A preservação das condições de vida no planeta é um desafio premente que exige uma reavaliação crítica da forma como interpretamos nossa relação com a natureza, o tempo e, consequentemente, a própria ideia de "progresso".
 
É necessário que se faça uma reflexão sobre a necessidade de desconstruir as lentes através das quais têm sido moldados nossos valores e práticas, a fim de garantir não apenas a sobrevivência das atuais gerações, mas também a qualidade de vida das futuras.
 
Um dos principais fatores que contribui para a degradação ambiental nas sociedades contemporâneas é o neoliberalismo, um modelo econômico que prioriza a desregulamentação dos mercados, a privatização de recursos naturais e a maximização do lucro a qualquer custo.
 
Este paradigma tem potencializado a exploração desenfreada dos recursos naturais, frequentemente à custa de ecossistemas inteiros, levando à perda da biodiversidade e ao esgotamento de fontes essenciais de vida.
 
A lógica neoliberal promove uma visão antropocêntrica da natureza, onde a terra e suas riquezas são vistas predominantemente como ativos a serem monetizados. Essa abordagem ignora não apenas as interconexões ecológicas, mas também o valor intrínseco da natureza.
 
A ênfase na eficiência econômica e na competitividade muitas vezes resulta em práticas predatórias, como a exploração de petróleo, mineração e desmatamento, sem considerações adequadas sobre os impactos ambientais e sociais que podem resultar dessas ações.
 
Adicionalmente, o neoliberalismo tem ampliado o imediatismo nas decisões econômicas, favorecendo lucros de curto prazo em detrimento do planejamento sustentável e da responsabilidade ambiental.
 
Essa mentalidade se reflete na extração de recursos que, embora promova crescimento econômico temporário, compromete a saúde a longo prazo do planeta e das comunidades que dependem desses recursos. A pressão por resultados rápidos perpetua um ciclo vicioso de degradação ambiental, onde as consequências de nossos atos são frequentemente ignoradas ou minimizadas.
 
Além disso, é necessário uma reformulação do conceito de tempo que orienta nossas decisões. O aceleração do tempo dos negócios, impulsionado por essa lógica neoliberal, gera um desapego às consequências futuras das ações presentes.
 
A busca incessante por resultados rápidos e pelo crescimento econômico a qualquer custo desconsidera as repercussões a longo prazo na saúde do meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas.
 
Um enfoque sustentável requer uma visão temporal que valorize o legado que deixamos para as futuras gerações, promovendo uma cultura de responsabilidade intergeracional.
 
Por fim, a ideia de "progresso" frequentemente associada ao desenvolvimento econômico deve ser desconstruída. O neoliberalismo apresenta o progresso como um conceito linear, medido por indicadores econômicos como PIB, sem considerar as suas implicações sociais e ambientais. O progresso não pode ser reduzido apenas ao aumento da produção e do consumo, mas deve abarcar melhorias sociais, a equidade e a preservação ambiental. É imprescindível formar cidadãos críticos que compreendam que o verdadeiro progresso está ligado ao bem-estar coletivo e à saúde do planeta.
 
Nesse contexto, para preservar as condições de vida no planeta e garantir seu usufruto futuro, é imprescindível desconstruir as lentes através das quais interpretamos nossa relação com a natureza, o tempo e a ideia de progresso. A construção de um futuro sustentável requer um esforço conjunto, envolvendo educação, políticas públicas e a conscientização da sociedade civil.
 
Somente através dessa transformação de paradigmas e da crítica ao modelo neoliberal podemos garantir um legado saudável e justo para as próximas gerações, alinhando nossas práticas à sabedoria que a natureza nos ensina.
 
 
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