Quatro alunas de uma escola de segundo grau, uma prima segunda no meio, no Recife, pela Internet me enviaram algumas respostas por elas dadas a um questionário, parte de trabalho de um professor, cujo mote, Leitura Sadia, Energia Todo Dia, me deixou entusiasmado. O docente, certamente, deve ser uma pessoa muito bem dotada de humor e saber, características raras num contexto nacional pandêmico, onde o chulo e o menos nobre, a tecnocracia e a boçalidade de muitos parecem substituir o saudável, a politização salutar e os gestos lhanos que sempre dignificaram o Cosmos, em todas as épocas.
Das colaborações explicitadas pelas meninas, escolhi, com dificuldades, três pérolas, dignas de serem divulgadas por um jornal arretado de ótimo como o Jornal da Besta Fubana, que vem, de há muito, se preocupando com as imensas potencialidades do Brasil, um país ainda fragilmente gerenciado pelos responsáveis pelos nossos amanhãs nacionais. Escolhi uma anedota sadiamente engraçada, uma oração fertilizante de um desconhecido e uma advertência do saudoso Martin Luther King, um sempre lembrado pelos cidadãos do mundo.
1. A anedota é evangelizadora: Jesus estava passeando por um vilarejo próximo à Nazaré, quando percebe uma multidão se preparando para apedrejar uma mulher acusada de adultério. Ele se aproxima e, protegendo a ré, declara alto e bom som: QUEM NUNCA PECOU QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA! E eis que, quase de imediato, uma pequena pedra, certeiramente atirada, acerta em cheio a cabeça do Filho de Deus. Olhando imediatamente em volta e identificado o autor, ELE carinhosamente grita: VOCÊ NÃO VALE, MINHA MÃE!
2. Oração do Amor Solidariedade, de autor desconhecido, homenageando todos aqueles que muito amam, embora sem correspondência alguma:
“Quando você sentir vontade de chorar, não chore, pode me chamar que eu choro por você. Quando você sentir vontade de sorrir, me avise que eu venho para nós dois sorrirmos juntos. Quando você sentir vontade de amar, me chame, que eu venho amar você. Quando você sentir que tudo está acabado, me chame, que eu venho lhe ajudar a reconstruir. Quando você achar que o mundo é pequeno demais para suas tristezas, me chame, que eu faço ele pequeno para sua felicidade. Quando você precisar de uma mão, me chame, que a minha será sempre sua. Quando você precisar de companhia, naqueles dias nublados e tristes, ou nos dias ensolarados, eu venho, venho sim. E quando você estiver precisando ouvir alguém dizer EU TE AMO, me chame que eu direi a você a toda hora, pois o meu amor é imenso. E quando você não precisar mais de mim, me avise, que simplesmente irei embora, orando por você”.
3. A lição de Martin Luther King é de muita clarividência contemporânea, num contexto onde tudo parece terminar num embostalhamento geral, sem altruísmo algum, sem fervor cívico, sem um pingo de vergonha na cara, competência nula:
“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver”.
Parabenizei as estudiosas adolescentes pelas respostas dadas ao questionário do professor. Um professor para quem envio um fraternal abraço de parabéns, posto que percebi sua alma irmã gêmea da minha e de muitas outras.
E logo fui para junto dos meus livros, absolutamente convencido de que o amanhã brasileiro será muito diferente, se todos tiverem tesão existencial e vontade de edificar novos amanhãs nacionais. Para felicidade geral de gregos e troianos.
PS. Para todos os leitores do Jornal da Besta Fubana, talentos que nobilitam o Brasil e que me honram com suas amizades, deixando-me cada vez menos solitário na minha caminhada em direção à Luz.