Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 04 de julho de 2020

REABERTURA INTENSIFICA DEBATE DOBRE ISOLAMENTO

Jornal Impresso

Reabertura intensifica debate sobre isolamento
 
Com protesto em frente ao Buriti, manifestantes estimulam as discussões sobre o distanciamento, principalmente após GDF autorizar a retomada total do comércio e das aulas. Governador Ibaneis Rocha garante que o cenário é seguro para flexibilização

 

» WALDER GALVÃO

Publicação: 04/07/2020 04:00

Cerca de 100 pessoas participaram de ato contra a retomada das atividades no Distrito Federal: %u201CTodas as vidas importam%u201D (Fotos: Jaqueline Fonseca/Esp. CB/D.A Press)  

Cerca de 100 pessoas participaram de ato contra a retomada das atividades no Distrito Federal: "Todas as vidas importam."

 



Aretomada total das atividades comerciais e industriais, além do retorno das aulas, interrompidas devido ao novo coronavírus, reforçou as discussões sobre a importância do isolamento social no Distrito Federal. Ontem pela manhã, manifestantes reuniram-se em frente ao Palácio do Buriti para questionar decreto publicado pelo Executivo local com cronograma de reabertura. Cerca de 100 pessoas promoveram o ato Todas as Vidas Importam, homenagearam as vítimas da covid-19 e pediram mais tempo de distanciamento a fim de evitar mais mortes. Ao Correio, o governador Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que as análises da Secretaria de Saúde mostram que o cenário é seguro para que os segmentos voltem a funcionar, inclusive as escolas.

O decreto, publicado na quinta-feira, prevê a abertura escalonada e por setor. Na próxima terça-feira, abrirão salões de beleza, barbearias, esmalterias, centros estéticos e academias. Em seguida, em 15 de julho, bares e restaurantes poderão retomar os negócios. Escolas privadas têm permissão para receber alunos em 27 de julho, e as públicas, em 3 de agosto. Apesar das restrições e do protocolo de higienização impostos pela determinação, o retorno às atividades preocupa os participantes do protesto.

“A vida é muito breve. Agosto é muito cedo” e “Romper o isolamento é promover o genocídio” foram algumas das frases escritas nas faixas erguidas pelos manifestantes. Uma das organizadoras, a professora Leda Gonçalves, 56 anos, ressaltou que a medida do Executivo local colocará em risco a saúde da população. “Para nós, romper o isolamento do modo como o GDF está propondo é aumentar a quantidade de mortos, perder vidas. Então, a gente quer pedir um basta”, destacou. Para a dentista Geovania Rodrigues, a abertura é inexplicável, já que o crescimento de casos continua em aceleração.  “Justo no momento do pico da pandemia, já previstos por estudos, a gente depara-se com a liberação de praticamente todas as atividades econômicas. É um momento que, no nosso entender, põe em risco muitas vidas”, frisou.

Em nota, o Palácio do Buriti informou que o protesto foi pacífico e acompanhado por equies da Polícia Militar. “A manifestação é um direito fundamental do cidadão, previsto na Constituição”, avaliou.

Educação

A retomada das aulas é um dos pontos mais sensíveis do decreto publicado pelo GDF. Ontem, representantes do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) também participaram do protesto. O diretor Samuel Fernandes ressaltou que não há condições de as escolas brasilienses receberem alunos na pandemia.

O decreto de reabertura dos colégios prevê série de medidas para evitar a disseminação da doença. Entre elas está a testagem dos professores, o fechamento dos bebedouros, o distanciamento entre cadeiras de 1,5m e a suspensão de eventos que promovam aglomeração. Além disso, as turmas serão divididas pela metade e alternarão, a cada semana, aulas presenciais e remotas. Entretanto, o Sinpro não considera as medidas suficientes. De acordo com Samuel, alunos e professores não podem ser obrigados a frequentarem aulas presenciais. “Na próxima semana, vamos tentar uma reunião com a Secretaria de Educação para tratar do assunto”, comentou.

O Correio Braziliense entrou em contato com a Secretaria de Educação e solicitou entrevista para comentar as queixas feitas pelo Sinpro, entretanto, a pasta não atendeu ao pedido da reportagem até o fechamento desta edição.
Com avanço dos casos do novo coronavírus, o sistema de saúde corre risco de entrar em colapso. Levantamento mais recente da Secretaria de Saúde mostra que o DF tem 751 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) exclusivos para pessoas com a covid-19. Desses, 529 estão ocupados por pacientes, ou seja, tem 70% da capacidade comprometida. De acordo com a pasta, a taxa de ocupação na rede pública está em 62% e na privada, em 92,1%.

UTIs

Projeção feita por Breno Adaid, professor do Centro Universitário Iesb, doutor em administração e especialista em análises de dados e quantitativos estatísticos, estima que o sistema de saúde deve ficar sem vagas em breve. O estudioso fez uma análise de previsão a partir dos dados disponibilizados pela Secretaria de Saúde. O resultado mostra três possíveis cenários para a capacidade hospitalar da capital. Caso não ocorra a expansão dos leitos de UTI na rede, a expectativa é de que as vagas acabem em 10 dias, no cenário provável; em oito dias, na pior das hipóteses; e em 13 dias, na melhor avaliação. “O que me surpreende é que os dados do DF em relação a esses leitos estão padronizados. Mesmo com o aumento de casos, a proporção de pessoas entrando na UTI manteve-se. O cálculo seguiu essa lógica, que não me parece razoável”, avaliou Breno

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que amplia a capacidade das UTIs gradativamente. A pasta ressaltou que a capital federal conta com o hospital de campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, que tem 177 leitos de enfermaria e 20 de suporte avançado. “O DF também contará com os hospitais de campanha de Ceilândia e do Complexo Penitenciário da Papuda, além da instalação de um hospital acoplado ao Hospital Regional de Ceilândia e do Hospital da Polícia Militar”, acrescentou.

Colaborou Jaqueline Fonseca

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