Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão terça, 17 de novembro de 2020

RACHEL DE QUEIROZ: HÁ 110 AOS, NASCIA A PRIMEIRA MULHER IMORTAL DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

 

Há 110 anos nascia Rachel de Queiroz, a primeira mulher imortal da Academia Brasileira de Letras

Autora de 'O Quinze' e de 'Memorial de Maria Moura' e cronista do 'Estadão', Rachel de Queiroz nasceu no dia 17 de novembro de 1910; conheça quatro livros

Maria Fernanda Rodrigues, O Estado de S. Paulo

17 de novembro de 2020 | 08h00

Há 110 anos, no dia 17 de novembro de 1910, Rachel de Queiroz nascia em Fortaleza. Primeira mulher a ser eleita imortal da Academia Brasileira de Letras, em 1977. Primeira mulher a ganhar o Prêmio Camões, em 1993. Rachel de Queiroz (1910-2003) entrou para a história da literatura brasileira e criou obras que marcariam gerações de leitores e autores, como O QuinzeAs Três Marias e Memorial de Maria Moura.

 

Rachel de Queiroz
A escritora Rachel de Queiroz Foto: Otavio Magalhães/Estadão

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Entre as idas e vindas da infância (Rio, Belém, Fortaleza novamente) e entre os dias em contato com a natureza e com a biblioteca da família, Rachel de Queiroz começou sua formação. Aos 15, já era professora. Aos 17, em 1927, publicava crônicas e poesias no jornal O CearáRachel de Queiroz estreou na literatura com O Quinze em 1930, inaugurando o romance regionalista nordestino e abrindo o caminho para Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos. O livro é situado na seca de 1915, cujos efeitos levaram sua família a buscar refúgio no Rio em 1917.

 O Quinze projetou o nome de Rachel de Queiroz nacionalmente e foi elogiado pelo meio literário. Ela ganhou o Prêmio Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras, e ela foi saudada por Alceu Amoroso Lima como a grande voz feminina do romance no Modernismo. Como destacou Nelly Novaes Coelho, “Rachel consagrou-se entre as romancistas pioneiras que, no Brasil, focalizaram criticamente o cerceamento à liberdade de pensar, agir e amar, duramente imposto à mulher pela sociedade tradicional”.

 

Edição original de
Capa da primeira edição de 'O Quinze', de Rachel de Queiroz Foto: Wilton Junior/Estadão

Depois de publicar O QuinzeRachel de Queiroz volta ao Rio e passa a publicar suas crônicas em veículos como O JornalDiário de NotíciasFolha CariocaÚltima Hora e Jornal do Comércio. Nos anos 1940 e 1950, assina a crônica da última página da lendária revista O Cruzeiro. Em 1988, assume uma coluna semanal no Estadão.

Sua carreira literária segue com a publicação de romances, coletâneas de crônicas, folhetins, peças e livros infantis, como João Miguel (1932), Caminho de Pedras (1937), As Três Marias (1939), A Donzela e a Moura Torta (1948), O Galo de Ouro (1950), Lampião (1953), A Beata Maria do Egito (1958), Cem Crônicas Escolhidas (1958), O Brasileiro Perplexo (1964), O Menino Mágico (1969), Dôra, Doralina (1975), Memorial de Maria Moura (1992) e As Terras Ásperas (1993), entre outros títulos.

Sobre As Três Marias, Mário de Andrade disse que o romance era “uma das obras mais belas e ao mesmo tempo mais intensamente vividas da nossa literatura contemporânea”.

Memorial de Maria Moura, de 1992, virou minissérie da TV Globo em 1994. Em 2021, chega às livrarias uma reedição, com a fortuna crítica. 

Dôra, Doralina ganha nova edição no fim do mês pela José Olympio, que vem reeditando a obra de Rachel de Queiroz em novo projeto gráfico.

Rachel de Queiroz morreu em 4 de novembro de 2003, pouco antes de completar 92 anos.

 

Rachel de Querioz
Rachel de Queiroz em 1987 Foto: Carlos Chivarino/Estadão

4 livros essenciais de Rachel de Queiroz

O Quinze

(192 págs.; R$ 69,90 em capa dura)

O grande clássico de Rachel de Queiroz, lançado por ela aos 20 anos e que marca sua estreia literária, em 1930. Ao narrar as histórias de Conceição, Vicente e a saga do vaqueiro Chico Bento e sua família, a autora expõe o drama causado pela histórica seca de 1915, que assolou o Nordeste brasileiro.

As Três Marias

(256 págs.; R$ 49,90; R$ 37,90 o e-book)

De 1939, obra conta a história das três amigas Maria Augusta (Guta), Maria da Glória e Maria José, desde sua infância em um colégio de freiras até a vida adulta. Neste romance de formação, a autora retrata o processo de ajustamento ao mundo pelos olhos das meninas e convida o leitor a acompanhá-las desde os medos e as incertezas da juventude até o amadurecimento e aos dilemas da vida adulta.

Dôra, Doralina

(432 págs.; R$ 59,90)

O romance de 1975 narra a história de Maria das Dores, viúva recente de um casamento de conveniência, que sai da sombra da mãe e de uma vida de submissão para viver em Fortaleza, onde ela se torna atriz e passa a viajar pelo Brasil como integrante da trupe de uma Cia de teatro mambembe.

Memorial de Maria Moura

(496 págs.; R$ 79,90 a brochura; R$ 34,90 em versão pocket e R$ 59,90 o e-book)

Rachel de Queiroz publicou este romance em 1992, aos 82 anos, e ele foi adaptado pela Globo dois anos depois, com Glória Pires no papel de Maria Moura que luta para salvar sua terra apesar de todas as dificuldades.U


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