Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Igreja Católica Apostólica Romana quinta, 06 de abril de 2023

QUINTA-FEIRA SANTA: SOLENIDADE DO LAVA-PÉS

SOLENIDADE EO LAVA-PÉS

Raimundo Floriano

Fonte: Google

 

 

Evangelho de quinta-feira: Jesus lava os pés

Quinta-feira Santa. “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros”. Do gesto do lava-pés aprendemos a deixar-nos salvar por Jesus, a acompanhar os outros no seu caminho e a adorar a Eucaristia.

 

Evangelho (Jo 13,1-15)

Antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus.

Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.

Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu, me lavas os pés?”

Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.

Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!”

Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”.

Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.

Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.

Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.

Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.


Comentário

Na solenidade de hoje, recordamos a instituição do sacerdócio e da Eucaristia, dois sacramentos profundamente relacionados entre si.

A Igreja, seguindo uma tradição de muitos séculos, recomenda o rito do lava-pés durante a Missa da Ceia do Senhor, em continuidade com o evangelho que se proclama nesta celebração.

O gesto de Jesus na última ceia inspira-se num detalhe de hospitalidade comum a muitas culturas orientais, pelo uso das sandálias nas empoeiradas estradas destas terras. No Antigo Testamento, Abraão insiste em lavar os pés aos três viajantes que passam por sua casa (Gen. 18,4) e entre os primeiros cristãos, valorizava-se quem tinha feito boas obras, “foi hospitaleira, lavou os pés dos santos” (1 Tm 5,10).

No entanto, neste momento especial de despedida dos seus apóstolos, as palavras do Mestre dão ao gesto um significado mais profundo. Lavar os pés é manifestação de humildade e de serviço, em certo sentido antecipa a humilhação final da cruz salvadora, que se realizará poucas horas depois.

A primeira coisa que Jesus pede a seus discípulos é que O deixem lavar os seus pés. Da mesma forma, pede a todos os cristãos que nos deixemos servir, que nos deixemos salvar pelo Filho de Deus sem nenhum mérito nosso. A premissa de qualquer empenho de vida cristã é receber a salvação, o perdão de Deus: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”.

O passo seguinte é “lavar os pés uns dos outros”, que é uma variante do mandamento do amor, “que vos ameis uns aos outros”. Nesse convite do Senhor podemos ver a importância de cuidar e acompanhar o caminho dos outros. Os pés, de fato, são meio para caminhar, são imagem do nosso seguimento de Jesus. Lavar os pés dos nossos irmãos significa, portanto, sentirmo-nos responsáveis pela sua fidelidade, servir com alegria a cada um, pondo o “coração no chão para que os outros o pisem macio” (São Josemaria, Via Sacra - 9ª estação, 1).

Há uma última possibilidade, não explicitada nesta passagem, mas que podemos tirar de outra página do evangelho: lavarmos nós os pés de Jesus. Trata-se do episódio da mulher que lava os pés do Senhor com as suas lágrimas, enxuga-os com os seus cabelos, beija-os e unge-os com perfume (Lc 7,44-47). Jesus tem palavras de louvor pela manifestação do grande amor desta pecadora: “os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor”. Pode considerar-se este gesto como a inauguração do culto eucarístico, que esta noite, de maneira especial, se prestará em todas as igrejas do mundo.

 


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