Seu nome de batismo é Emanuel de Holanda Grilo, 36 anos, nascido no Pará, criado na Paraíba, onde comeu muitas cabritas na adolescência, é radicado atualmente em Natal.
O nome de ablução não diz nada para a maioria dos leitores que o admiram e o leem no Jornal da Besta Fubana (JBF). Foi com o pseudônimo Joselito Muller que Emanuel Grilo tornou-se uma figura conhecida e cultuada da internet. No site batizado pelo personagem fictício, Joselito Muller, atanaza políticos de esquerda, do centro, da direita, da dita mole, da dita dura, dos direitos humanos, dos direitos sociais, fatais, letais, escrotais, publicando notícias satíricas – tomadas por muito leitores como verdadeiras.
Nesse quiproquó, queixam-se os satirizados políticos: os comentários postados causam danos na prática às suas imagens, reputação, honestidade, boa fé, motivo pelo qual alguns desses ‘homens e fêmeas públicas’ vão à Justiça contra Joselito Muller/Emanuel Grilo.
Em 2015, Joselito Muller publicou uma nota satirizando a deputada fuderal Manuela Dávila (PC do B-RS) com o seguinte teor: Manuela Dávila diz que foi para NY sem querer: “Me perdi quando ia para Havana!” Por causa dessa sátira ela entrou com uma ação de danos morais contra o jornalista/ficcional e perdeu. Na sentença proferida em 21 de março de 2016, o juiz Oyama Assis Brasil de Moraes disse ter interpretado o texto como ‘comentário humorístico incapaz de causar abalo à honra e à boa reputação da demandante’ e que, ‘tendo a autora optado pela carreira pública e se beneficiando da notoriedade que tal carreira lhe alcançou, deve arcar com os ônus da notoriedade, sem que isso lhe traga direito à indenização’. Na mesma sentença o juiz ainda condenou a autora a pagar R$.3.000,00 a título de custas processuais e honorários advocatícios. Por último, foi o deputado fuderal Chico Alencar (PSOL-RJ), que se irritou com uma publicação de Joselito Muller afirmando que o parlamentar havia publicado nas redes sociais uma frase defendendo a distribuição de renda nas ruas aos sem teto e ter publicado o telefone do gabinete dele, da Câmara Fuderal. Notificado extrajudicialmente pelo gabinete da câmara para retirar a notícia do site, o humorista, além de não tirar, invocando a liberdade de expressão assegurada na Constituição, ainda provocou com uma frase ácida do genial Millôr Fernandes:
FIQUEM TRANQUILOS OS PODEROSOS QUE TÊM MEDO DE NÓS: NENHUM HUMORISTA ATIRA PARA MATAR.
Personagens da política brasileira que já se sentiram incomodados com as sátiras ácidas e inteligentes de Joselito Muller e o processaram. Todos perderam: Ana Rita (então senadora pelo PT-ES). Título da publicação: ‘senado aprova pagamento de bolsa mensal de R$.2.000,00 para garoto de programa’(10/05/2013); Maria do Rosário (deputada fuderal – PT-RS). Título da publicação: ‘reagir a assalto pode virar crime hediondo’ (03.03.2015) e projeto de lei de autoria da deputada quer incluir crime de ‘travestício’ no Código Penal. A sentença já saiu e a deputada fuderal foi condenada a pagar R$.5.000,00 ao humorista por custas processuais e honorários advocatícios por ocupar a justiça por “chiliques priquitoniais”.
Joselito Muller existe desde 2011, de início como um blog peba, segundo o próprio reconhece, mas depois ele o batizou como JOSELITO MULLER, um tributo ao tosco e descerebrado Joselito Sem Noção, personagem do humorista de TV “Hermes e Renato, e o MULLER surgiu quase do acaso, segundo ele, quando ouvia as músicas do cantor ‘bregalhão’ Roberto Muller, dos cafundós de Piracuruca, São Luís do Maranhão, Estado da Federação, cuja Certidão de Inteiro Teor e Ônus Reais, tirada no Cartório de Registro Geral de Imóveis do Centro, consta que toda terra daquele Estado está registrada no nome dos Sarneys. Capitania Hereditária Sarney e Cia, grafada na matrícula n.º 696969.
Joselito Muller é advogado criminalista, com ampla atuação nos tribunais do Júri Popular. Formado pela FAL (Faculdade de Natal, hoje Estácio). Já foi jornaleiro, ajudante de pedreiro e vendedor de livros de sebo. (Seus livros prediletos são os romances de José Sarney). Já foi militante do PCR (Partido Comunista Revolucionário), pretexto para comer as feministas militantes, mas considera-se hoje um conservador desiludido com a política, onde só se depara com ratos guabirus doutorados em esquemas escusos políticos-públicos botando no furico do povo, e diz não ter nenhuma identificação com nenhum partido.