Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 11 de janeiro de 2020

QUALIFICAR PARA SE DESTACAR

 

Qualificar para se destacar
 
Diante de um cenário de 313 mil desempregados, brasilienses recorrem a cursos presenciais, aulas e novas experiências em busca de uma colocação

 

Thais Umbelino

Publicação: 11/01/2020 04:00

Eliana Feitosa é doutoranda na UnB:  

Eliana Feitosa é doutoranda na UnB: "Hoje, um doutor não tem tanta facilidade no mercado de trabalho"

 



“O conhecimento para mim é como endorfina, o que dá objetivo e enriquecimento para minha vida. Minha meta sempre foi me tornar uma profissional melhor.” A frase é da doutoranda Eliana Feitosa, 44 anos, que iniciou os estudos em 2018 na Universidade de Brasília (UnB) com o objetivo de se aperfeiçoar no mercado de trabalho. “Quanto mais você estuda, mais sente necessidade em se destacar”, afirma.

O primeiro investimento na carreira de Eliana foi feito 2002. “Comecei dando aula para educação infantil pelo magistério e, depois que o governo passou a cobrar nível superior, decidi cursar geografia. Percebi que, se não me capacitasse no mercado, ficaria para trás”, conta. A moradora de Taguatinga se formou em 2005, e passou em um concurso na Prefeitura de Formosa (GO). Após a conquista, a profissional continuou dedicada aos estudos. Completou uma pós-graduação, atuou na Secretaria de Educação do DF como temporária e trabalhou como concursada na Embrapa, onde ficou até 2018. No período, entrou para o mestrado na UnB, em 2016.

Atualmente, Eliana trabalha como professora da rede pública e do curso de sociologia para ensino da UnB, além de ser instrutora do curso de formação de oficiais da PMDF. “Os dias atuais estão diferentes. Quando eu era mais nova, a formação no ensino médio era suficiente. Hoje, um doutor não tem tanta facilidade no mercado de trabalho. Por isso, busco ser uma profissional cada vez melhor.”

Segundo o professor Bruno Vinícius Ramos Fernandes, do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UnB, o aumento do nível de educação é proporcional a uma melhor colocação no mercado de trabalho. “Qualquer curso que o cidadão acrescente ao currículo vai trazer uma vantagem competitiva a ele”, explica. Com um cenário de 313 mil pessoas desempregadas no Distrito Federal, segundo último dado da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), o especialista aconselha a realização de cursos técnicos e especializados. “Aqueles que querem garantir um emprego mais estável devem evitar formações muito amplas”, diz. “Hoje, além de faculdades públicas e privadas que oferecem cursos, existem diversas plataformas on-line com cursos ministrados até por professores de universidades do exterior”, acrescenta.

Para Bruno, investir em profissões voltadas à economia tecnológica, como tecnologia da informação, é uma boa estratégia. “Este mercado está ascendendo cada vez mais em Brasília”, observa. “Conhecimentos em finanças e gestão também são diferenciais. Hoje, as empresas querem um profissional mais completo, que possa ter maior mobilidade e ajudar em outras áreas que não somente a que foi contratado.”


Cursos ajudaram Iris Lima a realizar o sonho de ter um estúdio de pilates (Ana Rayssa/CB/D.A Press)  

Cursos ajudaram Iris Lima a realizar o sonho de ter um estúdio de pilates

 




Sonho
Há 10 anos no mercado de trabalho, a fisioterapeuta Iris Lima, 38, perdeu as contas de quanto investiu na carreira, “seja com cursos on-lines ou presenciais”. Desde a época da faculdade, iniciada em 2010, a profissional utiliza plataformas para se qualificar. “Fiz cursos na área de gestão financeira, de atendimento e atenção ao paciente, de investimento, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal”, enumera. “No início, como não tinha tanta experiência, passei a investir em mim. Minha meta sempre foi abrir um estúdio de pilates. Por isso, assim que me formei, comecei uma especialização na área”, conta.

A fim de se preparar para o objetivo, a profissional passou a se qualificar na área de reabilitação de quadril e coluna, além de fazer aulas em administração financeira. “Antes de abrir minha empresa, queria saber como conciliar meu salário com os gastos no empreendimento”, justifica. “Para aprender a vender meu produto, também mergulhei em conhecimentos sobre vendas e telemarketing.”

O sonho foi realizado em fevereiro de 2019. “Com o tempo, vi que, quanto mais eu investia em mim, maior era o retorno”, pontua. No ano passado, Iris chegou a fazer cursos fora de Brasília. “Em abril, fui para São Paulo aprender sobre quiropraxia instrumental, que é uma técnica de ajuste articular feita com um instrumento chamado impulse. Consegui pagá-lo vendendo pipocas gourmet”, revela. “Quando há foco, sempre é possível alcançar nossos objetivos”, reflete.

Motivação
Renan Ferreira decidiu não se acomodar, mesmo depois de um ano desempregado. A motivação para obter novos conhecimentos trouxe oportunidades para o técnico de edificações. Ao observar o mercado de trabalho, ele percebeu uma carência de profissionais qualificados na função de bombeiro hidráulico: “Trabalhava informalmente na área e percebi que, com especialização, há maior chance de crescimento”. Um familiar o alertou para uma vaga no Senai. “Comecei o curso em agosto de 2018 e me formo em agosto deste ano”, diz. O investimento valeu a pena, pois Renan passou a ter maior segurança e técnica nos procedimentos que a profissão exige. “Aprendizado nunca é demais. Futuramente, pretendo conhecer mais as áreas de marcenaria e de energia fotovoltaica”, planeja.




Três perguntas para

Stèphanie Brasil, Life & Executive Coach pela Sociedade Latino-Americana de Coaching (SLAC)

Como se manter motivado no ambiente de trabalho e na busca por emprego?
Acho importante sempre manter em mente qual o motivo e a razão para a pessoa atuar na área em que trabalha ou saber o que busca. E, como consequência, que as ações e crenças estejam alinhadas com o essa busca.

Qual a chave para a realização profissional?
A chave para a realização pessoal e profissional é o autoconhecimento, que é adquirido por meio de uma observação profunda de si. A partir daí, é possível ter um direcionamento para a mudança. A transformação é um processo que vem de mais consciência de como penso, de quem eu sou e do que sinto como humano. O problema é quando a pessoa coloca o foco apenas no profissional. Você pode ser bem-sucedido, mas, se não trabalhar o lado emocional, nunca vai desfrutar das coisas que gosta.

Como as pessoas podem melhorar como profissionais?
O primeiro passo é identificar o que se quer melhorar: quero me atualizar em um determinado assunto? Especializar-me em algo? O segundo é buscar apoio e referências, por exemplo, em livros e cursos. O terceiro passo é o plano de ação, ou seja, tomar atitude de fato.
 
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