Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 22 de maio de 2023

PUBLICIDADE INFANTIL: SAIBA COMO PROTEGER AS CRIANÇAS

 

Saiba como proteger as crianças da publicidade infantil

Com a ascensão das plataformas de vídeos e desenhos, a divulgação de produtos direcionados aos pequeninos ganhou novos formatos. Especialistas orientam os pais e responsáveis sobre como agir no universo digital

AL
Ana Luiza Moraes*
postado em 22/05/2023 06:00
 
 (crédito: Caio Gomez)
(crédito: Caio Gomez)

Em um mundo cada vez mais conectado, a publicidade infantil pode ser quase imperceptível. Pesquisas divulgadas pelo Tic Kids Online Brasil no ano de 2021 mostram que 67% das crianças e dos adolescentes que estão na internet são expostos à publicidade por meio de vídeos. As crianças, como são seres mais suscetíveis aos estímulos persuasivos, não possuem desenvolvimento mental necessário para tomar decisões por si mesmas. Por isso, a legislação nacional proíbe as marcas de direcionarem propagandas ao público infantil, a fim de evitar que se aproveitem de sua hipervulnerabilidade. Ainda assim, as crianças podem ser sujeitas a eventuais formas de exploração comercial, o que pode colocar a segurança da família inteira em risco.

 Marcela Carneiro, 27, é mãe de duas crianças: Mariana, de 2 anos, e Catarina, de 5 meses de idade, que ainda não consome conteúdo digital. "A Mariana assiste desenho normalmente, mas eu particularmente não gosto de colocar pelo YouTube, por ter muita propaganda e porque o acesso para trocar de desenho é mais fácil", conta a arquiteta. "Não acho seguro, acho que expõe muito a criança a consumir o que não deve", diz. Marcela relata que prefere colocar vídeos ou desenhos em plataformas que não tenham publicidade de qualquer tipo, onde ela tem mais controle do conteúdo consumido pelos filhos. 

Juliana Barbosa, psicóloga infantil e coordenadora da clínica Espaço Dialógico, diz que a publicidade afeta o desenvolvimento das crianças em diversos aspectos. A psicóloga menciona que os pequeninos passam a atrelar felicidade ao comportamento de comprar e possuir algo. A autoestima deles também pode ser afetada quando eles se comparam com os influenciadores. "Muitas vezes, os influencers incentivam comportamentos de consumo, vício em jogos e coreografias inapropriadas para a idade; na formação de hábitos alimentares nada saudáveis, já que a publicidade infantil colabora, em sua maioria, com o consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados, entre outros aspectos", exemplifica a psicóloga.

 Para reduzir os danos causados às crianças no mundo digital, a psicóloga infantil esclarece que é preciso saber dosar a intensidade e a quantidade da relação com a Internet. Além disso, alerta os pais a tomar cuidado com o exemplo que passam aos filhos. "As crianças acabam repetindo o que elas vivenciam com aqueles que são os seus maiores influenciadores, os pais ou responsáveis", pontua. "Além disso, aplicativos de controle de pais, supervisão do que é visto e a oferta de outras alternativas de diversão são estratégias importantes e necessárias", completa a especialista.

Nayana Buta, 40, relata que não tem segurança em deixar os filhos assistirem vídeos e desenhos sozinhos nas plataformas digitais. Mãe de dois filhos, Caetano, de 7 anos, e Tomás, de 5, diz que hoje em dia prefere pagar mais caro para evitar as propagandas. "Os meninos chegavam a cantar músicas de propagandas dos produtos. Não fazia nem sentido estar ali para eles", conta. "Aqui em casa, eles já sabem que não podem assistir sozinhos. Eu vejo problema, não só pela questão do consumismo, mas pela influência dos valores que a gente não escolhe. Acho que a gente tem que preservar nossas crianças", conclui Nayana.

 Para a advogada Luiza Montenegro, a publicidade infantil é um dos temas mais polêmicos que envolvem marketing e publicidade no Brasil. Ela diz que a legislação determina inúmeras exigências legais para a realização de estratégias publicitárias voltadas às crianças, mas é importante diferenciar a publicidade infantil e a publicidade de produtos infantis. Luiza explica que a publicidade de produtos para crianças é permitida, uma vez que é condicionada ao público adulto, que possui capacidade para a tomada de decisão de compra. Já a publicidade infantil se aproveita da falta de discernimento da criança para vender produtos, o que é proibido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Segundo a especialista, "é unânime a ilegalidade da utilização de meios abusivos para tal".

No Brasil, a fiscalização da publicidade infantil é de responsabilidade da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Caso a família note qualquer tipo de irregularidade, é possível registrar no site consumidor.gov, procurar o Procon do seu estado ou solicitar auxílio do Ministério Público. 

Como identificar publicidade infantil?

  • Linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores;
  • trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de crianças;
  • representação de criança;
  • pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;
  • personagens ou apresentadores infantis;
  • desenho animado ou de animação;
  • bonecos ou similares;
  • promoção com distribuição de prêmios, brindes colecionáveis ou apelos ao público infantil;
  • promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.

Fonte: Criança e Consumo (criancaeconsumo.org.br/chega-depublicidade-infantil/como-identificar-publicidade-infantil/


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