Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Dad Squarisi - Dicas de Português terça, 24 de abril de 2018

PRONOME ÁTONO – TUDO SOBRE A COLOCAÇÃO

 

Pronome átono — tudo sobre a colocação

 

Na língua, existem criaturas errantes. São os pronomes átonos. Me, te, se, lhe, o, a adoram bater perna. Ora aparecem antes do verbo. Ora, depois. Há também os que se metem no meio. Mas, apesar da flexibilidade, muitos abusam. Cometem pecados.

  1. Iniciar a frase com o fracote

O pronome se chama átono porque é fraco. Tão fraco que precisa de apoio. Onde se encostar? Em outra palavra. Por isso, na norma culta, é proibido iniciar a frase com pronome átono. O pecador deixa a vítima desamparada. Ela tomba. Na queda, atropela a reputação do ímpio.

2. Ignorar a abrangência de iniciar

Olho vivo! Iniciar a frase tem duas acepções. Uma é iniciar mesmo, ser a primeira palavra do período. Assim: Me dá um cigarro? Te telefono amanhã. Lhe deu a resposta ontem.

A outra usa máscaras. Deixa, como na acepção anterior, o pronome desprotegido. Mas não inicia a frase. Em geral vem depois de vírgula. Compare: Aqui se fala português. ( O aqui ampara o pronome.) Aqui, fala-se português. (Ops! A vírgula impede o apoio.)

Nem sempre a vírgula expulsa o pequenino para depois do verbo. Há casos em que ela separa termos intercalados. O apoio se distancia, mas permanece. Preste atenção na malandragem: Brasília se localiza no Planalto Central. Brasília, a capital do Brasil, se localiza no Planalto Central. (Mesmo de longe, Brasília ampara o pronome.)

3. Desrespeitar a atração

Há palavras que funcionam como ímãs. Puxam o pronome para junto de si. Lembra-se delas? Eis algumas: a gangue do qu (que, quem, quando, quanto, qual), a turma negativa (não, nunca, jamais, ninguém, nada), as senhoras conjunções subordinativas (como, porque, embora, se, conquanto): Quero que se retirem logo.Não me disse nada. Se me convidarem, irei.

4. Bobear com o futuro

Sabia? A terminação do futuro tem alergia ao pronome. Ambos, futuro do presente (irei) e futuro do pretérito (iria) ficam cheinhos de brotoejas diante do átono. A saída? Há duas.

Uma: levar o pronome para antes do verbo. No caso, o pequenino tem de ter amparo: Maria me telefonará amanhã. Se pudesse, Temer, o presidente do Brasil, se manteria no Planalto.

A outra: ficar no meio do caminho. Sem amparo e impedido de se colocar na rabeira do verbo, fica no meio do caminho. Como? Posiciona-se entre o infinitivo e a terminação do verbo. Veja: Telefonar-lhe-ei amanhã. Falar-se-iam mais tarde.

5. Esquecer a maquiagem

Ops! Olho nos pronomes o e a. Antecedidos de rsz, viram lolaVou pôr o livro na estante. (Vou pô-lo na estante.) Ajudamos os amigos. (Ajudamo-los.) Fez a filha feliz. (Fê-la feliz.)

Mais: com som nasal (m ou til), a dupla se disfarça de nonaPõe o prato sobre a mesa. (Põe-no sobre a mesa.) Quiseram a filha formada. (Quiseram-na formada.)

6. Superdica

Os gramáticos concordam que a colocação dos pronomes no Brasil tomou os próprios rumos. Reduz-se a duas normas. Uma: não inicie frase com o pronome átono. A outra: ponha o pronome sempre na frente: Dize-me com quem andas que te direi quem és. Ele se tinha retirado antes da sobremesa. Lia o chantageou? Não, deu-lhe conselhos. Para se retirar, pediu licença.


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