PROFESSOR JOCA RÊGO, O TELÚRICO
Raimundo Floriano
Professor Joca Rêgo - Acervo Sakura
Mestre e disciplinador!
João Joca Rêgo Costa Junior, o Professor Joca, filho de João Joca Costa e Ana Joaquina Rêgo, a Santaninha, nasceu em Conceição do Araguaia (PA), no dia 11.1.1908, e faleceu em Balsas (MA), no dia 27.9.1992. Eram seus avós: paternos, Abílio Ayres Costa e Luzia Ayres Costa; e maternos, Torquato Augusto Pereira Rêgo e Archângela Angélica Silva Rêgo.
Não conheceu o pai, que era fazendeiro na região e, em setembro de 1907, foi traiçoeiramente assassinado em decorrência de disputa de terras com seringueiros e comerciantes, deixando a esposa grávida de cinco meses. Sua mãe, que já tinha três filhos, contraiu novas núpcias duas vezes, dando à luz mais três, e veio a falecer em São Luís (MA), no ano de 1941.
Joca Rêgo iniciou os estudos em sua terra natal. Ao concluir o Curso Primário, em 1922, foi estudar no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ), onde se destacou pela inteligência e aplicação, recebendo uma medalha de ouro de Honra ao Mérito, da qual muito se orgulhava. Ao final do curso, foi graduado como Bacharel em Letras, transferindo-se para a cidade de Carolina (MA), na qual sua mãe fixara residência e onde passou ele a exercer o Magistério.
Sua fama como educador logo ultrapassou as fronteiras carolinenses, atingindo os municípios em derredor, e impressionou fortemente a numerosa colônia de sírio-libaneses – os carcamanos – que se formara em Balsas e ali prosperara no ramo comercial. Preocupados com a educação de seus filhos, os carcamanos, em 1928, mandaram buscar o Professor Joca em Carolina, para que ministrasse a seus descendentes os rudimentos necessários a capacitá-los a ler, escrever e fazer conta.
Assim, com apenas 20 anos de idade, o Professor Joca assumiu a direção do Colégio Sírio Brasileiro, fundado a 5 de agosto de 1928 e localizado à Praça Gonçalves Dias, passando a lecionar não só para os filhos dos carcamanos, e sim para todos os que buscassem seus ensinamentos. Em pouco tempo, o Sírio Brasileiro era procurado pelos habitantes de localidades adjacentes, e também por alunos vindos do Pará, do Piauí, de Goiás e até da Bahia, de São Paulo e do Rio de Janeiro. A partir de 1933, o Sírio Brasileiro passou a denominar-se Educandário Coelho Neto, com internato, semi-internato, externato e currículo escolar que ia da Carta de ABC à conclusão do Curso Primário.
Prédio do antigo Educandário - Acervo Sakura
Tudo o que até aqui foi dito encontra-se escrito em várias fontes de consulta que subsidiaram esta matéria com suas preciosas informações. Nos agradecimentos, ao final deste livro, darei o merecido crédito a todas elas.
O que me impressiona sobremaneira é o fato de o Professor Joca ser detentor de um histórico respeitável, ter estudado no Rio de Janeiro e exercido o Magistério em Carolina e em Balsas, sem possuir documento civil algum, pois apenas foi registrado em Cartório no ano de 1934, aos 26 anos de idade, como se vê nesta Certidão:
Tenho em mãos a Certidão verbum ad verbum do registro feito por meu pai, Emigdio Rosa e Silva, Seu Rosa Ribeiro, Tabelião do 2º Ofício na época, ocorrido no dia 17.8.1934. Na averbação, consta que o ato obedeceu ao Decreto nº 19.710, de 18.1.1931, e modificações, que obrigava ao registro, sem multa, dos nascimentos havidos no Território Nacional, desde 1º de janeiro de 1889 até 27 de junho de 1934.
Deixo ao talante dos leitores as conclusões que lhes convierem.
Não estudei no Educandário Coelho Neto, mas sempre admirei o Professor Joca. Passei a frequentar o Educandário nas férias de final de ano, quando ele oferecia uma panelada para todos os estudantes – assim denominados por lá os que estudavam em outras cidades –, quer tivessem sido alunos seus ou não. Numa dessas, ele me falou sobre jornada que empreendera com todos os seus pupilos para o Riachão, distante 12 léguas – 72 km –, da qual falarei mais adiante.
O que escreverei a seguir é fruto de minha observação pessoal, de depoimentos de ex-alunos do Educandário, como José Aluizio da Silva Soares, Edwaldo Reis da Silva, e Sileimann Kalil Botelho, e de familiares meus que viveram no tempo do professor.
Rapaz elegante, com 1,80m de altura – um gigante para os padrões sul-maranhenses –, forte, atlético, belo, altivo e financeiramente resolvido, Joca Rêgo, ao chegar em Balsas, derreteu os corações das mocinhas casadoiras, especialmente o de minha prima Zenóbia, assunto este que voltarei a referir ao final.
O começo de sua missão educacional em Balsas não foi só de flores. Havia certos alunos recalcitrantes, para os quais ele teve que empregar a força pessoal, aos tapas e bofetões, chegando a estender esses entreveros aos pais de alguns. Mas logo se adaptou aos costumes da terra, onde a formação de caracteres era coadjuvada por um item mágico, que fazia parte dos utensílios de qualquer residência balsense, rica, remediada ou pobre, naquele início de Século XX: a palmatória, ou férula, como diziam os antigos.
Palmatórias do Educandário - Acervo Sakura
Conforme depoimento do amigo Aluizio Soares, o pau cantava, sem distinção, não só na Diretoria, aonde eram encaminhados os alunos transgressores ou relapsos, para o devido corretivo, a cargo do Professor Joca, como nas salas de aula, dirigidas por seus Auxiliares. Notadamente durante as Sabatinas, aquele que errasse uma resposta levava na mão um bolo – a temida palmatoada – do primeiro que a respondesse corretamente.
O Educandário funcionava em dois turnos, tanto para os alunos internos e semi-internos, como para os externos, com intervalo de uma hora para almoço. Assim, o corpo discente passava o dia envolvido com aulas, livros, cadernos, exercícios, trabalhos diversos e esporte, o que transformava cada qual em potencial candidato ao sucesso, preparado a enfrentar o Exame de Admissão em qualquer Ginásio do Brasil. Os internos eram alojados em dormitórios providos de redes e iluminados à noite por lamparinas. Não havendo geladeira, potes serviam de bebedouros, tudo na mais perfeita higiene. A água era retirada por meio de um copo com cabo comprido, chamado coco, e depositada no copo individual, para que ninguém ali o enfiasse diretamente.
Potes, cocos e copos do Educandário - Acervo Sakura
A eficiência da palmatória do Educandário logo se fez conhecida por toda a parte, e foram muitos os pais que, de diversas regiões brasileiras, enviaram para o Professor Joca seus rebentos considerados irrecuperáveis, para que ele os pusesse nos eixos. Mas nem todos os pais aceitaram essa didática. Como foi o caso do genitor do aluno Zé do Sarney.
O Quadro de Honra do Educandário conta com o nome de médicos, engenheiros, bacharéis em todas as ciências, altas patentes das Forças Armadas, parlamentares, governador e, até, um Presidente da República, este por pouco tempo.
No ano de 1939, chegou a Balsas, transferido da Capital, o Promotor Sarney de Araújo Costa com sua mulher e filhos, dentre os quais José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, conhecido como Zé do Sarney, com 9 anos de idade, que foi matriculado no Educandário.
A permanência do menino ali durou pouco. Zé do Sarney era um menino estudioso, aplicado, sabido, ladino e esperto, mas, numa aula de Geografia, ministrada pelo Professor Joca, errou os nomes dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas, ao omitir o Tapajós e o Xingu, razão pela qual foi agraciado com duas palmatoadas, aplicadas com a palmatória grossa – vista em foto acima –, privativa do Diretor, e voltou para casa chorando, com as mãos inchadas.
O Promotor, revoltado, armou-se com seu revólver, na intenção de ir ao colégio tomar satisfações com Joca Rêgo, no que foi contido pela mulher e por Dona Iaiá Gomes, proprietária do Hotel 4 de Setembro, onde a Família Sarney se hospedara. Restou ao pai, como ato de desagravo, tirar o menino do Educandário e matriculá-lo no Grupo Escolar Professor Luiz Rêgo.
Em 1943, aos 7 anos de idade, quando comecei a prestar atenção nas coisas da vida, o Brasil já rompera relações diplomáticas com a Alemanha, e era iminente o envio de tropas brasileiras pra lutar na Europa, junto aos Aliados. Respirava-se, portanto, clima da Guerra, o que me fez gravar na memória a imagem dos alunos do Educandário fardados, muito parecida com a da capa do caderno Avante, usado por todos nós, crianças daquele sertão.
Capa do caderno Avante
Muito tempo depois, pesquisando com amigos ex-alunos do Educandário, quase todos não se lembraram desse detalhe da farda, à exceção de dois: os ora saudosos Edwaldo Reis e Sileimann Botelho. Edwaldo aventou a possibilidade do uniforme, ao lembrar-se de que o Professor Joca criara o primeiro – e único, digo eu – grupo de escotismo balsense. Sileimann foi mais além, com relato adiante transcrito:
“Fui aluno, sim, do Educandário Coelho Neto. Fiz os três anos Primários lá, de 1935 a 1937. Estava matriculado para a quarta série, quando meu pai morreu, a 26 de fevereiro de 1938, e tive de assumir seus negócios no velho Mercado, eis que minha mãe era semianalfabeta. Queria falar do Integralismo que, naquela época, esteve muito em moda no Brasil, e o nosso Professor Joca instalou uma espécie de célula no próprio Educandário!!! O pessoal vestia aquele uniforme de camisa verde e fazia exercícios que pareciam mais apropriados para a luta de verdade que pregavam. Não vou esquecer nunca a ocasião em que assisti à Maria José, filha do meu suposto Tio Abdon Bucar, nocautear um colega que não lembro quem, com um violento golpe de carateca ou capoeira!!! A coisa era séria de verdade! E os que participavam ganhavam pontos com o Professor!!! E, para situar bem o local onde as coisas foram montadas, esclareço que o foi num prédio que o árabe José Salim construiu ali dos fundos do Major Cury, até a esquina da Praça de Santo Antônio, para receber a esposa e filhos que havia deixado na Síria e estava trazendo para o Brasil. Ficou pouco ali, mudando-se logo para Floriano. Infelizmente, não me acodem mais à memória datas assim precisas. Mas, com certeza, foi ali pelos anos de 1939 e 1940.”
Ficando esclarecido que havia uniforme, prossigamos!
Naquele efervescente ano de 1943, o Professor Joca e seus educandos – cerca de 400 alunos – foram partícipes de um feito memorável, digno de constar nos Anais da História Balsense, que foi esquecido, como sói acontecer com os proeminentes vultos municipais.
Em jornada cívica, deslocaram-se para a cidade do Riachão, distante 12 léguas, percurso que tomou dois dias, tanto na ida, quanto na volta. A maioria viajou a pé, fazendo-se exceção para os que tinham até 10 anos, que seguiram montados em jumentos, muares e cavalos, como foi o caso de dois de meus primos, Pedro Ivo e João Ribeiro, filhos de meu Tio Cazuza. Saíram de Balsas no dia 5 de setembro, pernoitaram na estrada e chegaram no Riachão à tardinha do dia 6. Como destacamento precursor, esperava-os, em postos preestabelecidos, a Comitiva de Cozinha, com alimentos quentes, água, medicamentos e outros itens de primeira necessidade.
No dia 7 de setembro, o Educandário desfilou naquela cidade nas comemorações do Dia da Independência do Brasil. No dia seguinte, participou do Festejo da Padroeira, Nossa Senhora de Nazaré. No dia 9, empreendeu a viagem de volta, chagando a Balsas na boca da noite do dia 10.
O Professor Joca sempre foi um inovador e, também, um contestador. Chegando a Balsas, logo se adaptou aos costumes da terra, um dos quais era tomar banho despido no rio. Isso era tão natural, que havia vários portos destinados a homens e mulheres, separadamente, tendo como divisórias árvores diversas e moitas de mofumbo e capim. A cidade não conhecia ainda o progresso da água encanada, e a população inteirinha se banhava era no rio mesmo.
No começo dos Anos 1940, chegou por lá o famoso Tenente Vitorino Assunção, da PM Estadual, com 10 praças, disposto a fazer cumprir as Posturas Municipais. A primeira providência foi proibir o banho pelado, causando um corre-corre do povo, atrás de calções e maiôs.
Ao iniciar a ronda, no dia seguinte, os soldados até que encontraram o Porto do Lava-Cara bem moralizado, com exceção de um mancebo, que insistiu em tomar seu banho nu. Sem querer criar um atrito, um deles correu à Delegacia e relatou o fato ao Tenente, que perguntou de quem se tratava. Ouvindo o praça falar o nome do Professor Joca, o Tenente Vitorino, sem se perturbar, apenas decretou: – Esse pode!
Mas tomar banho pelado era só um detalhe característico do Professor. Se andava montado, era em pelo, pois não admitia o uso de sela ou qualquer tipo de arreio, valendo-se, apenas de um cabresto para guiar o animal.
Se andava a pé, era sempre de branco, a mais das vezes camisa aberta ao peito e sempre descalço, para receber diretamente no corpo os eflúvios energéticos que a Terra lhe transmitia.
Seu namoro com minha prima Zenóbia não chegou a um final feliz, e até hoje é dito que isso se deveu à resistência de nossa família, em vista o aspecto telúrico do viver do Professor. No que discordo frontalmente.
Zenóbia Ribeiro da Silva, nascida a 21.1.1912, em Balsas, e falecida a 20.2.1998, em Fortaleza (CE), era filha de meu Tio João Ribeiro da Silva e de sua mulher, Maria Ribeiro da Silva, a Tia Marica. Tio João Ribeiro faleceu no dia 17.12.1930, ainda moço, com 51 anos de idade, deixando a criação da prole, composta de nove filhos legítimos e um adotivo, a cargo da viúva.
Desde a chegada de Joca Rêgo a Balsas, começou o namoro com a Zenóbia, ele com 20 e ela com 16 anos de idade e ainda estudando em Teresina, vindo a Balsas apenas nos períodos de férias. Foi amor à primeira vista, que durou, no caso dela, por toda a vida, e contra o qual Tia Marica se opôs ferrenhamente.
Logo após o falecimento do Tio João Ribeiro, Zenóbia, já Professora Diplomada, retornou definitivamente para Balsas, onde passou a lecionar e a dar continuidade ao namoro com o Professor Joca, apesar de toda a intransigência de Tia Marica.
E não havia razão alguma para isso. Ambos eram filhos de viúvas, ele o professor mais conhecido do sertão sul-maranhense, ela exercendo o Magistério, com a mãe administrando os negócios do pai, não existindo diferença social, financeira ou cultural que justificasse a rejeição por parte de nossa família. A explicação era uma só: Tia Marica era pessoa de gênio fortíssimo – carne de pescoço, como se dizia – e criou caso com todos os candidatos a genros ou noras que se lhe apresentaram, o que se revelou infrutífero, já que todos eles se casaram com quem bem quiseram, ignorando o parecer contrário da mãe.
Em 1936, Tia Marica, no intuito de dar prosseguimento aos estudos dos filhos, mudou-se com eles para Teresina. Depois, residiu em São Paulo e, por último, em Fortaleza. Durante todo esse tempo, Zenóbia vinha sempre passar férias em Balsas, mas o romance entre ela e Joca Rêgo nunca evoluía para algo mais sério.
E o tempo foi passando. Em todo esse decorrer, Zenóbia jamais namorou outro rapaz e, durante sua vida inteirinha, amou o Professor Joca Rêgo como se fosse no primeiro dia em que se conheceram. Morreu apaixonada pelo grande e único amor de sua vida.
Faltou, portanto, nessa que poderia ser uma linda história, o empenho de Joca Rêgo para enfrentar o carrancismo de Tia Marica e resolver a parada.
Zenóbia: linda flor que Joca Rêgo não soube colher
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Estudei no Educandário Coelho Neto de 1967 a 1969. Gostei de ler o seu relato histórico.
Estudei no Educandário Coelho Neto, no ano de 1964 fiz oi 5º ano primário com o Professor Joca.
Estudei no Educandário Coelho Neto em 1979. Era uma instituição exemplar. Sr Joca um homem linha dura e cobrava dos seus alunos.
Eu estudei no Educandário Coelho Neto na década de 60. Conheci muito bem os efeitos da PALMATÓRIA do cidadão Joca Rêgo. Hoje moro no Rio de Janeiro e sinto saudades daquele tempo. Abraços a todos e fiquem com DEUS!
Estudei com seu Joca Rêgo , em 1977 , queria saber se tem meu histórico !
Prezado Wriston, infelizmente, não tenho como lhe dar essa informação.
Estudei no educandario do professor joca em 1961 e 1962. Haja palmatoria. "Pau de roda"
Morei no Educandário Coêlho Neto em 1984, exerci a função de auxiliar.
Estudei no Educandário Coelho Neto final dos anos 70 em sistema de interno, admirava Professor Joca, demorei a me acostumar com o sistema de ensino, mas depois vi que tinha que seguir os moldes daquela instituição, me lembro bem da palmatória...kkkk
Estudei no educandário coelho Neto, em 1981 e 1982 , ainda mi lembro dos amigos q tive lá, tenho saudades daquele tempo bom.
Tive o prazer de Conhecer o grande professor; Jôca Rêgo,no ano de 1988 a 1990, eu era vendedor de uma empresa, e o conhecir em um Restaurante de uma senhora viúva de um taxista de balsas-ma, e sempre quando eu chegava para almoçar o Professor já estava almoçando e sempre cordial me convidava para ser servido.
Saudades do Professor Joca Rêgo. Estudei o primário no Educandário Coelho Neto. Fiz o quinto ano em 1964. Fui fiscal/auxiliar do Professor Joca.
Sou sobrinho do professor Joca. Tive apenas contato por cartas. Mas me sinto honrado pelo seu legado e reconhecimento.
Sou de cristino castro pi, estudei com o professor Joca Rego no ano de 1976 e 1977.
Estudo hoje na atual " universidade" e ler esse escrito foi muito bom! É história, é uma riqueza deixada pelo educando! Não conheci, mas o q ele fez está marcado na história desse prédio e dessa Cidade!
Meu pai, Antônio Lisboa Rodrigues, estudou no educandário por volta de 55 até 64.
Meu pai, Antônio Lisboa Rodrigues, estudou no educandário por volta de 55 a 62, e era afilhado do professor Joca.
Meu pai, Antônio Lisboa Rodrigues, estudou no educandário por volta de 55 a 62, e era afilhado do professor Joca.
Sinto muito orgulho de ter estudado no colégio Educandário Coelho Neto. Estudei de 1957 a 1961. Me faltam palavras para descrever o quanto aprendi.para uma menina filha da empregada de cozinha do colégio fui bem sucedida. O Educandário era uma Faculdade, sai depois de cursar a quinta série primária. Fui para Brasília fiz meu primeiro concurso público passei em primeiro lugar. Trabalhei no Ministério da Fazenda, dentro desse órgão trabalhei na Receita Federal e na Procuradoria da Fazenda Nacional em Tocantins onde me aposentei Hoje estou com 76 anos com uma mente brilhante, lembrando de toda essa trajetória..Sou grata a Deus e ao professor Joca Rego . Encerro aqui por que é muita história pra contar. Gratidão, Gratidão Sempre!
Meus pais eram nascidos e criados em Dianópolis-Go, atualmente pertence ao estado do Tocantins. Meu pai era telegrafista da Empresa de Aviação Cruzeiro do Sul em Dianópolis. Em 64 , meu pai foi transferido para trabalhar em Balsas. Ao chegar em Balsas no avião cargueiro da Cruzeiro do Sul, nossa família foi recebida festivamente e carinhosamente pelo tio Joca, que era tio do meu pai , através da famílias Costa e Aires. Ficamos hospedados alguns dias no Educandário, enquanto achasse casa para alugar. Eu estudei 1 ano no Educandário. Quanto a famosa palmatória, tio Joca me aliviava da mesma. Moramos em Balsas por 1 ano e no qual me deixou boas recordações, apesar da minha pouca idade na época (7 à 8 anos de idade. Após 1 ano, meu pai foi trasferido para Brasília. Meus pais já são falecidos e eu , meu irmão e minha irmã , moramos em Brasília.
O Prof Joca deixou-me estudar no Educandário Coelho Neto, gratuitamente, todo o ginásio, de 1967 a 1970. Fui aluno muito aplicado, tendo sido repreendido apenas uma vez com um “croque” por lhe responder algo. Agradeço imensamente a ajuda dele. Fui para São Paulo em 1972, lá fiz três graduações (Administração, Contábeis e Direito). Consegui razoável sucesso e hoje moro em Florianópolis, a Europa brasileira, aposentado, só viajando pelo Brasil e exterior.