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Usando uma caideira de rodas, Ermando Piveta se emocionou na saída do hospital ontem. Equipe médica da unidade homenageou o ex-combatente com uma salva de palmas
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Aos 99 anos, o ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) Ermando Piveta venceu, segundo ele, a batalha mais difícil que já enfrentou: o coronavírus. Apesar de ser sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, o militar ressaltou que a luta contra a Covid-19 foi extremamente difícil. Após passar oito dias internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), ele recebeu alta na tarde de ontem, e é considerado recuperado da doença. Em um momento de incertezas, a histórias de Ermando traz um sopro de esperança nesta pandemia.
“Foi uma luta tremenda, mais do que na guerra”, frisou. Em vídeo divulgado pelo Exército Brasileiro, Ermando parabenizou a equipe médica do HFA e os militares que prestaram apoio. “Na guerra, você mata ou vive. Aqui, tem que lutar para poder viver. Saí dessa luta vencedor”, afirmou. O ex-combatente deixou a unidade de saúde por volta das 14h.
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Filha de Ermando, Vivian Piveta comemorou a recuperação do pai após internação
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Na saída do hospital, Ermando foi saudado como um vitorioso. Médicos, enfermeiros e demais profissionais do HFA se enfileiraram fazendo um corredor, enquanto ele era levado em uma cadeira de rodas sob aplausos dos presentes. Até um trompete foi tocado em homenagem a ele por um representante das Forças Armadas Brasileira.
Muito emocionado, Ermando acompanhou as palmas, e depois levantou os braços em sinal de vitória. Vibrante, o paciente, já recuperado, posou para uma foto histórica junto aos profissionais de saúde. Com a voz baixa e abafada pela máscara, ele agradeceu aos cuidados de toda a equipe do hospital. A filha de Ermando, Vivian Piveta, também falou algumas palavras de agradecimento, e disse não saber onde o pai foi contaminado.
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"Foi uma luta tremenda, mais do que na guerra"
Ermando Piveta, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira
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Herói
No vídeo divulgado pelo Exército Brasileiro, Vivian ressaltou que toda família está muito feliz com a recuperação do pai e, principalmente, com a volta dele para casa. De acordo com ela, esse momento significa esperança para todos. “Sem dúvida, é uma grande mensagem de que a gente pode vencer e que Deus é presente”, comemorou emocionada.
O médico à frente do atendimento de Ermando, o infectologista Hemerson Luz, ressaltou que o paciente faz parte do grupo de maior letalidade para a Covid-19. “Todos ficamos apreensivos, esperando até um desfecho desfavorável para ele. Porém, surpreendentemente, ele superou”, explicou. De acordo com o especialista, o ex-combatente apresentou sintomas no final de março, e em abril teve pneumonia, quando foi internado. “É um caso de esperança, e mostra que existe possibilidade de cura para todos”, destacou.
Ermando estava hospitalizado na ala destinada aos pacientes do novo coronavírus desde 6 de abril. Ele recebeu alta do hospital, coincidentemente, no mesmo dia em que se comemora 75 anos da Tomada de Montese, campanha de sucesso das tropas brasileiras na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em setembro de 1942, o ex-combatente foi tripulante do navio Almirante Alexandrino, que viajou do Rio de Janeiro até Dakar, no Senegal. No país africano, participou de treinamentos de guerra. Em seguida, atuou nas ações de guarda da costa brasileira em Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe, Natal e Recife.
Explicações
O Governo do Distrito Federal (GDF) deverá explicar ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) o motivo de ter flexibilizado algumas medidas de restrição na capital. Nas últimas semanas, o chefe do Executivo, Ibaneis Rocha (MDB), publicou decretos liberando o funcionamento de alguns setores, como lotéricas, bancos, lojas de móveis e eletrodomésticos, além das feiras permanentes que vendem alimentos. Ontem, integrantes da força-tarefa do MPDFT enviaram ao Palácio do Buriti um ofício com questionamentos sobre as decisões. O grupo, composto por um procurador e promotores, acompanha as ações de combate ao novo coronavírus. O MPDFT questiona, por exemplo, quais foram as razões para manter aberta toda a cadeia do segmento de automotores e de empresas de construção civil, bem como o que as diferencia de outros segmentos que permanecem fechados.
Coronavírus no DF
Confirmados 651
Recuperados 311
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Mortes 17
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