Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 02 de janeiro de 2019

POSSE DE IBANEIS ROCHA

 

Trabalho começa na saúde e segurança
 
 
Ibaneis Rocha assume o governo do Distrito Federal e reforça a determinação de acabar com as filas nos hospitais e de proteger os brasilienses. Afirma que valorizará os servidores, mas cobrará respeito à população do DF, principalmente aos mais pobres

 

HELENA MADER
ANA VIRIATO

Publicação: 02/01/2019 04:00

Ibaneis Rocha assume o governo do Distrito Federal e reforça a determinação de acabar com as filas nos hospitais e de proteger os brasilienses. Afirma que valorizará os servidores, mas cobrará respeito à população do DF, principalmente aos mais pobres (Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)  

Ibaneis Rocha assume o governo do Distrito Federal e reforça a determinação de acabar com as filas nos hospitais e de proteger os brasilienses. Afirma que valorizará os servidores, mas cobrará respeito à população do DF, principalmente aos mais pobres

 

Sexto governador eleito da história do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) tomou posse ontem com a promessa de melhorar a saúde, a segurança pública da capital e de governar “para os pobres”. O emedebista discursou duas vezes, na Câmara Legislativa e na Praça do Buriti, e em ambos os pronunciamentos garantiu que vai cobrar dos servidores a prestação de serviços públicos de qualidade à população. Sem citar o nome do antecessor, Rodrigo Rollemberg (PSB), fez duras críticas ao atendimento público de saúde e às políticas de combate à violência.

O primeiro dia de Ibaneis como chefe do Palácio do Buriti começou com uma missa no Santuário Dom Bosco. De lá, ele seguiu para a Câmara Legislativa, onde acompanhou no plenário a cerimônia de posse dos 24 deputados distritais da próxima legislatura. Na sequência, o emedebista foi empossado no auditório da Casa, que estava lotado de autoridades, além de amigos e familiares do governador. Presidentes e representantes de tribunais superiores, do Tribunal de Contas do DF e de entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), participaram da solenidade.

Às 11h45, já oficialmente governador, fez o primeiro discurso, que durou 18 minutos. Disse ter certeza de que foi escolhido por Deus para estar no cargo neste momento. “Ele sabe da minha força de trabalho, da minha vontade de realizar. Deus dá a carga de acordo com o burro e é assim que vamos tocar”, destacou.

O chefe do Executivo relembrou momentos de sua trajetória política. “Saímos de 0,7% em 5 de agosto e chegamos a 70% dos votos. Todos perguntam que fenômeno foi esse. E eu digo que o fenômeno não foi Ibaneis, o fenômeno foram as pessoas. Foi a população que demonstrou que queria mudanças”, discursou o emedebista, que prometeu ainda “focar nos mais necessitados”. “Governo é para pobre. O rico, basta não atrapalhar. E é assim que nós vamos governar, com olhar focado nos mais necessitados. Que, neste momento, estão nas filas dos hospitais, que estão passando dificuldades por causa do desemprego alarmante, que não têm segurança para se dirigir ao centro da cidade, que são assaltados todos os dias nas paradas de ônibus”, enumerou.

Para o governador, a saúde da capital federal “está em frangalhos”. Além da segurança do Distrito Federal que, segundo ele, infelizmente, não existe. “Ainda temos corporações que acham que podem brigar entre si. Isso vai acabar”, assegurou, fazendo menção à histórica rixa entre policiais civis e militares. O confronto se acirrou nos últimos anos, graças a disputas salariais das categorias. “A partir do momento em que o nosso secretário de Segurança for empossado, todos vão ter que cumprir as ordens. Quero respeito à população em primeiro lugar e vou cobrar esse respeito”. Ibaneis Rocha prometeu “tratar bem” as corporações, os sindicatos e os servidores. Mas garantiu: “Quem vai ser mais bem tratado no nosso governo será a população”.
 
Na praça
Após concluir seu discurso no auditório da Câmara Legislativa, Ibaneis seguiu para o Palácio do Buriti acompanhado da mulher, Mayara Noronha, e dos filhos Caio e João Pedro — o governador é pai ainda de Mateus, que nasceu há apenas 15 dias. Ao fim da rápida cerimônia de transmissão da faixa, o novo governador atravessou a pé o Eixo Monumental, cercado de apoiadores, e reuniu seus 29 secretários de Estado sob uma grande tenda montada na Praça do Buriti.

No local, voltou a discursar, desta vez em um tom mais emocional. Falou sobre a história dos pais, que vieram do Piauí para Brasília, e depois voltaram à terra natal acompanhados dos filhos. E, assim como fez na Câmara Legislativa, prometeu rigor com o funcionalismo público. “Vou valorizar meus servidores, mas eu vou fazer igual ao meu pai, que dava com uma mão e cobrava com firmeza com a outra. É esse o respeito com a população que teremos ao longo dos próximos quatro anos”, garantiu.

Grande surpresa das eleições na capital, o governador destacou a necessidade da persistência. “Concorri a uma eleição da Ordem (dos Advogados do Brasil Seccional DF) e perdi por 400 votos. Mas não abaixei a cabeça. Tomei uma lição de Deus, que disse: ‘Essa não é a sua hora”. No pleito seguinte, nós vencemos com uma margem larga de votos”, disse.

Ibaneis alegou, ainda, que “a população está desamparada em todas as áreas”. O emedebista ressaltou que, mesmo antes de assumir o cargo, articulou verbas e projetos para a capital. Entre as propostas, está a construção de 12,4 mil unidades habitacionais no Itapoã Parque. As obras serão financiadas pela Caixa Econômica Federal.

Para encontrar saídas para as situações emergenciais da capital, o emedebista prometeu ousar. “O pior erro é a covardia. Dizia Rui Barbosa que advocacia não é profissão para covardes. E governar também não é para covardes. Governar é para quem tem coragem de enfrentar os problemas e de buscar soluções por mais difíceis que pareçam”, pontuou.

O que ele disse
“Deus dá a carga de acordo com o burro e é assim que vamos tocar. Eu tenho certeza de que foi Deus que me escolheu para estar aqui neste momento, porque ele sabe da minha força de trabalho, da minha vontade de realizar. Para grandes encargos, grandes homens, e é assim que vamos enfrentar”

“Minha candidatura veio do anseio da sociedade do Distrito Federal, que clama por mudanças, por uma política diferenciada, por mais serviços públicos de qualidade. E do pensamento de uns poucos malucos de ocasião surgiu a candidatura Ibaneis Rocha. Começou ali uma luta para saber em que partido iríamos nos filiar. E fui muito bem recebido pelo MDB e por Tadeu Filippelli, que abriu as portas do partido e não fez nenhuma espécie de cobrança. E acreditou na nossa candidatura”

“Saímos de 0,7% em 5 de agosto e chegamos a 70% dos votos. E todos perguntam que fenômeno foi esse. E eu digo que o fenômeno não foi Ibaneis, o fenômeno foram as pessoas. Foi exatamente a população do Distrito Federal que demonstrou que queria mudanças”

“Fomos chamados pela população para mostrar como se faz política diferente, política com ‘P’ maiúsculo, pensando primeiro nos mais pobres, naqueles que precisam de governo. E eu cansei de falar isso na campanha: governo é para pobre. Os ricos, basta não atrapalhar. E é assim que nós vamos governar. Com olhar focado nos mais necessitados. Que, neste momento, estão nas filas dos hospitais, que estão passando dificuldades por causa do desemprego alarmante, que não têm segurança para se dirigir ao centro da cidade, que são assaltados todos os dias nas paradas de ônibus”

“Eu não tenho medo de encarar os problemas, e sei que são muitos. A saúde está em frangalhos, está um pó. Os relatos são os mais tristes possíveis. A segurança do Distrito Federal, infelizmente, não existe. E ainda temos corporações que acham que podem brigar entre si. Isso vai acabar. A partir do momento em que o nosso secretário de Segurança for empossado, todos vão ter que cumprir as ordens, independentemenete das corporações. Eu quero respeito à população em primeiro lugar e eu vou cobrar esse respeito”

“As corporações, os sindicatos, os servidores serão muito bem tratados no nosso governo, sim. Mas quem vai ser mais bem tratada no nosso governo será a população” 
 
Entrega da faixa 
Após ser empossado na Câmara Legislativa ao lado do vice-governador Paco Britto (Avante), Ibaneis seguiu para o Palácio do Buriti. Ao entrar no local, o emedebista dirigiu-se ao Salão Branco, onde recebeu das mãos de Rodrigo Rollemberg (PSB) a faixa de governador, nas cores verde e branca. O socialista disse deixar a gestão com “sentimento de profunda gratidão à população de Brasília e com a tranquilidade da consciência de que cumprimos a nossa missão e estamos entregando a cidade infinitamente melhor do que a recebemos”. Antes de se despedir do Buriti, Rollemberg teve a fotografia fixada na galeria de ex-governadores. 
 
Luz à notícia
O Holofote, primeiro núcleo de checagem de fatos do Distrito Federal, verificou as informações de um dos discursos de posse do governador Ibaneis Rocha. Confira em www.correiobraziliense.com.br/holofote, no Facebook (facebook.com/holofotedf) e no Twitter (@holofotedf). 
 
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