Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Correio Braziliense domingo, 14 de maio de 2017
PORNOGRAFIA MORAL, DIZ ARISTIDES JUNQUEIRA SOBRE DEPOIMENTOS NA LAVA-JATO
Aristides Junqueira sobre depoimentos da Lava-Jato: "Pornografia moral"
Entrevista exclusiva ao Correio: Ex-procurador-geral da República, Aristides Junqueira, afirma que os vídeos com os depoimentos prestados à Justiça na Lava-Jato são uma "pornografia moral", "são essas confissões de prática de crime explícita para o Brasil inteiro e com a maior desfaçatez"
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postado em 14/05/2017 06:00 / atualizado em 14/05/2017 08:46
Nascido em São João del-Rei, o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira, 75 anos, guarda o silêncio como principal característica. Pelo menos foi assim nos últimos 22 anos, quando deixou o mais importante cargo do Ministério Público. Protagonista da acusação contra Fernando Collor, em dezembro de 1994, ele perdeu a causa e o ex-presidente acabou absolvido do crime de corrupção passiva. Desde então, o advogado saiu dos holofotes e assumiu a discrição sobre episódios passados e recentes da política brasileira.
No fim da manhã da última sexta-feira, porém, Aristides decidiu expor as memórias do julgamento de Collor e avaliar com precisão o atual modo de atuação dos investigadores e investigados na Lava-Jato. Sobre o passado mais distante, o ex-procurador é direto: “Acabei como o único condenado naquele processo”, disse ele, ao se referir às críticas de que preparou uma acusação frágil. Ao comentar a história recente, é enfático: “Continuam tirando dinheiro público. Eu fiquei escandalizado vendo, durante algum tempo, na televisão, uma pornografia moral daquelas enormes, que são essas confissões de prática de crime explícita para o Brasil inteiro e com a maior desfaçatez.”
Crítico da exposição demasiada dos investigadores da Lava-Jato, Aristides falou durante quase duas horas com a equipe do Correio sobre a dificuldade de continuar com esperanças no futuro — mas sou um otimista, ainda assim —, a formação da consciência dos integrantes do Ministério Público, incluindo aí ele mesmo, e as pequenas corrupções cotidianas dos brasileiros. Firme na análise sobre o papel do servidor público, ele diz que, do mais alto cargo ao menor na hierarquia funcional, poucos entendem a essência do bem servir: “ Seja ele ministro do STF, seja motorista do STF ou de qualquer repartição pública, tem que se imbuir de que ele está para prestar serviço, ele não está para deixar sua vaidade pessoal dominá-lo ou ditar suas condutas”.