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De máscara, o casal Darlan e Andrea saiu do confinamento para fazer uma caminha no Parque de Águas Claras
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O movimento foi grande nos parques no primeiro dia de retomada das atividades, após mais de 70 dias fechados. No total, 18 espaços ficaram à disposição da população, que aproveitou para caminhar, correr e pedalar. As áreas de lazer passaram por limpeza, ganharam sinalizações e tiveram algumas instalações bloqueadas, como quadras esportivas, equipamentos de musculação, banheiros e bebedouros. Fiscais do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Secretaria de Esportes e Lazer visitaram alguns pontos e deram orientações a quem praticava exercícios, como uso de máscara e evitar aglomerações.
De acordo com o Ibram, cerca de 70 mil moradores do DF visitam os parques da capital por semana. “As pessoas querem se exercitar, ter um espaço agradável, em meio à natureza, para respirar. Então, essa reabertura vem de um anseio da sociedade. Mas estamos cumprindo protocolos de saúde pública, porque a pandemia não pode ser esquecida. Ou seja, é uma busca pelo equilíbrio”, afirmou Cláudio Trinchão, presidente do Ibram. As condições listadas em decreto para a reabertura dos parques incluem: horário de funcionamento das 6h às 21h, uso obrigatório de máscara, proibição de qualquer tipo de comércio e bloqueio de áreas coletivas.
RespiroO gerente de segurança Darlan Santos, 41 anos, e a professora Andrea Gomes, 42, aproveitaram a reabertura dos parques para dar um respiro em meio ao confinamento. O casal trabalha em esquema de home office. “Nós acabamos não tendo hora para fazer outra coisa a não ser trabalhar, começamos cedo e terminamos à noite. Então, viemos ao Parque de Águas Claras de manhã cedo, sem celular, para ter esse refúgio, conversar sobre outros assuntos. Isso faz bem para a saúde mental”, explica Andrea.
Infectologistas lembram que sair do isolamento é se expor a riscos e deve ser evitado, principalmente por quem tem sintomas da covid-19, como febre, gripe, perda do olfato ou paladar. “Mas todos precisam se cuidar, até porque a maioria da população tem alguma comorbidade que pode agravar o quadro. O sobrepeso faz alguém ser de grupo de risco. Agora, é hora de recomendar o máximo de cuidado possível”, detalha Marli Sartori, infectologista do Hospital Santa Lúcia. (AR)