Mesmo considerado um animal exótico, ou seja, que não faz parte da fauna original da região, é comum ver pombos formarem grupos em muitos locais, no Distrito Federal. Cuidados simples, mas que muitas vezes são ignorados pelos brasilienses, são fundamentais para manter a saúde pública e evitar o crescimento da população dessas aves.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o controle populacional de qualquer espécie está relacionado ao fornecimento de alimentos. A prova disso é que as aves são vistas constantemente agrupadas próximos a locais onde encontram restos de comidas espalhadas pelo chão ou em lixeiras. As aves são atraídas, na maioria das vezes, pela população que distribui alimentos.
Uma das doenças mais comuns transmitidas pelas aves é a criptococose, também conhecida como "doença do pombo". A infecção é causada por fungos que se proliferam nas fezes dos pássaros e também em ocos de árvores.
Outra, é a influenza aviária transmitida, tanto para o ser humano como para outros tipos de animais. Além disso, eles podem ser vetores de meningite e de pneumonia por fungos. Os pombos transmitem também salmonelose e histoplasmose.
Presença incômoda
A bióloga Gabriela Correa, que também é professora da Secretaria de Educação do DF, explica que a população de pombos, costuma formar grupos em busca de abrigos, principalmente com a chegada do inverno, mas ela reforça que animais são atraídos pela comida distribuída por pessoas, por isso, estão sempre próximos a restaurantes, padarias e lanchonetes, por exemplo.
"Formar os grupos é um comportamento social do pombo que vive em áreas urbanas, e é natural eles se juntarem onde for mais viável para o bando encontrar o conforto no frio, mas principalmente o alimento, que a população disponibiliza", destaca.
Alerta
Isaías Chianca, gerente de Zoonoses SES/DF, informa que as fezes de pombo são o fator de risco para a população, por isso, faz também um alerta sobre a importância do controle populacional dessas aves, sobretudo em relação a alimentação distribuída à eles.
O gerente destaca que "o papel da pasta no combate aos pombos e as doenças que eles transmitem tem sido limitado pelas leis de proteção aos animais, por isso, a secretaria não pode atuar no controle. "O que fazemos é alertar a população em relação ao contato e a convivência com as aves. Orientamos para que as pessoas evitem alimentar voluntariamente esses animais. O combate é o não fornecimento de comida", ressalta.