Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 09 de julho de 2020

PICADA DE NAJA DEIXA JOVEM EM COMA

Jornal Impresso

Espécime extremamente venenosa, da Ásia, uma naja picou o aluno de veterinária Pedro Henrique, de 22 anos, que mantinha a serpente em casa. Depois de capturar o ofídio, que foi levado por um amigo da vítima, a Polícia tenta descobrir a origem do animal.  (Batalhão da Polícia Militar Ambiental/Divulgação - Reprodução/Facebook)

Picada de naja deixa jovem em coma
 
Estudante de medicina veterinária criava o réptil em um condomínio no Guará 2. Ibama informou que o estudante não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico. Polícia Civil investiga a procedência do animal

 

» DARCIANNE DIOGO

Publicação: 09/07/2020 04:00

Pedro Henrique, 22 anos, é estudante de medicina veterinária desde 2016 (Reprodução/Facebook)  

Pedro Henrique, 22 anos, é estudante de medicina veterinária desde 2016

 


A polícia investiga a procedência da naja que picou um estudante de 22 anos, no Guará 2. Investigações apontam que Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl criava o réptil e o mantinha em casa. O rapaz está internado em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama. O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) resgatou a cobra na noite de ontem, perto do shopping Pier 21.
 
A naja, espécie encontrada no sul da Ásia, é extremamente nociva ao ser humano, possuindo um veneno de ação neurológica, segundo informou o Zoológico de Brasília. O jovem, que é estudante de medicina veterinária, foi picado na última terça-feira, dentro de casa, em um condomínio na QE 40 do Guará 2, segundo a apuração policial. Após ser atingido, ele foi encaminhado ao hospital. O soro antiofídico necessário para a anulação do veneno veio do Instituto Butantan, em São Paulo, e chegou ao DF na noite de terça-feira.
 
O Correio apurou que, na madrugada de ontem, Pedro sofreu um choque anafilático, consequência de uma reação alérgica grave, e a administração do soro precisou ser interrompida. Só após um período de mais de seis horas em observação, a equipe médica pôde continuar o procedimento. Pela manhã, o estudante apresentou melhora e precisou ser submetido a uma hemodiálise, com o intuito de remover substâncias tóxicas do sangue. O rapaz, no entanto, permanece em coma.

No Facebook, Pedro Henrique demonstrava ser admirador de cobras (Reprodução/Facebook)  

No Facebook, Pedro Henrique demonstrava ser admirador de cobras

 

Buscas e apreensão
A 14ª Delegacia de Polícia (Gama) recebeu denúncias anônimas de que o animal estaria em uma chácara na cidade. A partir daí, agentes saíram às ruas em busca da naja. “Descobrimos que a cobra estava com um amigo do jovem, que, inclusive, estava ao lado dele no momento em que foi picado. Entramos em contato com esse colega e estávamos negociando para que ele entregasse o animal na delegacia. Contudo, em determinado momento, ele falou que devolveria o animal para a Polícia Militar”, frisou o delegado-chefe da 14ª DP, Jônatas Silva.
 
Segundo o comandante do BPMA, major Elias Costa, familiares de Pedro Henrique forneceram informações que levaram ao contato do adolescente que estaria com o bicho. Após buscas no Lago Norte, Setor de Mansões do Lago Norte, Paranoá, Lago Sul e até na Ponte Alta do Gama, integrantes do batalhão convenceram o garoto a revelar que ele havia deixado o animal nas proximidades do shopping Pier 21, “num local escuro e atrás de um morro de areia”, como descreve o major. “A cobra, aparentemente, está bem. O local onde está condicionado é ideal para esse tipo de animal, caso alguém queira levá-lo para algum lugar. Muito embora seja uma espécie bem agressiva, nós não o encontramos agressivo, está bem tranquilo”, detalhou.
 
O Correio apurou que o animal foi apresentado na Polícia Federal. De acordo com o delegado Jônatas Silva, o amigo de Pedro Henrique será ouvido pela polícia. “Caso fique constatado que ele praticou algum tipo de crime, poderá responder por tráfico de animais, pelo fato de ter ocultado a cobra”, destacou.
 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que o estudante não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico, pois a legislação permite apenas espécies não venenosas para esse fim. O órgão destacou que o animal poderia ser criado apenas para fins comerciais, no caso de instituições farmacêuticas ou com o intuito de conservação, ou seja, quando o animal não pode voltar à natureza. “Para isso, o responsável precisa ter autorização emitida por órgão ambiental estadual e seguir regras para a criação, como mantê-la em local apropriado” destacou o instituto.
 
O Ibama informou que emitirá multa, que pode variar de R$ 500 a R$ 5 mil, ao proprietário da residência onde estava o animal. De acordo com o instituto, a cobra será encaminhada para o Zoológico de Brasília.
 
Fã de cobras
Nas redes sociais, Pedro Henrique demonstrava ser um admirador de cobras. Em um perfil no Facebook, o rapaz costuma compartilhar diversas publicações com imagens do réptil. Em uma delas, uma criança aparece brincando com o animal. Contudo, não há, ao menos em modo público, qualquer registro que revele espécimes criadas pelo próprio estudante.
 
Pedro cursa medicina veterinária na Uniceplac desde 2016. A coordenadora do curso, Daniella Ribeiro Guimarães Mendes, disse ao Correio que diversos alunos manifestam apreço pelos mais diversos tipos de animais, mas são instruídos sobre a necessidade do respeito ao habitat de cada espécie. “Para aulas, podemos ter bovinos, equinos e outros animais mais domésticos. Animais selvagens em cativeiro representam um perigo e pode ser um mal para o próprio animal. Até porque é impossível alguém sair andando e se deparar com uma espécie dessas por aqui”, pontuou.

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