Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 14 de abril de 2019

PÉRICLES: A RESISTÊNCIA DO PAGODE

 


MÚSICA
 
 
Péricles: a resistência do pagode
 
Péricles , ex-integrante do grupo Exaltasamba, se aproxima dos 30 anos de carreira com projetos de gravação de discos, DVD e releituras de clássicos do samba

 

Vinícius Veloso*

Publicação: 14/04/2019 04:00

Uma das referências vocais no cenário musical brasileiro e pioneiro quando o assunto é pagode, Péricles chega a 2019 com muito vigor e a esperança de colher bons frutos dos trabalhos que estão projetados para o decorrer do ano. Proveniente do grupo Exaltasamba, com o qual protagonizou anos dourados de pagode, ele é cantor, compositor e músico.
 
Atualmente, segue em carreira solo e mantém o status de expoente musical pela qualidade do trabalho. Ao Correio, Péricles falou sobre os novos projetos para este ano, a família, a carreira e também deixou um recado para os fãs da cidade, que aguardampela apresentação ao lado de Thiaguinho e Chrigor no Funn Festival.
 
 (Fabio Nunes/Divulgação - 22/2/19)  
 
Qual é o tamanho da mudança que o álbum Pagodão do Pericão apresenta em relação aos outros?
Esse é mais um dos projetos que nós acreditamos muito. Nossa intenção foi fazer uma junção de algumas releituras e apresentar uma música inédita, que a galera estava muito a fim de ouvir. A gente procurou não mexer muito na estrutura das regravações, mas apresentar coisas que eu gostaria de ter gravado antes e os fãs gostariam de ouvir na minha voz. A gente acertou bastante na escolha do repertório e é algo para descontrair, se emocionar, assim como todos os outros trabalhos que a gente fez.
 
A união com Thiaguinho e Chrigor em uma canção lembra os anos 1990/2000 do Exaltasamba. Como foi este momento e o quão importante esses artistas são para você?
Essa canção tem uma estrutura parecida com outras canções que a gente já fez, ouviu e curtiu. Mas, primeiro, a intenção foi fazer uma canção que falasse sobre amizade. Aí, eu trouxe dois dos grandes amigos que eu tenho, que a música me deu, que foram o Thiaguinho e o Chrigor e a gente cantou essa canção. Depois, lá no palco mesmo, a gente se deu conta que estavam três vocalistas que passaram pelo Exaltasamba, mas realmente sem intenção nenhuma. A intenção maior era mostrar e comemorar a amizade, não só a amizade que nós temos, mas uma amizade que representa todos por meio dessa canção.
 
No álbum, qual a composição que você mais se identificou? E como foi escolhido o repertório?
Eu não tenho uma que eu me identifico mais, mas o repertório como um todo foi escolhido de uma forma que a gente pudesse agradar as pessoas que gostam do nosso trabalho e fazem um carinho imenso no nosso coração toda vez que a gente lança um trabalho. O Pagode do Pericão é um pagode para todo mundo, assim como é o Canal do Pericão, as minhas redes sociais… É um lugar para todo mundo participar.
 
O pagode vive um novo momento, com grandes artistas como Ferrugem e Dilsinho surgindo. Você, como um dos mais experientes da classe, acompanha isso de que maneira?
Eu, como defensor do samba e do pagode, vejo um momento mágico que a gente está vivendo. Vejo artistas como Ferrugem, como Dilsinho, Vou pro Sereno, Clareou, Tá na Mente, Intimistas, Reis da noite… Tem muita gente boa aparecendo, mostrando seu trabalho, mostrando que realmente a evolução continua. É muito bom ter esses artistas no cenário. Eu vejo com bons olhos e creio que esse é o caminho. Quanto mais gente boa tiver dividindo esse grande espaço que é o pagode, melhor para a música brasileira.
 
Você é conhecido pelo apelido de “Rei da voz”. De onde vem tamanho potencial vocal? Como você se adaptou e se preparou para chegar a esse nível?
Quem me deu esse apelido de “Rei da voz” foi o Mumuzinho e eu vejo como um presente. Gosto muito de cantar, mas desde cedo, percebi um potencial diferenciado para o canto, e a genética ajuda muito. Procuro muito, além da genética, que sempre me ajudou, me cuidar. Fui pra fonoaudióloga, fiz aulas de canto e procuro tomar todos os cuidados para manter o bom uso da voz. Mas gosto de cantar e acho que esse é o maior segredo, gostar do que faz. Independentemente de qual seja a profissão, faça aquilo que te deixa muito mais feliz. É isso que faço.
 
Como você acompanha a carreira do seu filho Lucas Morato? Ele vem se mostrando um excelente compositor e um cantor refinado. Como é a relação de vocês?
A minha relação com o Lucas Morato, além de ser a relação pai e filho, é a relação fã e ídolo, pois eu o admiro muito. É a relação parceiros de composição, são todas juntas que a gente procura viver do mesmo jeito, no mesmo momento. Ele realmente vem se mostrando um grande compositor, é um ótimo cantor e está aí trilhando a carreira da melhor maneira. Eu, como pai, fico feliz em ver que ele também é feliz desempenhando esse trabalho musical, e isso me deixa muito mais feliz. Saber que eu e a mãe dele criamos um cidadão de bem e hoje ele é uma realidade. Hoje, eu sou o pai do Lucas, o que é o mais legal.
 
2019 é um longo ano. O que pode adiantar do novo DVD que está por vir? O que está sendo planejado?
O ano de 2019 tem sido muito bom. É um ano em que a gente pôde mostrar para as pessoas esses novos projetos. Primeiro, o Pagode do Pericão e em segundo esse DVD que nós vamos registrar em audiovisual no nosso show de lançamento do CD Em sua direção. A base é esse CD, mas vamos mostrar para muita gente coisas que a gente fez nesse show. É uma síntese da minha carreira até então. Espero que a galera venha a gostar. Esse ano de 2019 tem sido ótimo para nós.
 
Ainda tem muita lenha pra queimar? Está pensando em parar ou diminuir o ritmo? Dedicar-se mais à família?
Olha, eu tenho hoje mais ou menos 30 anos de carreira, mas eu não penso nisso. Eu sou muito feliz e seria um pecado parar de cantar. Gosto muito do que faço e meus fãs gostam muito do meu trabalho. Não acho justo parar agora. Creio que a gente está no caminho certo e é por aí que desejo trilhar e seguir. Então, não penso em parar tão cedo, nem quero pensar nisso.
 
Se você pudesse definir Péricles em uma palavra, qual seria? E por qual motivo?
Vencedor. Eu, como vários da minha geração, sou um resistente. Eu e o Belo falamos que nós somos resistentes, que nós somos sobreviventes, e isso me deixa realmente muito feliz. Saber que o caminho que a gente trilhou hoje dá frutos e faz com que outras pessoas se inspirem no que a gente fez deixa a gente muito feliz.
 
Você foi anunciado como atração do evento Funn Festival,  em Brasília, ao lado de Thiaguinho e Chrigor, e a galera já está animada antes das vendas. Que recado você pode deixar para o público da cidade sobre o show? 
O recado que eu posso deixar para Brasília é: preparem-se! A gente vai fazer uma festa do jeito que Brasília merece. De antemão, agradeço o carinho de todos e espero ver todo mundo nesse evento que vai ser de arrebentar.
 
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco 
 
Jornal Impresso
 
 

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